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quinta-feira, 9 de junho de 2011

O orgulho de ser gay

Se antes, tínhamos orgulho de não sermos gays, hoje lamentamos não ser (agora é tarde, pois dizem que se nasce com este dom), pois é o único orgulho que ainda resta por aí.

Por Gen. Fonseca Azevedo Pereira - 07 de junho de 2011


Aos poucos, muitos brasileiros se distanciam de sentimentos como o orgulho, o amor à pátria e aos bons costumes. Não sabemos se a transformação se deu por artes da evolução da humanidade ou por reflexões ideológicas da esquerda brasileira.

Sem perceber, porém desconfiando, nossos níveis de padrões, alguns até da pétrea moral, foram entortando, entortando e, de repente, num abrir e fechar de olhos, estamos seguindo a cartilha do politicamente correto, firmes no cavalo, mas destituídos de qualquer senso.
Graças ao tudo pode e à liberdade total, demos um passo à frente, atropelando todos os tipos de preconceitos. Acabamos com os não pode. Pelo menos para alguns. O Palocci pode, porém você, é provável que ainda não possa (o Bolsonaro, também não pode). Como o exemplo vem de cima o desgoverno foi o 1º a demonstrar que tudo pode.  Que bom!
Chegamos à sociedade sem limites, sem culpa, sem consciência. Acabamos com a propriedade privada, com a família e com o mérito. Enterramos a punibilidade, prestigiamos o casuísmo, aceitamos as maracutaias, e elegemos os canalhas.

Na prática, abrimos espaço para que todos, venham de onde vierem, tenham êxito nesta terra, cujo cenário, se para alguns assemelha - se a um bordel, para outros emerge como o “eldorado” das oportunidades.

É uma terra diferençada. Onde os patifes e canalhas, que também são filhos de Deus, poderiam alcançar tal projeção, obter tanto sucesso?

Nós já nos orgulhamos da ABL, da vitória sobre o Paraguai na Guerra da Tríplice Aliança, da Contra - Revolução de 31 de março, da Amazônia, da FEB, de personagens heróicos, de Tiradentes, contudo, nosso orgulho foi se arrefecendo e, por isso, hoje, temos inveja do orgulho gay, talvez o último sopro de “dignidade” que ainda resta neste País.
Sempre nos orgulhamos de nossa capacidade de miscigenação, por isso, brancos e pretos andavam sem preconceito. De repente, numa população na qual, provavelmente 50 % têm um pé nos dois lados, descobrem para nós, que lá no fundo grassava uma torpe inveja. Os brancos perseguiam os pretos que odiavam os brancos. Daí as cotas para prejudicar os brancos e contrabalançar as diferenças.

Assim, nosso orgulho diante de nossa falta de preconceito transmutou - se em vergonha. Éramos sacanas e não sabíamos.

Da mesma forma, aqueles olhares de reprovação e até o carinhoso epíteto (“seu viadinho”) com que brindávamos os enrustidos gays, hoje, por vingança, os nossos representantes transformaram - nos em crime.

Se antes, tínhamos orgulho de não sermos gays, hoje lamentamos não ser (agora é tarde, pois dizem que se nasce com este dom), pois é o único orgulho que ainda resta por aí.

Ah, como éramos preconceituosos!

Ainda bem que temos um governo atento aos nossos maus – costumes, e uma barulhenta minoria (?) que se orgulha de dar as costas para os inimigos, amigos, amantes e desafetos.

De fato, como ensinamento, é de costas que se vai ao longe. Se assim proceder, esteja certo, você perde um monte de coisas (supérfluas), mas, pelo menos, o seu orgulho cresce. Quanto mais sacana, mais orgulho!
Assim, o orgulho gay, recentemente, obteve retumbante vitória no STF, incapaz de decidir o caso Batistti, mas capaz de atropelar a cambaleante Constituição em prol da alegre e orgulhosa comunidade.

A luta continua colegas gays e assemelhados, pois logo virá o benefício do sistema de cotas. Que nas novelas já existe (para cada três, um é?).

Vai ser orgulhoso lá longe!...

A política desconhece valores, princípios e arruína o caráter.
Mentir é dever de quem quer manter-se em evidência na política.
'Para que o mal triunfe basta que os bons não façam nada'...
(Edmund Burk)
•Porque a bondade que nunca repreende não é bondade: é passividade.
•Porque a paciência que nunca se esgota não é paciência: é subserviência.
•Porque a serenidade que nunca se desmancha não é serenidade: é indiferença.
•Porque a tolerância que nunca replica não é tolerância: é imbecilidade.

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