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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

COMÉDIAS, TRAGÉDIAS E EMPULHAÇÕES À LA FAÇON DU BRÉSIL

...a campanha para tornar a corrupção um crime hediondo! É tão pouco séria que até já consta da página do senado federal (com minúsculas mesmo!). 
 


01/09/2011


CENA 1: O Presidente do Supremo Tribunal Federal ao defender a esdrúxula união de pessoas do mesmo sexo, definiu seu órgão sexual como um mero adorno. Parece que os colegas concordaram, pois a aprovação foi unânime! Adorno?! Porca miseria!


CENA 2: O Coordenador da Lei Seca no Estado do Rio, o responsável pelos aborrecimentos e engarrafamentos causados pelos exames inconstitucionais de bafômetro, atropelou e matou quatro pessoas dirigindo provavelmente alcoolizado, pois abandonou o local, não prestou socorro às vítimas e apresentou-se para exame de nível alcoólico no sangue somente 18 horas após a ocorrência. Uma coleguinha prestimosa mandou um reboque da Prefeitura para rebocar o carro do meliante, contrariando todas as normas da lei.


CENA 3: Catástrofe anunciada: bondinho de Santa Tereza descarrila, mata cinco pessoas e fere dezenas. O motorneiro, na profissão há 30 anos, ainda gritou para os passageiros saltarem porque estava sem freio descendo uma ladeira. O Governador Cabral, que apesar do sobrenome não descobriu coisa nenhuma e só se preocupa com passeatas gay e de liberação das drogas, declarou com a maior cara de pau que o culpado era o motorneiro que andava em alta velocidade. Depois, muito a contra gosto, admitiu que houvesse falha na manutenção dos veículos. O Secretário de Transportes disse o tal carro – um dos três únicos restantes - tinha ido para a oficina treze vezes nos últimos 30 dias, e declarou que apenas uma ínfima parte do orçamento destinado aos bondinhos tinha sido usada para os referidos, mas não disse para onde foi o resto da grana! Nem ninguém perguntou! Réu confesso, não será processado nem perdeu o cargo!


CENA 4: Uma ilustre Deputada, Jaqueline Roriz, flagrada com a mão na cumbuca, alegou em sua defesa que não poderia perder o mandato porque quando o fato – leia-se: a roubalheira – ocorreu, era apenas uma cidadã comum e, portanto, não precisava seguir os procedimentos de ética parlamentar! 265 coléguas acataram sua defesa e a absolveram! Ora bolas, e alguém esperava decisão diferente? Ah, bom, ela ainda tem que prestar contas à justiça (sic). Que alívio!


NOVAS EMPULHAÇÕES À VISTA


Depois da Lei Seca, do Cansei!, da campanha da Ficha Limpa, agora “organizações da Sociedade Civil (dá-lhe Gramsci!) anunciou novas empulhações para os próximos dias: enérgicas atitudes contra a corrupção. Para o dia da Independência estão programados um Dia Nacional de Luto e uma marcha, organizada pelas “redes sociais”. Na página do protesto na rede social, os organizadores afirmam que a manifestação não tem apoio de partidos, sindicatos ou empresas. E surgiu da mobilização de cidadãos comuns diante das denúncias de corrupção, como as recentes ocorridas nos ministérios dos Transportes, do Turismo e da Agricultura. “A corrupção virou uma doença no Brasil. Sentimos que temos que fazer alguma coisa”.


Manifestação espontânea uma ova, como todas as demais, passadas, presentes e futuras, o núcleo é uma organização que pertence à tal “sociedade civil” só de fachada: a OAB. Esta associação é parte integrante da organização da justiça nacional, pois, segundo o § 3º do Artigo 129 da Constituição Federal, que trata das funções institucionais do Ministério Público “O ingresso na carreira far-se-á mediante concurso público de provas e títulos, assegurada participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, e observada, nas nomeações a ordem de classificação”.


É um estranhíssimo caso de uma associação profissional fazer parte dos processos constitucionais, como que, imagino, só pode existir no Brasil e denuncia um corporativismo de causar inveja ao Duce e ao Gran Consiglio del Fascismo.


A pior deixei para o final: a campanha para tornar a corrupção um crime hediondo! É tão pouco séria que até já consta da página do senado federal (com minúsculas mesmo!).


A quem interessa esta palhaçada? Não passa de prestidigitação das mais safadas para desviar a atenção da população dos verdadeiros crimes hediondos e abjetos que são cometidos diuturnamente e até estimulados: os 50.000 homicídios, as campanhas para liberação das drogas em conluio com as FARC, do aborto e da pedofilia (consta que a American Psychiatric Association já discute a retirada nesta perversão do rol de doenças mentais, como fez com a inversão sexual), a entrega de partes enormes do nosso território a “nações indígenas” criadas pela ONU, fundações globais e suas ONGs, aonde os habitantes poderão prosseguir em suas práticas selvagens de enterrar crianças vivas. Logo, logo chegará aqui o que é comentado no artigo publicado no Mídia Sem Máscara Isso não é intromissão, é assassinato, a prática diabólica da “redução de fetos”.


Mas os brasileiros. dinheiristas por natureza, se preocupam mais com seu querido bolso do que com a vida humana. Uma marcha contra a liberalização do aborto? Ou contra os crimes de pedófilos e estupradores? Impossível!


UMA MISTURA EXPLOSIVA


Por enquanto, aqui no Brasil só existe um moralismo idiota, por parte de alguns, ingênuo, por outros e totalmente falso pela maioria. O pior é quando se juntam misticismo com luta contra a corrupção, como já ocorre na Índia. Publicarei nos próximos dias um artigo em duas partes, Onda espiritual e revolução, do jornalista indonésio que se apresenta com o pseudônimo de Richard Jayaprada por ser funcionário de rede jornalística internacional e não poder realizar trabalhos free lance. Por estes artios verão que o Brasil já está na mira da onda anticorrupção ao molho de curry.

Um comentário:

  1. Leis são feitas para serem aplicadas "nos outros", nunca em que as fez. Então, uma lei como esta que está tramitando no congresso, como tantas outras, corre o risco de ser aplicada apenas nos outros, deixando os seus criadores à vontade pare se servirem no banquete das riquezas da nação. Não foi assim com o mensalão, com as cuecas e outras mais? Pois é! foi o que deu.
    Não devemos confundir as intenções explícitas com as intenções reais das coisas, que, embora não possam ser comprovadas antes que ocorram, precisam ser intuidas. Por analogia com o passado.

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