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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Responsabilidade Social: FIEPA dá a corda para se enforcar

Por Klauber Cristofen Pires

Hoje o dia tá cheio. Cheio de absurdos e estultices. De O Diário do Pará leio a seguinte manchete: Campanha conscientizará trabalhadores  - Através de cartilhas e vídeos, as entidades mostrarão aos eleitores a importância do voto consciente. Aí tem...

A notícia fala de um evento promovido pela Federação das Indústrias do Estado do Pará , em parceria com o SESI, o TRE, o MPF e a OAB /PA, para "apresentar aos cidadãos a importância do voto e das consequências dele para a sociedade como um todo".

De acordo com o divulgado, o projeto é a primeira ação do Conselho Temático Permanente de Responsabilidade Social e Educação implantado pela Fiepa.

Bom, o que eu hei de perguntar primeiramente é: por que o título da reportagem menciona "trabalhadores" e não cidadãos? O evento, afinal, é dirigido aos "trabalhadores" ou aos "cidadãos"? Ou "às ovelhas", se o leitor bem me entende?

Como é que é? "Conselho Temático Permanente de Responsabilidade Social e Educação"? Esta é realmente uma entidade de empresários? Só pelo nome complicado, isto tem cheiro de petismo. São eles que adoram pavonear as coisas mais simples da vida, algo como "Entreposto de Abstaecimento Alimentar" para indicar um mera "feira". 

Repetindo o que eu já disse sobre o assunto: "a responsabilidade social atende a dois objetivos de uma só vez: primeiro, transfere aos empresários a responsabilidade de realizarem aquelas coisas que os políticos prometiam fazer a pretexto de aumentarem os impostos, na mesma medida em que os liberam de tais afazeres para que possam dedicar-se exclusivamente...à política, oras! Em seguida, faz com que os empresários financiem a própria destruição, já que, nos programas que patrocinam, empregam militantes que doutrinarão os seus assistidos justamente contra eles próprios, e que no futuro, ocupando posições relevantes na sociedade, exponenciem toda sorte de investidas contra a sociedade livre, seja como operadores de direito, acusando ou julgando contra os empresários, sejam como professores, detratando-os perante seus alunos, sejam como políticos ou eleitores, promulgando leis anticapitalistas".


Há uma série de atividades a que estas instituições poderiam se dar ao trabalho de forma a prestarem um serviço cívico de alcance muito maior e mais elevado: poderiam fiscalizar as licitações que o governo surrupiou das atribuições do TCU, por exemplo, bem como a prolixa e abusiva legislação administrativa que vem perseguir todos os dias os empresários empenhados em trabalhar, produzir, gerar empregos e pagar impostos.

A quem ler este texto, recomendo outros dois artigos relacionados, um de minha autoria, intitulado "Responsabilidade Social: Conheça esta armadilha" e e outro do meu amigo Edson Camargo, editor do jornal Mídia Sem Máscara, cujo título é "Responsabilidade social", ecofarsas e doutrinação ideológica",  para vir a saber da armadilha contra si próprio que está ajudando a armar.

Um comentário:

  1. A ÚNICA responsabilidade social de uma empresa é competir no mercado o oferecendo o melhor produto ou serviço pelo menor custo que puder, observando, é claro, as leis vigentes. Todas essas outras babaquices que inventam como "responsabilidade social" das empresas não passam de babaquices para que sobre mais dinheiros dos impostos para políticos e seus companheiros se refestelarem.

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