Dilma dá o recado a Foster: Danem-se a eficiência, os investidores e os consumidores.

A Petrobras é nossa? Se for, a quantas ações eu tenho direito, como cidadão? Pelo visto, como cidadão e consumidor, não me compete nenhum "pro-labore", mas sim um "colabore"!

Por Klauber Cristofen Pires

Enquanto vigorou a política de substituição de importações, a Embraer era uma empresa estatal que se equilibrava na corda da falência e da obsolescência. Seu avião-chefe, o bandeirante, era inseguro e quase não encontrava mercado no exterior. O mesmo se deu com a famigerada lei de reserva de mercado de informática, que teve o mérito de nos amarrar à idade da pedra no que diz respeito ao setor. No setor naval, quase todos os estaleiros foram à falência. 

Felizmente, pelo menos no caso da fábrica de aviões, esta veio a se posicionar como uma das maiores do mundo, claro, de pois de privatizada e autorizada a importar os melhores componentes do mundo todo.  

Pois, quem não se recorda do passado, o revive no presente. Saiu na Agência Brasil de hoje: 

"A presidenta Dilma Rousseff defendeu hoje (13) a preferência da Petrobras por empresas nacionais nas compras de equipamentos e contratação de serviços. Dilma discursou na posse da nova presidenta da estatal, Maria das Graças Foster, que substituiu José Sergio Gabrielli."

Obrigar uma empresa a adquirir preferencialmente de fornecedores nacionais apenas fará com que tenha de sacrificar a sua escolha por produtos melhores, quer seja sob o ponto de vista tecnológico ou comercial. E quem vai pagar a conta? Os bobos que trabalham e produzem em regime de descarada desigualdade contra  as quinquilharias chinesas, claro!

Ôpa, mas estarei eu aqui a defender o protecionismo também para as pequenas e médias empresas? De jeito nenhum! O que faço aqui é acusar o dirigismo estatal na economia, que é injusto, porque é voltado ao privilégio dos amigos do Partido. Necessário lembrar que o próprio marido da Sra Maria das Graças Foster, a atual presidente da Petrossaurusbras, já havia celebrado 42 contratos (20 sem licitação!),  de fornecimentos de componentes eletrônicos para áreas de tecnologia, exploração e produção a diferentes unidades da estatal. 

Parece coincidência ou Dilma queria justamente ter dito isto: "...vai "miga", lava a égua agora, e arranja uma participação pro Partido!..."?

O que defendo, para ficar bem claro, são iguais regras desburocratizadas e tributos desonerados para todos! Só que fazer isto é abolir o regime de estado social-democrata interventor, coisa que o governo tem pavor só de pensar!

Aí está a grande demanda que também é a grande força da classe média para exigir uma renovação de uma nova classe política de oposição. O temerário processo de desindustrialização pelo qual o Brasil está passando não tem no compadrio Dilma-Foster o remédio, mas justamente o veneno!