Retórica Dúbia

Por Matheus Viana

Com o intento de arrebanhar o expressivo eleitorado de Marina Silva, PT ensaia tirar a legalização do aborto de seu programa de governoOs cristãos serão o alvo da campanha de Dilma Rousseff no segundo turno. Esta foi a estratégia definida, segundo a agência Estado, em reunião com governadores e senadores eleitos da base aliada em um hotel de Brasília nesta segunda-feira, 04/10.

Com o intento de arrebanhar o expressivo eleitorado de Marina Silva, o PT visa, de acordo com o portal Folha.com do jornal Folha de S. Paulo, retirar a legalização do aborto de seu programa de governo.

Mesmo afirmando de maneira categórica ser favorável em sabatina do Folha no ano de 2007 e em entrevista em 2009 à revista Marie Claire, Dilma afirmou ao longo de sua campanha, principalmente em encontros com católicos e evangélicos, ser contra a legalização. Como dissemos anteriormente, mudança radical de retórica que culminou em um apoio numeroso.

No entanto, a coordenadoria de campanha de Dilma é ciente de que boa parte do eleitorado responsável pelo abrupto crescimento de Marina nas urnas é devido ao fato de que Dilma pertence a um partido que milita pela legalização da prática.

Alguns militantes petistas fazem ressurgir, como instrumento de contra-ataque, o documento assinado por José Serra em 1998, quando era Ministro da Saúde do governo FHC, que permitia o SUS fazer abortos somente em casos especiais como estupro e risco de morte à mãe. Além disso, afirmam que foi o tucano que autorizou a distribuição de pílulas do dia seguinte, que induzem ao aborto, desconsiderando que a medida foi tomada antes de Serra assumir a pasta.

Já no caso de Dilma, não há como dissociá-la do aborto entre outras medidas de cunho imoral. Basta lermos o PNDH-3 que, embora pouco evidenciado, voltará à tona, caso a petista vença, em momento oportuno. O apóstolo João exorta os cristãos da igreja de Tiatira: “No entanto, contra você tenho isto: você tolera Jezabel, aquela mulher que se diz profetiza. Com os seus ensinamentos ela induz os meus servos à imoralidade”. (Apocalipse 2:20).

É evidente que o atual discurso de Dilma Rousseff é pura e simplesmente eleitoreiro. A argumentação de que a legalização do aborto não é algo consensual no PT é boçal. Pois se fosse verdade o atual deputado federal Henrique Afonso (PV-AC), entre outros, não teria sido expulso. Ainda que o PV a defenda em seu estatuto (item G do artigo 7), o partido de Gabeira e Penna proporciona uma flexibilidade maior do que a do PT, embora também não possa ser considerado satisfatório.

Somos cientes de que não há no Brasil, principalmente os envolvidos na disputa presidencial, partido plenamente moral. Infelizmente temos que ‘garimpar’, com diligência sobrehumana, o que mais se aproxime dos princípios e valores das Sagradas Escrituras. Contudo uma coisa é certa: o mais distante é, sem dúvida nenhuma, o PT.

Foi durante o governo petista que o programa ‘Brasil sem homofobia’ alavancou a militância homossexual e ameaçou instituir a ditadura comportamental com o PLC 122, conhecido como ‘mordaça gay’, e que visa a criminalização de toda e qualquer oposição à homossexualidade. O PNDH-3, no entanto, formulado pelas “mentes brilhantes” do PT, entre eles Dilma Rousseff e Paulo Vannuchi, propõe o fim da heteronormalidade, solapando a estrutura familiar garantida pela Constituição, o cerceamento da liberdade de imprensa por meio de um “controle social”, entre outras medidas imorais e de claros intentos totalitários.

Basta fazermos uma rápida retrospectiva da militância de Dilma e de seu partido e vermos o quanto ela contribuiu e deseja contribuir ainda mais com o emergir da imoralidade. A falta de radicalidade – não de radicalismo ou fundamentalismo extremo – é que tem entorpecido a consciência de muitos cristãos que, enredados pela letargia, têm suportado ‘Jezabel’. A análise feita por Profecia na edição 001 está prestes a se cumprir: Dilma assumir o governo da nação e a perseguição aos cristãos vir como consequência. Boato? Prefiro não pagar para ver.