Sim, será difícil encontrar alguma gravação de vídeo ou de áudio em que o melífluo ministro esteja metendo a mão no alheio. Viajar em avião pago por uma ONG atolada até o pescoço em negociatas envolvendo o Ministério do Trabalho pode. Faz parte. E o empombado disse mais, “se os meus auxiliares estão metidos, não tenho nada com isto, se meus subordinados de outros níveis estão compactuados, eu não sou culpado, eu sou puro, firme e forte, e nem à bala vou sair do ministério, ainda mais que se eu sair todo o meu partido deixará a base do governo”. Passado o período de furor explícito de apego ao vistoso cargo, por certo, foi alertado, “Lupi, você está sendo babaca demais”. Contudo, apesar da empáfia, num de seus ultimo encontros com a predestinada, imaginou - se diante da rainha da Inglaterra, e servil, arqueou - se sobre a saliente pança, e beijou - lhe a mão. Vai ser cavalheiro assim na Grã - Bretanha. Ensimesmado, Lupi baixou a bola e as calças, e em alto e bom som, e cercado de testemunhas, jurou amor eterno à “Presidenta” que, segundo disse arrependido, “adorava desde criancinha”. Lupi é o retrato do poltrão que atinge certo nível do poder, e a altura lhe sobe à cabeça. Conhecemos o biótipo, grosseiro, falastrão, abusado, convencido, julga que chegou onde está por seus méritos, quando na verdade, ali está por negociatas políticas, e acertos na base do “é dando que se recebe”. O Partido dá, e em troca recebe um feudo ministerial. Na barganha, o Lupi estava por perto, e foi o agraciado. Não foi fruto da meritocracia. A defesa do Lupi, cria da metamorfose, é grandiosa, irrebatível, apóia - se na peremptória e retumbante negativa; desde que nos esqueçamos da velha e carcomida RESPONSABILIDADE. No seu curral, todos mamaram nas vacas, menos ele (?), logo ele não tem nada com isto. Não lhe cabe a menor RESPONSABILIDADE, afinal é chefe apenas para as mordomias, as negociatas que o cargo infere, e a proximidade ao poder supremo da atual tirania nacional. Convenhamos, se o Lupi nada viu, nada ouviu, nada escutou, logo, ele é apenas um monumental irresponsável, condição “sine qua non” para o exercício dos cargos nomeados pelo Executivo. “Sou irresponsável, mas quem não é”, e confiante assevera, mas “sou imaculadamente inocente”. Alguns podem alegar que ele nada viu, nem escutou, porque sorrateiramente, na hora do vamos ver, ia ao banheiro, ia telefonar para a senhora dele, ia assistir à novela, não sabemos; ao final, será a palavra de uns inimigos do verborrágico Ministro, e as negativas do impoluto, destemperado e despreparado fanfarrão. Há controvérsias, se o maganão será varrido ou não. Depende, se a mídia não cooptada e investigativa soltar mais um míssil na abalada compostura do espaçoso Lupi, o lixo exposto não caberá debaixo do tapete, e o seu partido, mesmo a contragosto, terá que vasculhar no seu quadro mais um patife à altura do mandrião para substituí – lo, com todas as honras e prerrogativas do cargo, é claro. Brasília, DF, 13 de novembro de 2011 Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira |
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