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segunda-feira, 13 de junho de 2011

Deputado denuncia viés ambientalista da ONU

O deputado Lael Varella pronunciou  incisivo discurso na Câmara Federal contra o alarmismo ambientalista
 
SR. LAEL VARELLA (DEM-MG. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, apesar da escassez de boas notícias em nosso derredor, pois as julgo seriamente ameaçadas de extinção, nesta Semana do Meio Ambiente consegui garimpar duas delas para dar conhecimento a esta Casa: a primeira trata-se do desmentido pelos fatos do alarmismo ambientalista exagerado, e, a segunda, é que existe maneira eficiente e econômica de preservar e recuperar solos e áreas degradadas com as florestas plantadas. Elas vêm acontecendo em várias regiões de Minas Gerais, aliás, com muito sucesso.
Com efeito, o cientista Patrick Michaels, do Cato Institute, denunciou o viés alarmista da ONU em relação ao meio ambiente, além de questionar os seus pretensos ambientalistas que se arvoram em defensores do planeta em perigo. Até quando eles perceberão que não é boa idéia fazer predições de desastres vindouros? De fato, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP) em 2005 predisse que em 2010 haveria 50 milhões de refugiados climáticos, população que emigra por causa do mau clima. 

O UNEP até elaborou um mapa mostrando exatamente de onde emigrariam todos esses milhões. Contudo, os censos recentes desmentiram categoricamente tal profecia por se tratar de um erro mortal. Pior ainda, para Patrick Michaels a população vem crescendo rapidamente onde o UNEP previra a emigração. O realejo verde insistia que fluxos e mais fluxos de refugiados sairiam das ilhas tropicais de nível pouco acima do mar, por causa da incidência de furacões cada vez mais fortes e mais freqüentes.

O caso emblemático deveria ser a Bahamas que têm mais ciclones que qualquer outro lugar da terra. Entretanto a população aumentou 14% desde o ano 2000. E as ilhas Salomão se saíram melhor: mais 20%. Nas Seychelles os habitantes cresceram 9%. Para o cientista, a história recente revela que os órgãos da ONU funcionam como uma central sistemática de desinformação climática.

Michaels aponta alguns dos exageros inverossímeis, aliás, já desmentidos e espalhados pelo Painel Intergovernamental para as mudanças climáticas IPCC, e seu autoproclamado e inexistente consenso na ciência climática. Quando o Governo da Índia desmentiu a fantasia do IPCC, segundo a qual desapareceriam os glaciares do Himalaia que alimentam o rio Ganges, o chefe do IPCC, o indiano Rajenda Pachauri, respondeu que o Governo indiano apelava a uma ciência vudu. Mas, agora, diz Michaels, verifica-se que o grande aprendiz de vudu é a ONU e seu órgão, o IPCC.

No mesmo relatório, o IPCC sustentava que 55% da Holanda já estavam abaixo do nível do mar. Ainda defendeu que em 9 anos o crescimento da vegetação tropical diminuiria pela metade em virtude de um massivo declínio das chuvas anuais. Todos estes erros se devem a um azar? Perguntou Michaels.

Os cientistas são humanos e podem errar. Mas, responde Michaels, o esquisito é que as gafes da ONU têm sentido único. Nunca se encontra um erro na outra direção, quer dizer, subestimar as mudanças climáticas. E o mais grave Sr. Presidente, com tais erros eles vêm se considerando professores de Deus, pois pretendem reformar o mundo e pô-lo de ponta cabeça!

Agora, a outra boa notícia: A eficiente indústria brasileira de base florestal é responsável pela geração de 5 milhões de empregos, mão-de-obra qualificada na cidade e no campo. Esse setor da economia possui 6,5 milhões de hectares de florestas plantadas e mantém, em áreas que serão eternamente preservadas, outros 4 milhões de hectares de florestas nativas.

Entretanto, no Ano Internacional das Florestas não havia nenhum representante das florestas plantadas. Estavam lá pesquisadores, empresários, ativistas sociais e executivos de grandes empresas e instituições financeiras. Encontravam-se lá também dezenas de blogueiros e jornalistas ambientais. Mas não havia representante das florestas plantadas. Entretanto, a indústria de base florestal no Brasil vem fazendo muito, mas muito mesmo, pelo meio ambiente.

Robson Trevisan, do Painel Florestal, aponta o contraste. Ao plantar 30 mil hectares de florestas sustentáveis, em um ano, uma empresa está: 1) retirando muito carbono da atmosfera; 2) gerando emprego e distribuindo renda; 3) preservando áreas nativas, (em média 40 por cento da área total), 4) recuperando solos e áreas degradadas e 5) muitos eteceteras...

Do outro lado, um projeto de recuperação ambiental, coordenado por essas ONGs que grassam pelo País, terá bastante dificuldade de recuperar, em um trabalho essencial à vida, 2 mil hectares de mata nativa, no mesmo período!

Sr. Presidente, agora o contra-ponto, a má notícia. Infelizmente a maior parte dos nossos ambientalistas é dominada pelos alarmistas e não reconhecem os benefícios das florestas plantadas. Eles precisam conhecê-las com urgência. Temos regiões na zona seca do norte de Minas em que nascentes e riachos voltaram a correr água límpida no meio de belas plantações de eucaliptos.

Tenho dito.

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