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quinta-feira, 5 de maio de 2011

Melindrados com Monteiro Lobato? Por quê?

Por Klauber Cristofen Pires

A revista Bravo! deste mês traz o que pretende ser uma revolução no mundo da cultura: a revelação de cartas de Monteiro Lobato em que ele mostra o seu lado racista e faz a apologia da Ku Klux Klan. Ôpa, mas esperem aí: Por que é que a esquerda politicamente corretinha está tão melindrada?

Para que não haja mal-entendimentos, vou logo falando o que eu acho do Monteiro Lobato: Este sujeito é um verdadeiro chute nos bagos! Sua literatura é sofrível, como também é chatérrimo ao extremo aquele seu nacionalismo bocó de incensar figuras folclóricas como o Saci-pererê, a Cuca, a Mula-sem-cabeça e o Boitatá. Em grande parte, devemos a este insosso as graças por pagarmos um dos preços mais altos do mundo pelo seguramente pior combustível do mundo. Pronto! Falei!

O problema é que até alguns anos atrás o dito cujo era festejado pelas esquerdas, que viam nele um herói da soberania nacional, este termo que significa não outra coisa que dar carta branca a políticos para nos roubarem como quiserem. Hoje, ao mesmo tempo em que nunca antes este país foi tão generosamente retalhado e servido de bandeja aos estrangeiros – até mesmo a Bolívia nos abocanhou uma boa parte da Petrobrás - e com todo o aval petista-lulista, descobre-se o lado mau do escritor paulista e procede-se aos expurgos, reescrevendo a história, para usar um termo que, não obstante o mal que contém em sua própria expressão, é tão caro à intelectualidade esquerdista.

Ora, ora ora! Mas para quê tanto melindre? Em toda a minha vida, sempre que eu discuti com esquerdistas e lhes apontava os graves defeitos dos seus pensadores mais proeminentes (bem como dos nem tão destacados assim), eles me replicavam declarando que o importante era o pensamento e os nobres ideais que eles nos legaram, e que eu deveria aprender a separar a vida pública da privada.

Perdoem-me, nobres puxa-sacos dos idólatras do democídio, mas não consigo ser diferente, como um liberal-conservador típico da minha espécie. No meu conceito, um bom filósofo é justamente aquele que vive o que prega. Para os outros, o termo que eu uso é, na melhor das hipóteses, fariseu e hipócrita. Assim, quem defende o aborto, deveria começar cometendo suicídio; quem acha que devemos dividir nossos bens com os outros, deveria ser o primeiro a dar o exemplo, chamando a galera lumpen para dentro de sua casa, e quem entende que o bandido é uma vítima da sociedade, deveria se dirigir à primeira favela e oferecer a quem quiser a sua carteira, a sua vida ou até mesmo o que tenha entre as pernas. Deveria também ser obrigado a comer só o que o MST produzisse, fazer uso somente do SUS para tratar da saúde e passar a noite numa calçada à espera de poder matricular seu filho numa escola pública. Ah, e nada de internet e tv a cabo, por favor!

Mas, sim voltemos ao candidato a ex-herói do nacionalismo xenófobo estatizante nacional: Se os seus ingratos fãs, agora crescidinhos, se vêem revoltados à procura de uma boneca da Emília para rasgá-la todinha e espalhar o seu enchimento pelos cantos da casa pensando com isto em pôr a limpo os seus traumas de infância, que se lembrem que Marx, Engels, o garoto-propaganda Che Guevara e tutti quanti não pensavam em outra coisa que não fazer churrasquinho de cucarachas nas horas vagas.

Vejam o que estes dois primeiros falam sobre a guerra entre os Estados Unidos e o México : “Será que é falta de sorte que a magnífica Califórnia tenha sido tomada dos preguiçosos mexicanos que não sabiam o que fazer com ela?” Friedrich Engels, co-autor com Marx do Manifesto do Partido Comunista, acrescentou: “Nos Estados Unidos, testemunhamos a conquista do México e nos alegramos com isso. É para o interesse de seu próprio desenvolvimento que o México seja colocado sob a tutela dos Estados Unidos”.

De Marx também vem esta: Numa carta de julho de 1862 para Engels, em referência a Ferdinand Lassalle, seu competidor político socialista, Marx escreveu: “…é agora completamente evidente para mim que, como provam a formação de seu crânio e seus cabelos, ele descende dos negros do Egito, presumindo que sua mãe ou avó não tinha cruzado com um preto. Ora, essa união de judaísmo e germanismo com uma substância negra básica deve produzir um produto peculiar. A impertinência do camarada é também característica dos pretos” .

Engels também tinha muitas das convicções filosóficas raciais de Marx. Em 1887, Paul Lafargue, que era o genro de Marx, havia se candidatado a uma vaga num distrito de Paris que continha um zoológico. Engels afirmou que Paul tinha “um oitavo ou um décimo de sangue de preto”. Numa carta de abril de 1887 para a esposa de Paul, Engels escreveu: “Estando em sua qualidade como preto, um grau mais próximo do resto do reino animal do que o resto de nós, ele é sem dúvida alguma o representante mais adequado desse distrito” .

Olhem mais esta de Marx: "As classes e as raças, fracas demais para conduzir as novas condições da vida, devem deixar de existir. Elas devem perecer no holocausto revolucionário". Dá um “close” na palavra “holocausto” aí, por favor!

Se o leitor pensa que o racismo marxista se dirigia só aos cucarachas, faça uma pequena pesquisa para verificar que seu ódio também se estendia a escoceses, franceses e eslavos, bem como aos próprios judeus, de que ele era certamente um descendente.

Então, prezados esquerdinhas cabeças-de-merda, vamos combinar: ou Monteiro Lobato fica, ou Marx, Engels, Che, e toda a turma da Escola de Frankfurt saem...Pode ser ou tá difícil?

Obs.: fFontes das citações de Engels e Marx: http://juliosevero.blogspot.com/2006/06/o-racismo-de-karl-marx.html

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