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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

The day after

Por Jorge Roberto Pereira
Presidente do Farol da Democracia Representativa

Nesta véspera de eleições majoritárias, a julgar pelas pesquisas, seria provável que a candidata do PT obtivesse vitória. Por outro lado, resultados atualizados apontam para um possível segundo turno. Torcemos por esta perspectiva.

A agonia intelectual que aflige a candidata quando exposta ao debate franco, é visível até para os cegos em política. Tem dificuldades em expressar-se, não tem convicções formadas além das revolucionárias que as trouxeram até este ponto de sua vida. Os valores da democracia autêntica representam espinhos dolorosos em seu discurso.

Ao perceber a resistência conservadora às teses defendidas por seu partido e por ela própria, como o aborto, o gayzismo, o fim da propriedade privada, o fim da liberdade de imprensa, o laicismo, modificou às pressas seus pontos de vista, deixando claro que está aqui para dizer ao público o que ele quer ouvir, para depois fazer o que quer.

As virtudes do capitalismo para o desenvolvimento da nação, que se impõem forçosamente por irrefutáveis, precisam ser mascaradas e ocultas, numa ginástica de debilidade mental alinhada com seus pares comunistas e socialistas, que hoje só engana aos que nada sabem sobre realizar e construir algo de duradouro.

Um segundo turno aprofundará a sua agonia mental a um grau de tortura certamente muito maior do que a que diz ter sofrido ao ser presa por terrorismo, quando em sua juventude praticou os ilícitos que todos conhecem, contra a sociedade brasileira.

Mas, o que fazer? Assim caminham os que, por fraqueza espiritual, se deixam seduzir pelo movimento revolucionário e, pior, são raríssimos os que reconhecem o erro e se libertam dele. Tanto assim que todos os seus associados e assessores persistem em dar demonstrações óbvias da competência socialista revolucionária: insensatez, incompetência, corrupção, desonestidade, indignidade e desamor à pátria.

A segunda “candidata mulher”, que se utiliza deste mote para conquistar o voto feminino, tem suas convicções bem estabelecidas dentro do discurso ambientalista e só. O que mais surpreende é a companhia de um empresário como candidato a vice, como que endossando propostas que não fazem o menor sentido ao pensamento empresarial lógico e objetivo.

De qualquer forma, o seu partido compõe a esquerda revolucionária que assola o estado cuja agenda, comprometida com a governança global, acomoda-se com a transferência de nossa soberania a fóruns internacionais.

Finalmente o candidato da esquerda reformista, que por experiência em cargos executivos, tem apresentado propostas concretas e currículo de realizações que se impõe como a alternativa mais inteligente e honesta para quem deseja realmente ver algo acontecendo de positivo no país.

Sem muita veemência em seus discursos, apresenta suas idéias e faz referências ao que já realizou com desnecessária dose de humildade, eximindo-se, no entanto, de trazer aos debates os ilícitos cometidos pela assessoria da adversária e permitindo-a prosseguir na mesma linha de seu criador, que passou seus oito anos de governo sem ver nada, sem saber de nada que não o interessasse.

A grande contribuição à democracia, de sua candidatura, foi ter convidado o jovem deputado democrata, que teve a coragem que a todos falta, de identificar nominalmente os crimes e os criminosos, denunciá-los publicamente e desafiá-los ao debate, ao que todos se negaram, não sem antes ameaçarem entrar com ações judiciais que não se consubstanciaram, para evitar a exposição de verdades irrefutáveis.

O que fica demonstrado é que a democracia autêntica corre sério risco com quaisquer das duas senhoras candidatas. O projeto das esquerdas revolucionárias de tomada do poder para a implantação do socialismo passa pela continuidade do partido hegemônico no governo. É importante que seja interrompido. Ainda que com a solução pela esquerda reformista, amenizada, desta vez, pela presença de um democrata corajoso e esclarecido.

Ao mesmo tempo, tivemos a oportunidade, ao longo da campanha, de perceber que, como uma doença grave que acometeu a nossa sociedade, o socialismo e suas propostas de degeneração do ser humano, têm encontrado na juventude uma forte reação, como que anticorpos provenientes do instinto de preservação da alma e do espírito.

Como já prevíamos ao iniciar nossos trabalhos, e que pode ser relembrado ao escutar a palestra de Olavo de Carvalho no nosso evento inaugural, a juventude estará preparada para absorver conceitos mais dignos e honrados da formação do homem e de seu papel na sociedade, mas levará tempo e demandará um esforço formidável.

Prosseguiremos empenhados em defender a democracia, independente do resultado destas eleições. Este é o país dos nossos filhos e netos, que correm o risco de terem perdidas as suas liberdades. Não os deixaremos para trás.

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