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quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A tragédia socialista se repete...sempre!

A Rússia era  a maior produtora e exportadora de trigo do mundo, até o advento da fatídica União Soviética, quando passou a importar o grão precioso e a roubá-los dos países vizinhos, submetendo-os à fome, como foi o Holodomor. Cuba era também um grande exportador de açúcar e outros bens agrícolas, como o algodão, a té vir a comemorar uma produtividade digna da roça, tal como aqui publicamos há algum tempo atrás, fruto da sabedoria do grande comandante-em-chefe  Fidel Castro. Agora, a disfuncionalidade patente dos sistemas coletivistas paira como uma praga sobre a Argentina, obrigando-a a importar...carne!

Pois leiam esta notícia divulgada pelo DCI de 15/09/2010, com comentários do Dr Paulo Roberto de Almeida:

Com crise na pecuária, Argentina passa a importar carne do Uruguai


DCI - Da Redação, 15.09.2010

A importação de carne do Uruguai pela Argentina aumenta cada vez mais, marcando uma tendência, embora o volume não seja expressivo. Segundo o Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa) da Argentina, o país importou 991 toneladas de janeiro a julho em comparação com 599 toneladas em igual período de 2009. O resultado corresponde a uma alta de 65% e o volume já supera toda a compra do ano passado.

Os dados do Senasa são confirmados pelo Instituto Nacional de Carnes do Uruguai, embora com números ainda mais elevados. Em volume, segundo o instituto, as vendas passaram de 676 toneladas para 1.152 toneladas, com alta de 70,4%. Em valor, o desempenho saltou pouco mais de 80%, de US$ 1,2 milhão para US$ 2,2 milhões.

Para os especialistas, o ritmo das importações foi retomado e muitos temem que, no atual cenário de crise do setor, o volume possa chegar perto do verificado há dois anos. Em 2008, no auge do conflito entre o setor agropecuário e o governo de Cristina Kirchner por causa das retenções (impostos de exportações), o país importou 2.201 toneladas de carne. A maioria dos cortes uruguaios que a Argentina importa é o asado (costela), tradicional do churrasco. O grosso das importações atende à demanda das províncias fronteiriças, como Entre Ríos e Corrientes.

A forte estiagem no fim de 2008 e em 2009, somada à crise e às políticas de desestímulo do governo Kirchner, provocou uma retração de 50% no abate de bovinos. O rebanho teve uma redução de 10 milhões de cabeças nos últimos quatro anos.

As projeções são de que a Argentina deve produzir em 2010 2,6 milhões de toneladas de carne, abaixo dos 3,4 milhões de toneladas de 2009. O consumo de carne bovina, que chegou a ser de 70% do total anual de proteína animal há um ano, agora é de 56%.

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