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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Os esquerdistas não acreditam em si próprios

Aumentar a meta de superávit? Que houve com Keynes? Não acreditam mais nele?

Por Klauber Cristofen Pires

Prezados leitores,

Anteriormente a este artigo que ora escrevo já havia baixado outro, que tratava de proposta de lei do setor livreiro no sentido de estipular um tabelamento de preços para os livros. Como eu argumentei, se os empresários do setor fizessem isto seriam acusados de prática de cartel, mas como o que eles propõem é que se baixe uma lei que imponha goela abaixo dos consumidores a uniormização dos preços, oras, então está tudo bem...
Tudo bem uma ova! Eu prefiro o cartel, e digo, seguindo a linha dos economistas da escola austríaca, em especial de Dominick Armentano, digo mais: que ele é um instrumento legítimo e eficiente de atender o mercado no rumo da satisfação do interesse dos consumidores! Isto, claro, mediante duas condições: a primeira é a natural precariedade do arranjo, nascido da adesão voluntária dos empresários, e a segunda, como não poderia deixar de ser, a liberdade dos consumidores em buscar alternativas. Oras, está claro que um tabelamento de preços imposto pelo estado há de ceifar ambos os pés em que se equilibram as 
partes interessadas. 

Resumindo: a teoria da lei antitruste não resiste a um mínimo exame de coerência a julgar pelos atos estatais. Se aqui e ali os sabichões barbudinhos entendem que ela deve ser aplicada para proteger a concorrência (leia-se "os concorrentes"), lá e acolá o que vale mesmo para o bem do mercado é um bom monopólio estatal... 

Porém, não é só a doutrina antitruste a política falaciosa que os esquerdistas em geral defendem com a mesma fé que acreditam em Deus. No que tange ao esquerdismo, ao socialismo e ao petismo, tomados todos estes termos como sinônimos, não há praticamente nada em suas cabeças ocas em que eles mesmo sintam um pingo de firmeza. 

Digo isto porque tenho um exemplo cabal à mostra, bem fresquinho: a notícia dada pelo governo de que irá apertar a meta de superávit primário em mais 10 bilhões de reais. Tudo bem, eu sei plenamente que isto é só pra inglês ver: se fosse mesmo para o governo fazer economia daria o bilhete azul para as dezenas de milhares de aspones colocados na máquina pública durante as últimas gestões, extinguiria pelo menos sessenta por cento de órgãos que não servem para absolutamente nada e daria um pé na bunda em toda esta miríade de ong's chupa-cabras. 

Contudo, tomemos o dito pelo não dito, para podermos lançar a seguinte pergunta: "- quer dizer então que é uma vela pra Deus e outra pro "demo", é?" Ai, Ai, Ai, se o todo-poderoso Keynes te ouve falando, Mantega! Há de te puxar os pés durante a noite para arrastá-lo aos confins do inferno onde se encontra, para ajudá-lo em seu castigo eterno de recolher do chão as notas de dólares caídas das árvores...

Senão vejamos: se a aceleração de gastos públicos é a medida por excelência para a salvação do capitalismo de suas eternas crises, porque não anunciar justo agora com mais pompa e circunstância uma nova era de concursos públicos, nomeações de cargos de confiança, mais um milhão de casas populares e a duplicação de todas as estradas do país? 

Quem receita um remédio e ao mesmo tempo seu antídoto? Quem aplica um castigo em seu filho e em seguida pede-lhe desculpas? Quem avança um peão no jogo de xadrez para em seguida retrocedê-lo? Somente pessoas muito indecisas, se muito.

Um verdadeiro liberal-conservador não tem medo de defender a economia de mercado, a desoneração tributária e o retorno ao padrão-ouro em qualquer situação. Não teme, porque a medida são medidas comprovadamente corretas e salutares: quanto mais capitalismo, mais prosperidade.

Preste atenção em tudo, mas em tudo mesmo, o que diz um esquerdista, para ver como ele troca de opinião com mais frequência do que os políticos trocam de partido. É neste tipo de gente que vc deposita a sua confiança para decidirem sobre a sua vida, e vida de sua família e o o seu patrimônio?

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