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sexta-feira, 8 de julho de 2011

porque um americano produz cinco vezes mais que um brasileiro.

Por Klauber Cristofen Pires

Em alguma revista especializada em economia eu já havia lido que um americano produz, em média, cinco vezes mais do que um brasileiro. Concordo plenamente, mas advirto os sonsos: disto não decorre diretamente que os americanos trabalhem tanto...


O povo brasileiro é tão trabalhador que dá pena! Todos os dias, não deixo de pensar em milhões de homens e mulheres que acordam ás quatro da matina para enfrentar longuíssimos engarrafamentos sofridos em ônibus ou trens apertados. Se os brasileiros que gastam em média até cinco horas por dia somente para se deslocar pudessem utilizar qualquer parte deste tempo para atividades produtivas, já estaríamos todos em um padrão de vida bem superior. 

Escrevo este artigo numa sexta-feira, inspirado por uma infiltração que surgiu em meu apartamento, e que tem demandado a derrubada de uma coluna que esconde tubulações de água servida, desde a terça-feira. Eu não sou engenheiro civil, mas não imgino por que raios tal coluna tinha de ser construída com concreto britado, se uma mera placa de gesso a tornaria muito mais prática para tal previsível finalidade de se trocar a rede a qualquer momento. Mas vá lá, trata-se de um edifício razoavelmente antigo, com mais de quarenta anos. 
Porém, deizemos este detalhe de lado para nos determos sobre o que realmente me chamou a atenção:o pedreiro perdeu três dias e meio somente para derrubar a parede da coluna e parte do piso, munido que estava com uma talhadeira e uma marreta. Entretanto, fosse um norte-americano, sua faina possivelmente seria abreviada provavelmente para umas três ou quatro horas, justamente porque o colega do norte teria feito uso de uma talhadeira elétrica ou pneumática. 

Entrar em uma casa de ferramentas nos EUA é como entrar no paraíso dos pedreiros, eletricistas e encanadores. bancadas inteiras, completas; todo tipo de equipamentos e máquinas, com acessórios ergonômicos, com várias velocidades, vários tamanhos e várias aplicações. 

Quem já viu a série "Fatiado" que foi exibida pelo canal a cabo The History Channel pôde ter testemunhado quantas ferramentas de corte o apresentador dispunha para cada ocasião, ferramentas estas que nunca ou mui raramente se viu por aqui.
O acontecido destes últimos dias fez-me lembrar também de uma outra situação em que eu assistia um homem confeccionar uma caixa para acomodar a aparelhagem de seu de um veículo totalmente com obsoletas ferramentas manuais, perdendo com isto muito tempo e dinheiro. 
É claro, brasileiros não são exatamente pessoas burras. Certamente elas também prefeririam ter á mão equipamentos modernos que lhes facilitassem o ofício, todavia, eles são praticamente inacessíveis, e isto tem primordialmente uma razão: os altos impostos, que lhes tornam mais difícil a aquisição, por um lado, e que consomem o poder de compra de seus possíveis clientes, pelo lado oposto, tornando-a assim anti-econômica, já que a demanda não compensa o investimento. 

Que nome pode se dar a tudo isto? Escravidão.  Prega a filosofia liberal que algo como a servidão voluntária é algo logicamente imposível, porém começo por meio destas reflexões a encontrar neste caso já uma exceção. O caso é que os brasileiros não compreendem que a liberdade implica em repudiar as propostas assistencialistas que servem de pretexto à extorsiva tributação. E assim vão levando a vida...

Um comentário:

  1. Tudo o que o colunista escreveu se resume nas seguintes idéias:

    1) brasileiro não gosta de trabalho, gosta é de emprego;
    2)Eficiência? O que é isso? Ah, é uma maneira do patrão explorar melhor o empregado.

    Daí decorre todo o resto exposto pelo colunista.

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