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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A Rede Globo e suas reportagens dirigidas

Por Klauber Cristofen Pires

Um pouco mais de media-watch, apenas para registro do que tenho apontado desde há um bocado de tempo, a comprovar a parcialidade da Rede Globo, desta vez relativa aos distúrbios do Oriente Médio, à sua persistente defesa da tese do aquecimento global e à gestão de estados governados pela oposição...


Em suas edições jornalísticas, a Rede Globo tem se esmerado em procurar fazer das crises institucionais do Oriente Médio o pretexto para difamar os Estados Unidos e Israel, associando-os a apoiadores de regimes tirânicos. Segundo as suas reportagens, uma onda democrática está tomando conta destes diversos países islâmicos, à revelia e contragosto das duas nações, que têm apoiado as ditaduras até então existentes, como se estas fossem na verdade espécies de governos de fachada sob o comando dos ianques e dos trinta judeus donos do mundo.

Que estes dois países tenham optado por se relacionar com governos autoritários, isto pode ser uma verdade, mas até então posta em exercício face à falta de opções, para um conjunto de países que não conhecerá a democracia tão cedo, absolutamente por falta de uma cultura que a abrigue. Mal e mal, um ditador laico é uma escolha bem melhor do que o provável destino destes países de caírem sob o totalitarismo islâmico, à exemplo do Irã e do terrível regime talibã no Afeganistão. Disto, que salta aos olhos, a Rede Globo e em especial o Jornal Nacional tem se escorregado como um gosmento muçum.

Em outra reportagem, a emissora global quer provar a sua furada tese do aquecimento global  pelo fato de que o mar tem avançado em algumas regiões do litoral brasileiro, em especial o cearense. Ora, eu nasci no litoral catarinense e sempre percebi, de um verão para outro, mudanças nas praias, de tal modo que às vezes este avançava, e às vezes retornava, deixando belas lagoas, e nisto em um estado cuja costa é escorada pela Serra do Mar, deixando pouca margem de influência para a tomada de terreno pelas marés. Quando, pelo contrário, fartam as nevascas a ponto de paralisar todas as atividades dos países europeus, canadenses e norte-americanos, aí a Rede Globo se esquece por milagre de seu ativismo eco-empulhador.

Finalmente, relembro recente reportagem exibida pelo fantástico, a retratar o calamitoso estado das delegacias de polícia do Brasil. Do Brasil? espera aí: os estados visitados foram São Paulo, Goiás, Tocantins, Pará e Maranhão. Destes, os cinco primeiros compõem governos do PSDB e o último, do PMDB, da oligarquia Sarney. Vejam, não menosprezo o teor de verdade da reportagem. Via de regra, estas delegacias são mesmo muito inoperantes. Suscita-me a desconfiança, entretanto, de que a equipe de reportagem não tenha escolhido ao menos "umzinho" estado sob um governo petista, de forma a sutilmente provocar a inferência de que em outros estados a coisa esteja indo melhor, ou na pior das hipóteses, apenas evitando se comprometer com o governo e a patrulha petralha.

Trata-se de uma vergonha sem fim que esta instituição comprometa-se tanto com sua agenda política em detrimento da notícia verdadeira, a fazer dos brasileiros um rebanho de idiotas manipuláveis, ao invés de respeitá-los como cidadãos  - seus clientes  - merecedores da informação fiel.

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