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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Quanta besteira!

Por Klauber Cristofen Pires

Ontem o programa do Fantástico exibiu uma reportagem em que dois cientistas neozelandeses teriam sustentado que um cão de porte médio consome mais gás carbônico do que uma caminhonete de cabine dupla.
Quanta idiotice! Apenas um pouco de bom senso, aquela parcela mínima de lógica do tipo "sistema operacional", com o qual nascemos, é mais do que suficiente para dizer àqueles dois que estão "pagando mico".
Ontem o programa do Fantástico exibiu uma reportagem em que dois cientistas neozelandeses teriam sustentado que um cão de porte médio consome mais gás carbônico do que uma caminhonete de cabine dupla. A conta foi feita comparando-se a produção de ração, somadas todas as etapas do processo produtivo, desde os ingredientes até o consumo das máquinas, com o que expele um veículo daquele porte pelo escapamento.

Quanta idiotice! Apenas um pouco de bom senso, aquela parcela mínima de lógica do tipo "sistema operacional", com o qual nascemos, é mais do que suficiente para dizer àqueles dois que estão "pagando mico". Senão, vejamos: o que um cão de porte médio consome que um lobo também não? Ou será que um lobo vale meio cão, ou um terço de cão? Ora, ora, que diferença isto faz? Se lobos descarregam gás carbônico em qualquer quantidade que seja, então eles estão contribuindo para o... aquecimento global, certo? Ei, mas esperem um pouco: será que um terço de lobo vale por uma raposa, ou um décimo vale por um gambá? Pode ser, mesmo a grosso modo? Ok, então assim concluímos, em última instância, que a presença de vida na terra é a maior responsável pelo aquecimento global! Êpa, parem tudo aí! Qual é o problema do aquecimento global? Não é o risco que traz para a existência de vida na terra?

Sim, eu vi que os "cientistas" falavam das máquinas e dos veículos que fabricam e transportam a ração. Porém, a ração é um alimento concentrado, produzida sob métodos intensivos; os animais e vegetais que compõem os ingredientes da ração não vivem além do necessário para o abate ou a colheita: isto significa economia de recursos; fosse um lobo, ele teria se alimentado de outros animais que teriam gasto muita parte de sua energia na condução de suas vidas. Então podemos refletir que animais selvagens provavelmente despejam mais gás carbônico do que os domésticos.

Caso vivêssemos em estado da natureza, os seres humanos não teriam como viver com a população que existe hoje. Com a invenção da agricultura e da criação de animais, a espécie humana se multiplicou, e com a sua modernização, exponenciou-se. Então temos hoje um estado de coisas em que muito mais seres humanos vivem sob o mesmo território que ocupavam antes, e para que isto ocorra, muito mais vegetais e animais também existem. Então, como conclusão, se uma maior existência de vida é prejudicial ao nosso planeta, a solução deve estar nos desertos.

Outra babaquice que ouvi nestes dias é a campanha contra a tão deliciosa picanha. Caro leitor, você sabia que um único quilo de carne consome cerca de dez mil litros de água? Foi num desses eco-programas que eu vim a saber disto... Uêpa! É pegadinha, é? O que o boi ou a vaca fizeram com tanta água? Mijaram na lua? Pasme, amigo, mas esta classe de "cientistas" já calculou até a quantidade de "pum" que o gado bovino expele! Mas, só pra ser chato mesmo...quantos "pums" bovinos valem por um "pum" de baleia-azul?

Claro está que estou somente tirando barato com tanta maluquice. Conforme o Dr Molion já frisou, seus estudos climatológicos apontam que a presença de um maior nível de gás carbônico na atmosfera é consequência das mudanças climáticas, e não a sua causa. Por outro lado, o mesmo renomado cientista indica que uma maior quantidade de gás carbônico tende a aumentar a fertilidade das plantas e com isto, sustentar uma maior quantidade de vida animal sobre a terra. Pensando cá, nem poderia ser diferente: se nossos corpos são formados de carbono, qual o problema em que uma maior quantidade de matéria-prima exista ao nosso redor?

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