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quinta-feira, 24 de junho de 2010

Uma luz no fim do túnel ou mero fogo-fátuo?

Por Klauber Cristofen Pires

Não deixa de ser boa a notícia que o Tribunal de Justiça do estado do Pará tenha mantido decisão colegiada anterior proferida pela Vara Agrária de Redenção, cujo teor remete à governadora Ana Júlia Carepa o ônus de pagar, de seu patrimônio pessoal, uma multa diária de mil reais, retroativa a agosto de 2009, por descumprimento reiterado de decisão judicial.


A contumaz desobediência à justiça protagonizada pelos governadores ligados às siglas com as letras T, S, e C, que aqui apontamos como exemplo bem representativo a  Ana Júlia Carepa no Pará e Roberto Requião no Paraná  desenha o retrato fiel dos seus anseios totalitaristas. Justiça, pra eles, é o instrumento de que devem se servir para atacar adversários.

Entre as pessoas com quem tenho conversado a respeito, destacam o ceticismo de que a multa venha a ser efetivada, considerando os labirintos processuais. Concordo com eles. E mais: pergunto: por quê a multa deveria convergir para o estado? Por quê não para a pessoa do Sr Vitório Guimarães, proprietário da fazenda Vitória Régia, localizada em Santana do Araguaia, que tem a sua fazenda ainda parcialmente ocupada desde 2007, amargando com isto inúmeros prejuízos? Eu sou capaz de apostar que, de lá para cá, seus gastos com defesa e seus prejuízos com a depredação do seu patrimônio têm facilmente ultrapassado a cifra diária estipulada pela justiça.

Oxalá a tênue Justiça brasileira se faça impor a quem lhe despreza e zomba.

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