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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Enem? Ah, nem!


Os seguidos escândalos do Enem sempre foram previsíveis. Fazem parte do processo de estatização do ensino e de qualquer coisa. Sempre foi assim. Sempre será assim.
Por Klauber Cristofen Pires

Estive lendo nos jornais sobre a coletânea de absurdos que o tal Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM já produziu. Desvio de provas, banco de questões insuficiente, seletividade ideológica, incompetência, fraude, negligência, facilitações, e por cima de tudo, o mais vetusto analfabetismo (digo dos professores e organizadores: da massa de alunos nem sequer comento...)
Conclusão? Nada surpreendente, para certo alívio ao Sr Fernando Haddad. Se incompetência tem havido em sua gestão, melhor será resumi-lo ao modelo que escolheu. Não que esteja eu a defendê-lo, mas o caso é que, quem quer que venha em seu lugar, cometerá mais ou menos os mesmos erros ou quiçá, até piores. Simples assim.
Por causa da mais extrema babaquice esquerdista-petista, para um módico exame escolar é necessário colocar em operação um dispendiosíssimo aparato que se assemelha em vulto ao realizado pelo sistema judiciário eleitoral, mas que lhe ultrapassa em muito em complexidade.
Sim, caro leitor, porque com o sufrágio universal a complicação envolve a contagem dos votos e em alguns casos, a discussão sobre a elegibilidade de um ou outro candidato. Já com o Enem cada uma das questões tornar-se-á objeto de contenda, isto sem dizer sobre o vazamento de informações e o problema com impressão e distribuição de material. A quantidade de informação produzida é tal que somente uma gigantesca comissão de revisão poderá atender à demanda, e levando em conta que é humanamente impossível a um só grupo atender a todos os requerimentos, isto significará a possibilidade de haver disparidades, pois que diferentes estudantes terão suas provas revisadas por diferentes subgrupos.
Uma indústria será criada em torno do exame: os professores que tiverem formulado questões serão guindados à condição de celebridades supremas, e elaborarão livros e cursos “on line”; as escolas particulares pagarão salários altíssimos para descobri-los e contratá-los. Suas convicções pessoais sobre temas não objetivos serão promovidas a verdades incontestáveis. Será criada uma jurisprudência escolar!
As dimensões colossais do Enem propiciarão a multiplicação das fraudes, porque serão mais convidativas, dado que os ganhos de escala estimularão as técnicas ilícitas mais arrojadas, que por sua vez exigirão os cuidados mais apurados por parte dos fiscais, o que aumentará mais ainda os custos dos eventos. Na esteira, entrarão em cena as polícias estaduais e a Polícia Federal, os promotores e o Ministério Público e o Poder Judicial, cada qual com o seu poder de emperrar um pouco mais todo o processo.
Aff, e dizer que minhas dúvidas de redação eu resolvia com a minha professora...
Enfim, não há uma solução razoável para este dinossauro estatal, a não ser virar fóssil. Entretanto, isto significa o extermínio do próprio MEC e de seu crucial objetivo de tomar as crianças dos seus pais para formatarem seus cérebros e embutirem neles o programa operacional do marxismo petista.
Isto significa que somente uma grita geral da população poderá dar um fim a este procedimento caríssimo e absolutamente desnecessário. Já passa da hora!


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