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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Pesquisa de Serviços de Hospedagem - Municípios das Capitais – Fonte IBGE




Base: Ano de 2011

Quatro capitais concentram mais de 40% da capacidade de hospedagem no país

Por Ricardo Bergamini


A rede de hospedagem das 27 capitais brasileiras contava, em 2011, com 5.036 estabelecimentos, que possuíam 250.284 unidades habitacionais (suítes, aptos, quartos, chalés) e capacidade total de 373.673 leitos. Os estabelecimentos da rede de hospedagem eram, na sua maioria, hotéis (52,1%), tinham em média 50 unidades e 74 leitos por estabelecimento. São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Belo Horizonte lideravam os serviços de hospedagem, concentrando 40,7% do total de estabelecimentos, 45,8% das unidades e 43,0% dos leitos disponíveis nas capitais do país. Embora o maior percentual de hotéis (37,6%) pertença à categoria econômico, 23,2% de toda a rede apresentam padrão inferior de conforto/qualidade dos serviços (categoria simples).Os estabelecimentos declararam que apenas 1,3% de suas unidades são adaptadas para pessoas com necessidades especiais, destacando-se, em número de unidades adaptadas, São Paulo, Rio de Janeiro, Natal, Brasília e Maceió. Estes são alguns dos resultados da Pesquisa de Serviços de Hospedagem (PSH 2011), realizada pelo IBGE em parceria com o Ministério do Turismo, com o objetivo de conhecer a infra-estrutura de hospedagem no país, e que está disponível no sitehttp://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/comercioeservico/psh/2011/default.shtm.


Com 972 estabelecimentos (19,3%), a pesquisa mostra que São Paulo possui a maior rede de serviços de hospedagem do país, com 54.065 unidades habitacionais (21,6% do total), e 73.488 leitos (19,7%). Em seguida, vem o Rio de Janeiro, com 429 estabelecimentos (8,5%), 31.594 unidades habitacionais (12,6%) e 45.416 leitos (12,2%). Salvador, com 358 estabelecimentos (7,1%), e Belo Horizonte (5,8%), com 291 estabelecimentos, completam o ranking das quatro capitais com maior participação na capacidade de hospedagem dos municípios das capitais brasileiras.

De acordo com a pesquisa, Salvador possui 15.666 (6,3%) unidades habitacionais, com 22.366 leitos disponíveis (6,0%), enquanto Belo Horizonte conta com 13.353 unidades (5,3%) e 19.031 leitos (5,1%). Outras capitais também se destacam com uma participação expressiva: Fortaleza, com 280 estabelecimentos (5,6%), 12.188 unidades habitacionais (4,9%) e 19.745 leitos (5,3%); Florianópolis, com 254 estabelecimentos (5,0%), 10.098 unidades habitacionais (4,0%) e 20.060 leitos (5,4%); Curitiba, com 242 estabelecimentos (4,8%), 12.780 unidades habitacionais (5,1%) e 19.083 leitos (5,1%) e Brasília, com 222 estabelecimentos (4,4%), 11.980 unidades habitacionais (4,8%), 19.216 leitos (5,1%).

Três capitais da região Norte, de acordo com a pesquisa, possuem as menores redes de hospedagem do país: Boa Vista, com apenas 32 estabelecimentos de hospedagem (0,6%), 1.077 unidades habitacionais (0,4%) e 1.726 leitos (0,5%); Rio Branco, com 36 estabelecimentos (0,7%), 1.231 unidades (0,5%) e 2.047 leitos (0,5%); e Macapá, com 41 estabelecimentos (0,8%), 1.247 unidades (0,5%) e 1.584 leitos (0,4%).

Albergues turísticos representam apenas 1,9% da rede de hospedagem

A rede de hospedagem das capitais totaliza 5.036 estabelecimentos e é constituída, predominantemente, por hotéis (inclusive hotéis históricos, resorts e hotéis-fazenda), que respondem por 52,1% do total (2.627 hotéis). O segundo tipo de estabelecimento mais comum são os motéis (1.184), com 23,5%, seguidos pelas pousadas (714), com 14,2%. Têm menor expressividade apart-hotéis/flats, com 4,2%, pensões de hospedagem (inclusive estabelecimentos do tipo cama e café ou pousadas domiciliares), com 3,1%, e albergues turísticos, com 1,9%. No grupo outros, campings, dormitórios e hospedarias totalizam, apenas, 1,0%.


A pesquisa revelou que, entre as capitais, Brasília possui a maior proporção de hotéis (67,1%), seguida por Curitiba (62,4%), São Paulo (59,1%) e Rio de Janeiro (58,3%). A distribuição revela que a maior concentração de motéis encontra-se em Fortaleza (39,3%), seguido de Belo Horizonte (34,0%) e Porto Alegre (32,1%.) Já o maior percentual de pousadas, entre as capitais, encontra-se em Florianópolis (40,2%), e nas principais capitais da região Nordeste, com destaque para Natal (30,2%), Salvador (26,0%), e Fortaleza (21,4%).

Em números absolutos, São Paulo (574) e Rio de Janeiro (250) são as capitais onde há maior quantidade de hotéis. Boa Vista (16) e Rio Branco (20) registram o menor número desses estabelecimentos. Quanto a motéis, São Paulo (264) lidera o ranking, seguido por Fortaleza, onde há 110 motéis, e Belo Horizonte (99). A capital onde funciona o maior número de pousadas é Florianópolis, com 102 estabelecimentos desse tipo, seguida por Salvador (93 pousadas).

