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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

As consequências da implantação do socialismo pretendida pelo Foro de São Paulo para o Brasil

Por João Bosco Leal


O Foro de São Paulo, criado em 1990 na cidade de São Paulo pelo Partido dos Trabalhadores a partir de uma ideia ocorrida durante uma visita realizada por Fidel Castro a Lula em São Bernardo do Campo, contou, já em sua formalização, com a presença de 48 organizações, partidos e frentes de esquerda da América Latina e Caribe.

Dele participaram desde Fidel Castro, Hugo Chávez e Evo Morales aos nossos José Dirceu, Lula, José Genoíno e todo o resto dessa turma, literalmente falando. Em 1991, o Foro foi realizado na Cidade do México, com a participação de 68 organizações e partidos políticos de 22 países, ocasião em que foi consagrado o nome de "Foro de São Paulo".

Depois disso, o Foro vem ocorrendo a cada um ou dois anos em diferentes cidades. Manágua em 1992, Havana em 1993, Montevidéu em 1995, San Salvador em 1996, Porto Alegre em 1997, México em 1998, Manágua em 2000, Havana em 2001, Antígua em 2002, Quito em 2003, São Paulo em 2005, San Salvador em 2007, Montevidéu em 2008, México em 2009 e Buenos Aires em 2010.

Esse Foro nada mais é que a tentativa de transformação de toda essa região em um domínio político de ideologia socialista marxista. No projeto inicial, essa implantação total ocorreria em cinquenta anos, mas da fundação do Foro até agora, só se passaram vinte anos e já conseguiram realizar praticamente todo esse plano, como pode ser facilmente notado pelos governos dos "companheiros", que hoje dominam nossos países vizinhos.

Como o socialismo marxista ditatorial falhou em todo lugar onde foi implantado, já era de se esperar que também falhasse em nosso continente. Entretanto, não aceitando admitir o fracasso, o atual governo brasileiro passou a ser o "pai rico" dos vizinhos que estão falindo nesse regime.

Durante o encontro do Foro de São Paulo ocorrido em Montevidéu em 2008, o presidente paraguaio Fernando Lugo reivindicou a renegociação de valores do tratado de criação da Usina Hidrelétrica de Itaipú Binacional, de 1973. Foi o início das atitudes tomadas por Lula como "pai rico". Somente nessa revisão assinada por Lula em julho de 2009, o Brasil passou de US$ 120 para US$ 360 milhões de dólares por ano o pagamento realizado ao Paraguai pela energia por nós consumida de Itaipu. Um aumento de US$ 20 milhões de dólares por mês de "doação", realizada por quem possuía contrato assinado há mais de trinta anos, com essas condições predeterminadas, exatamente por haver o Brasil construído Itaipu sozinho, sem ajuda alguma do Paraguai.

As "doações" que o país tem feito continuaram por diversos lugares por onde passou o nosso presidente, além dos altíssimos financiamentos concedidos pelo governo brasileiro, principalmente através do BNDES, aos países governados pelos "companheiros", como aqueles para a construção de aeroportos em Cuba, linha de transmissão de energia e estradas no Paraguai, a construção de seis usinas hidrelétricas no Peru, a construção de estradas e a "entrega" de patrimônio da Petrobrás na Bolívia, e tantos outros crimes que nem ficamos sabendo.

Digo crimes porque em nosso país faltam aeroportos, linhas de trasnsmissão, novas usinas hidrelétricas, novas estradas e reformas das já existentes, portos com capacidade de escoamento de nossa produção, além, é claro, de saúde, educação e habitação decentes para os brasileiros.

São milhões de brasileiros morando em barracos, muitas vezes soterrados nos temporais, retirando sua subsistência de lixões, morrendo nas portas dos hospitais, analfabetos e comprados pelos diversos projetos do tipo "bolsas e vales".

Esse é o socialismo pelo qual muitos hoje no poder ou candidatos a ele pegaram em armas e mataram irmãos para sua implantação. É sobre isso que precisamos pensar nas próximas eleições.

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