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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Jogo com árbitro comprado


Disputamos um jogo contra um adversário que comprou o árbitro. Podemos sofrer falta na área adversária, como ocorreu na parada gay em São Paulo. Mas o juiz não dará ‘penalti’. Ao contrário, qualquer simulação de falta em nossa defesa será interpretada como... Acertou. Penalidade máxima.

Matheus Viana – Revista Profecia

É fato: estamos diante de fragmentos de uma ditadura moral. Durante a 15ª parada gay em São Paulo foram distribuídos cartazes com homens vestidos de santos em conotação homoerótica. Usaram o trecho bíblico “Amai-vos uns aos outros” de maneira completamente pervertida. Qualquer um que viu os cartazes, mesmo não sendo profissional do Direito, soube discernir que aquilo foi uma atitude clara de escárnio e de desmoralização da fé cristã católica. No entanto, por mais que sacerdotes e fiéis se levantaram contra tal infâmia, não deu em nada. Foi interpretado como um ato de liberdade de expressão.

Dois pesos, duas medidas. Os outdoors com citações bíblicas contra a conduta homossexual, publicados em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, pelo pastor evangélico Antônio Hernandez Lopes, da Igreja Casa de Oração, foram retirados por determinação da Justiça após pedido da Defensoria Pública do município. O caso repercutiu por todo o Brasil. Não era para menos.

Como nós de Profecia temos denunciado, trata-se de uma Justiça de caráter ideológico. Os outdoors não trouxeram ofensas ou deturpações da imagem dos homossexuais. Mesmo assim, duas liberdades, garantidas pela Constituição, foram vilipendiadas: a religiosa e a de expressão. Sim, temos o direito, como cidadãos, de abominarmos a prática homossexual – e não o indivíduo. Podemos concordar ou não – e emitirmos nossa opinião – com qualquer conduta. O que é muito diferente de ofensa moral.

A fé cristã foi objeto de catarse na parada gay em São Paulo, como é de praxe. No entanto, o ato indecoroso foi considerado “liberdade de expressão”. Em contra partida, qualquer dissidência ao movimento homossexual é considerada ofensiva e, por isso, é impedida pela Justiça brasileira a exemplo de regimes totalitários. A máxima de Voltaire, um dos pilares da democracia, não tem sido considerada: “posso não concordar com nenhuma das palavras que você diz, mas defenderei até a morte seu direito de dizê-las”.

“Dormi em um país democrático e acordei em um país ditatorial!", lamenta o pastor Lopez. De fato! A cada dia que passa o cerco está se fechando. O movimento LGBT, tendo como representante a senadora Marta Suplicy (PT-SP), usa de todos os meandros possíveis para aprovar o PL 122/06. Com tal instauração, a homocracia será estabelecida. E eles sabem disso. Mas os de sã consciência também. Mesmo assim, são poucos os que lutam pela liberdade moral ameaçada no Brasil. Precisamos confessar: disputamos um jogo contra um adversário que comprou o árbitro. Podemos sofrer falta na área adversária, como ocorreu na parada gay em São Paulo. Mas o juiz não dará ‘penalti’. Ao contrário, qualquer simulação de falta em nossa defesa será interpretada como... Acertou. Penalidade máxima.

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