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terça-feira, 19 de outubro de 2010

Jovens cubanos são conscritos para o trabalho forçado no campo

Por Klauber Cristofen Pires

Cingapura não produz um grão de arroz, porém representa uma das economias mais vigorosas do mundo. Enquanto isto, Cuba vai indo de mal a pior e agora praticamente emula as convocações forçadas de cidadãos para o campo, tal como no tempo do Khmer Vermelho, desesperada para que produzam algum alimento.

Tenho acompanhado a crise econômica e alimentar cubana  desde há algum tempo e somente pelos próprios noticiários oficiais dá para perceber que a coisa tá preta, ou melhor, vermelha.

As notícias, claro, são sempre exibidas como se tratassem de heróicos gestos voluntários de grupos de jovens e demais cidadãos patriotas, quando o que está acontecendo na verdade é que diversos cidadãos cubanos que mal sabem se a raiz é a parte da planta que fica embaixo da terra estão sendo empurrados à força pelo regime para pegar na enxada. Em outros noticiários, já vi jovens em férias escolares obrigados a carregarem tubos de esgoto às costas, e por aí vai....

Não obstante, ainda que fosse assim, não representa um alarme que a produção agrícola seja tratada como um assunto de segurança nacional? Afinal, o que há de heróico ou patriótico em plantar, algo tão corriqueiro no Brasil? Vejam, não estou menosprezado o trabalho dos agricultores brasileiros, muito pelo contrário: estou a dizer que eles produzem muito mais sem a necessidade de tamanha comoção pública. Com efeito, já anunciei aqui em outros artigos anteriores que a produção de arroz cubano mal alcança 1500 kg/hectare enquanto em Santa Catarina, sem cantar hino nenhum, os nossos heróis facilmente ultrapassam os 7000 kg/hectare. Ah, e plantam por gosto, por vocação, por ambição (lucro) e com técnica, implementos e equipamentos.

Na matéria apresentada pelo diário juventud Rebelde que encontra-se no link no primeiro parágrafo deste artigo, este jacta-se em anunciar o ingresso de mais de cem mil (!) cubanos e trinta mil jovens (!) nas atividades agrícolas, "cuando algunos escépticos pensaban que no podría lograrse". Valha-me Deus,  mas considerando os que já estavam na atividade,  por que tanta gente para plantar para somente dez milhões de pessoas? Ah, certo, é a tal da agricultura familiar, tipo pé descalço e enxada na mão, claro. Em outras palavras, o modelo que o PT pretende estabelecer no Brasil. mal e mal, ocupam-se pessoas ociosas para não conspirarem contra o dadivoso regime ilhéu.

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