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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Correios: nada péssimo que não possa piorar


   
- Correios, onde está minha encomenda? "- Não sei, não quero saber, e tenho raiva de quem sabe..."
Por Klauber Cristofen Pires

In most other kinds of businesses the producer anticipates the wants of the consumer and invents new ways of satisfying them; in postal affairs alone the consumer has to clamor long before he gets the most simple and obvious reforms; and, indeed, in spite of his special facilities for clamoring . . . he often does not get them at all . . . The Post Office, slothful in many directions, is vigorous only in this—that when private persons are inclined to invest their time and capital in the attempt to think out new ideas for the public benefit, the Post Office warns them to desisti.
Alfred Marshall, (Times, Londres, 24 de março de 1890)

No dia 25 de janeiro de 2012, efetuei uma compra internacional pela internet, o que seja, um chapéu panamá confeccionado no Equador. A transação, legal, foi paga pelo PayPal e o vendedor, como prometido, postou o objeto no prazo.
Entretanto, desde o dia 06/02/2012, mais especificamente, às 10h43min, não tenho tido nenhuma notícia da entrega do meu bem, eis que se encontra parado na Unidade de Tratamento Internacional de São Paulo/SP.
Hoje, dia 27/02/2012 – a previsão de entrega, segundo o vendedor, é de quinze dias – entrei em contato com os Correios para solicitar uma posição quanto à localização ou a expectativa da data de entrega, reiterando igual atitude já tomada na semana passada, quando então havia sido - por um próprio atendente dos Correios - que uma nova informação no sistema de rastreamento seria dada após 11 dias úteis da sua recepção no Brasil.
Como os leitores já estão começando a adivinhar, nenhuma informação foi registrada após o prazo expirado, mas pasmem, hoje quem me atendeu me informou que os Correios não têm a obrigação de informar, segundo a modalidade de envio utilizada! Nem hoje, nem amanhã, nem nunca!
O que me foi oferecido foi um serviço de busca, no qual eu deveria prestar informações que por ora não possuo, como o nome e endereço do remetente. Eu já pedi ao vendedor tais informações, mas isto é outra história.
O que pretendo com meu relato é demonstrar aos leitores como somos tornados reféns dos prestadores de serviços estatais, especialmente aqueles que exercem suas atividades em regime de monopólio.
Ora, tendo oferecido o código de rastreamento, é de convir que os Correios já tenham todas as informações de que necessitam, inclusive os dados do remetente!
Ademais, é um verdadeiro absurdo que eu é que tenha de tomar a iniciativa de solicitar a busca de minha encomenda! Independentemente ou não de que tenha sido retido pela Alfândega, o mero registro protocolar do objeto e a necessária notificação ao remetente seriam obrigações óbvias deste que se mostra um péssimo prestador de serviços.
Os Correios já chegaram a ser considerados como a instituição mais confiável do país. Guardo certa precaução contra tais pesquisas de opinião, especialmente em um país onde os cidadãos não sabem o que são bons produtos e serviços, por falta de opção – e pela proverbial tendência de os órgãos públicos tomarem o lugar dos seus clientes quando o assunto é julgar a qualidade de seus préstimos. Não obstante, nada que já tenha sido ruim está isento de se tornar pior, como atesta o nosso serviço estatal de entrega de cartas e encomendas.
iPETERSON, Mary Benett. The regulated consumer. Green Hill Publishers, Inc. Ottawa, Illinois. 1971. P. 22: “Na maioria dos outros tipos de negócios o produtor se antecipa aos desejos do consumidor e inventa novos meios de satisfazê-lo; Apenas nos serviços postais o consumidor tem de implorar muito antes de conseguir as mais simples e óbvias reformas; e certamente, a despeito de suas facilidades (instalações) especiais para reclamações...ele frequentemente não tem sucesso em nenhuma delas...Os Correios, indolente em muitos assuntos, é vigoroso apenas nisto – que quando os particulares estão inclinados a investir seu tempo e dinheiro com o objetivo de imaginar novas ideias para o benefício público, os Correios os advertem a desistir.”

2 comentários:

  1. OLÁ KLAUBER.

    E PENSAR QUE OS CORREIOS JÁ FOI UMA EMPRESA DE PONTA E QUE A QUADRILHA ESTÁ DESTRUINDO.

    ABS DO BETOCRITICA.

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  2. São os vagabundos indicados pelos partidos chantagistas da "base aliada" que ocupam chefias para fazer negociatas e encher o bolso em detrimento da população. E o Ministério Público, bobinho que é, tá preocupado com os guerrilheiros mortos nos anos 70. Merecemos ?

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