Cerca de 23% da rede tem padrão inferior de conforto/qualidade dos serviços

Os estabelecimentos de hospedagem pesquisados pelo IBGE informaram, na pesquisa, o padrão de conforto em que se enquadram, considerando-se decoração, mobiliários, aparelhos, instalações sociais e esportivas e atendimento.

Na categoria luxo, estão enquadrados, apenas, 3,5% dos estabelecimentos. A categoria superior ou muito confortável responde por 11,0%, enquanto os estabelecimentos considerados turísticos/ médio conforto representam 24,7% do total da rede. O maior percentual de estabelecimentos (37,6%) pertence à categoria econômico. No último grupo, com 23,2%, estão reunidos os estabelecimentos simples.

Embora São Paulo registre o maior quantitativo de estabelecimentos na categoria luxo e na categoria superior/muito confortável (143 nas duas categorias), Rio de Janeiro possui, em termos relativos, a maior proporção desses estabelecimentos na sua rede de hospedagem (23,5%), seguido de Curitiba (21,1%), Porto Alegre (21,0%) e Natal (19,8%).


Dentre as capitais que registram maior proporção de estabelecimentos com categoria turístico/médio conforto, destaca-se Florianópolis (50,0%). Em termos absolutos, nessa categoria, lidera São Paulo (155 estabelecimentos), seguido por Florianópolis (127) e Salvador (106). Possuem a maior rede de estabelecimentos, na categoria econômico, São Paulo (359), Rio de Janeiro (133), Fortaleza (121), Salvador (115) e Belo Horizonte (105). Cerca de metade da rede nessa categoria, nas 27 capitais, é integrada por hotéis (975), seguido por motéis (515) e pousadas (288).

Em números absolutos, os estabelecimentos com padrões inferiores de conforto (categoria simples e econômica) nas capitais totalizam 3.064, sendo 1.446 hotéis, 831 motéis, 459 pousadas, 153 pensões de hospedagem, 94 albergues turísticos, apenas 35 apart-hotéis/flats, e 46 de outros tipos. Dentre o total desses estabelecimentos da categoria simples, 315 estão localizados em São Paulo, seguido por Salvador (101), Rio de Janeiro (90) e Belo Horizonte (87). Em termos percentuais, têm maior representatividade, nas categorias econômicos e simples, São Paulo (69,3%), Belo Horizonte (66,0%) e Fortaleza (60,7%).

Rio de Janeiro possui maior média de unidades habitacionais por estabelecimento

Em relação ao porte, os estabelecimentos de hospedagem dos municípios das capitais registraram uma média de 50 unidades habitacionais (suítes, apartamentos, quartos, chalés) por estabelecimento. Com maior média de unidades por estabelecimento, destacam-se o Rio de Janeiro, com a média de 74 unidades, seguido por São Paulo (56), e Brasília, Natal e Porto Alegre, cujas redes possuem em média 54 unidades por estabelecimento cada uma. Com uma média de 106 leitos por estabelecimento, Rio de Janeiro também lidera este indicador, cuja média entre as capitais é de 74 leitos por estabelecimento.

A capacidade média de hospedagem (considerando leitos simples e duplos), nas capitais, é de 110 hóspedes por estabelecimento, destacando-se Rio de Janeiro (157), seguido de Natal (140) e Brasília (123). Ou seja, a capacidade total de hospedagem, nas capitais, é de 554.227 hóspedes.

A pesquisa indica, ainda, que 27,3% do total de estabelecimentos possuem até 19 unidades, 21,0%, entre 20 e 29 unidades, 23,1% entre 30 e 49 unidades e 28,6% com 50 ou mais unidades. A maior proporção de estabelecimentos com mais de 50 unidades habitacionais está no Rio de Janeiro (50,0% do total da rede de hospedagem do município), sendo 18,0% com 100 ou mais unidades e 32,0% com 50 a 99 unidades. Seguem-se Curitiba, com 37,6% com 50 ou mais unidades habitacionais, e Porto Alegre, com 34,2%.

Os estabelecimentos de menor porte (com até 19 unidades habitacionais) estão mais concentrados em Florianópolis (43,6%), Brasília (32,8%) e nas principais capitais da região Nordeste, destacando-se Fortaleza (34,2%), Salvador (32,2%) e Natal (29,7%). Os estabelecimentos situados na faixa intermediária de 20 a 49 unidades habitacionais são mais representativos em São Paulo (49,6% de sua rede de hospedagem), Fortaleza (46,4%) e Belo Horizonte (45,8%).

A pesquisa revelou que apenas 1,3% das 250.284 unidades habitacionais são adaptadas para pessoas com necessidades especiais. Em termos absolutos, São Paulo (511 unidades) e Rio de Janeiro (272 unidades) são as capitais com maior número de unidades adaptadas, seguidas por Natal (237), Brasília (220) e Maceió (219). Macapá, com 14 unidades adaptadas, Boa Vista (15) e Vitória (26) são as capitais com menor número de unidades adaptadas. Percentualmente, possuem os maiores percentuais em termos de unidades adaptadas Maceió (3,4%), Teresina (2,8%), Porto Velho e Aracaju (ambas com 2,5%).

Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.

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