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domingo, 12 de setembro de 2010

Inclusão é com o Capitalismo

Por Klauber Cristofen Pires

 A verdade está sendo confirmada todos os dias: recentemente, os telejornais anunciaram que nos últimos cinco anos a expansão da banda larga cresceu mais de 27%, enquanto que a relação dos lares atendidos por rede de tratamento de esgoto caiu, no mesmo período de tempo. Será preciso salientar ainda mais uma vez que o fornecimento dos serviços de banda larga se dá por empresas privadas e que o saneamento básico tem sido competência do estado e eterna promessa dos políticos?


Mesmo com a porca privatização que foi feita do sistema telefônico, e aqui não faço coro ao discurso das esquerdas de que entregamos nosso patrimônio por créditos podres, mas simplesmente porque o sistema não foi desregulamentado de vez para propiciar a real e livre competição, a oferta de aparelhos e linhas foi exponenciada  às alturas, quando antes era uma questão de se esperar por meses ou anos ou sujeitar-se a pagar até US$ 10,000.00 por uma porcaria de aparelho trim-trim. Naquela mesma época, entretanto, praticamente a totalidade dos lares tinha pelo menos um aparelho de tv em casa. 

Enquanto a Sra Dilma Roussef anuncia, isto é, na verdade, deixa escapar, que a carga tributária deve aumentar para que ela expanda o programa da bolsa-voto-de-cabresto, a manter os indivíduos eternamente indolentes e dependentes do estado com uma porção de farinha (e quiçá, outra de cachaça), venho aqui lembrar mais uma vez de como é o capitalismo, e não o socialismo, o sistema apto a gerar a inclusão social, ao contrário do apregoado por esta gente que não adora os pobres coisa nenhuma, mas apenas o poder que seu discurso melífluo exerce sobre as mentes mais simples e fracas.

Em praticamente todas os setores do mercado, temos aqueles que produzem para os ricos e aqueles que produzem para os pobres. Vejamos, pois, quais os que se deram melhor:
a) Quem será o fabricante de carros mais rico? O dono da Rollys Royce ou o dono da Ford? O dono da Ferrari ou o dono da Fiat? O Dono da Mercedez-benz ou o dono da Volkswagen?

b) Quem logrou mais sucesso e dinheiro por fabricar canetas? O dono da  Mont Blanc ou o dono da Bic?

c) Quem fatura mais? A Armani ou a C&A?

d) Quem foi mais bem sucedido? Os melhores chefs do mundo ou os fabricantes de sopas e outras comidas enlatadas e macarrões instantâneos?

e) Quem fatura mais: os fabricantes dos champagnes mais caros ou a Coca-Cola (e atrás dela, outros faricantes de refrigerantes)?

f)  Qual restaurante remunera melhor o seu dono? O Fasano ou o Habib's?

g) Alguém, já deve ter visto por aí nos noticiários sobre uma sandália cravejada de diamantes; será que o seu fabricante, todavia, vende mais do que as sandálias havaianas?

Os exemplos acima são apenas alguns dentre muitos que atestam que o capitalismo tem remunerado muito melhor aqueles que têm procurado atingir o atendimento das pessoas mais pobres. Coisas que antigamente constituíam o privilégio de ricos, como ter carros, levar os filhos à escola, comprar boas roupas e calçados, livros, cadernos, canetas e lápis, bem como remédios ou ir ao restaurante, hoje estão acessíveis por preços muito módicos, al alcance de uma parela cada vez maior de pessoas. Mesmo a tv, que todos assistem à novela das oito, se constitui em um divertimento que antes só podia ter um comparativo com o teatro, coisa de quem tinha dinheiro.

Ainda mais: as coisas produzidas para o povo em geral não são apenas mais baratas: em muitos casos, são melhores do que o que os ricos até então tinham. Eu não abro mão da caneta Bic por qualquer outra mais bonita ou cara que seja, simplesmente porque ela escreve melhor. Com a carga  desta esferográfica, é possível escrever mais do que o frasco inteiro de uma antiga e charmosa caneta-tinteiro.  Hoje, um carro popular possui mais itens de conforto e segurança que um Cadillac de trinta anos atrás não possuía, e é bem mais econômico e menos poluente. Os móveis que encontramos nas lojas também são mais práticos, funcionais e belos do que aqueles antigos e pesados dos nossos avós, que aliás, não eram pra qualquer um. Recentemente, verifiquei em uma dada loja um sapato de meros trinta reais, confeccionado com um material que eu juraria ser couro legítimo, e o seu design não deixava nada a desejar.

Para apenas uma coisa o socialismo é democrático: para a fila, inclusive a da morte, pois, como o meu pai costuma dizer, este é o sistema em que, para cada dez cabeças e havendo nove chapéus, corta-se aquela sobrante. Não é à toa que o aborto e a eutanásia são instituições consagradas nos países onde vigora tal regime.

Um comentário:

  1. Klauber,
    seu blog está cada vez melhor e os artigos são todos importantes e densos, o que não se encontra mais na grande imprensa brasileira. A sorte é que temos a internet que abre a possibilidade para que escritores como vc possam nos brindar com textos de alto nível e que lançam um facho de luz sobre a escuridão em que a Nação está mergulhada. As idéias e críticas que vc formula aqui deveriam ser a pauta principal da grande mídia, principalmente a televisão que é o veículo que ainda possui maior penetração em todas os segmentos sociais. Cordial e fraterno abraço.

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