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terça-feira, 6 de julho de 2010

Educação: mais presepada vem aí

Por Klauber Cristofen Pires

Decerto você já andou lendo por aí que a educação no governo Lula deu um passo pra frente e dois pra trás, não foi? Surpreso? Claro que não: nem os mais tenazes petistas acreditam mais nas suas fórmulas furadas. Bom,  o  que se poderia esperar de Lula, o maior exemplo vivo de um sujeito que se deu muito bem à base de muito cinismo e dissimulação, e que ainda por cima se jacta à vontade de odiar um livro?

Eu só estou escrevendo estas linhas para demonstrar que, não importa quão ruim estejam as coisas, elas ainda podem ficar um pouquinho pior. Pois, lendo hoje o Diário do Pará, cato o mais novo remendo na área: "Professores são obrigados a ter nível superior". 


"-Sr Klauber, o que é isto, por acaso você é contra?", eis o que os meus apreciadores mais novatos possivelmente vão me dizer. Sim, sou contra, claro que sou contra! Permitam-me explicar, então...

Quando a Força Expedicionária Brasileira foi aos Estados Unidos receber treinamento para a campanha da Itália, os nossos pracinhas analfabetos conheceram uma nação onde praticamente todas as pessoas eram letradas. A razão da diferença? Na pátria ianque, o modo tradicional de educar as crianças era em casa mesmo, no meio das rodas de mulheres do lar, frequentemente tendo a Bíblia como a principal fonte de literatura. 

Agora pergunto? Tinham aquelas mulheres nível superior? Pois, nenhuma nação brindou o mundo com tanta ciência, literatura, música, poesia, inventos e melhorias.

Das pessoas que conheço e que possuem o terceiro grau, apenas uma ínfima parte sabe interpretar um texto e destas, só uma fração se põe a escrever corretamente. Pedagogos e educadores com erros crassos em gramática? Formam um exército! O exército da ignorância de canudo!
Mil vezes as professorinhas com a tabuada na mão! Dez mil vezes elas do que as doutas formadas em sociologia da opressão dos algarismos! Cem mil vezes decorar a conjugação dos verbos ou redigir  uma narração ou dissertação do que  aturar as diplomadas a ministrar aulas de "produção de texto"!

Arre, só de pensar em suas monografias com seus títulos carregados em particípios como sujeitos, verbos substantivados e sufixos exóticos: "O  belo e o inusitado do conhecer: a consistencialidade do amorfo"... e isto, sem mencionar os seus gerúndios e.t's: "cursando," "formando", "concursando", "treinando"...

O que alunos do ensino básico precisam é de professores que saibam entrar na sala e ensinar a disciplina. Só isto. Ninguém precisa fazer a faculdade para exercer um ofício tão trivial. Sem contar a dificuldade que a maioria dos estados terão com mais uma burocracia inócua; sem dizer que darão o jeitinho de fazer um curso superior pró-forma nos seus sofridos e desestimulados professores; sem dizer que, com um diploma na mão, os professores vão fazer greve para receber gratificação de nível superior, mais lorotas vão enfiar na cabeça dos jovens. Vamos apostar?

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