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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Até quando?


Está em curso, não nos iludamos, um movimento de pinça: de um lado, os grandes grupos internacionais cujos interesses cobrem o globo terrestre; do outro, partidos de esquerda, entre nós agrupados sob a bandeira do PT, líder do FSP.

Por Osmar José de Barros Ribeiro, em 15Nov2011


          Nos países em desenvolvimento, possuidores de recursos naturais de pequeno ou grande vulto, a existência de Forças Armadas bem adestradas, motivadas e dotadas de equipamentos e armas modernos, não responde nem aos interesses externos nem aos internos. Que o diga a “primavera árabe” onde um dos objetivos, o petróleo líbio, foi alcançado pelo emprego dos meios militares da OTAN e, internamente, atendeu aos interesses de líderes tribais.

         Os conglomerados que dominam a economia global sonham estabelecer um Governo Mundial onde caberia, às nações periféricas, a missão de suprir os países centrais com mão de obra e matérias primas. Mas, para dar curso a tal pretensão há que, naquelas, buscar aliados. Na América do Sul - e no Brasil em particular -, a aliança tácita entre os grandes grupos econômicos mundiais e o Foro de São Paulo (FSP) vem do desejo dos primeiros de conseguir o domínio econômico e, do segundo, reunindo os partidos de tendência esquerdista, reconstituir politicamente o que foi perdido pelo comunismo no leste europeu.

Entre nós, além do revanchismo que permeia as ações governamentais, existem motivações outras que se somam às preconizadas pelo Diálogo Interamericano (DI) quanto às Forças Armadas, quais sejam: reduzi-las à expressão mais simples, mantendo um núcleo de excelência obediente às ordens do poder central; diminuir seus efetivos; afastá-las dos centros de decisões políticas; limitar seu armamento; empregá-las como Forças de Paz sob a égide da ONU ou, internamente, em atividades policiais. Já ao Foro de São Paulo, além de desfibrar a mocidade, interessa dissociar as referidas Forças da comunidade nacional, propósito tanto mais difícil quando, longe de casta social, elas são uma amálgama da sociedade e, para esta, um exemplo de correção no trato do dinheiro público, de exação no cumprimento de dever e escola de civismo. Problema mais complicado, sem dúvida. Assim, há que caracterizá-las como sendo um covil de torturadores e marcá-las com o ferrete de inimigas da liberdade.

Isso posto, o Foro de São Paulo partiu para o tudo ou nada: buscar a desmoralização dos militares mais antigos, responsáveis maiores pelos insucessos comunistas num passado recente, taxando-os de criminosos e pretendendo levá-los às barras dos tribunais; dividir as Forças Armadas em “antigas” e “modernas”, cada qual com uma determinada maneira de pensar; afastar os quadros mais capazes pela pífia remuneração proporcionada aos seus componentes, e, por fim, proletarizá-las, reduzindo-as ao nível de uma polícia federal fardada, sujeita à politicagem.

Está em curso, não nos iludamos, um movimento de pinça: de um lado, os grandes grupos internacionais cujos interesses cobrem o globo terrestre; do outro, partidos de esquerda, entre nós agrupados sob a bandeira do PT, líder do FSP.

O resultado dessa convergência de interesses escusos está claro: trabalha-se para sustentar mandriões que enriquecem graças à pilhagem do resultado do esforço alheio enquanto, servilmente, agradam aos senhores do poder mundial.

Até quando?

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