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segunda-feira, 26 de março de 2012

Nazismo tupiniquim: Dilma e os 27 intocáveis


      
Desde quando aqueles vinte e sete industriais representam o setor industrial brasileiro, ou quiçá, a economia nacional?
Por Klauber Cristofen Pires

Na semana passada os jornais anunciaram uma reunião convocada pelo governo com 27 dos maiores industriais do país, para discutirem juntos o problema do arrefecimento do crescimento do setor. Nesta semana, a notícia alardeada como alvissareira é a de que o governo está implementando um rol de cerca de quarenta medidas de cunho notoriamente protecionista.
Como um prólogo, lembro que muito antes da mídia tradicional falar em crise – na verdade, enquanto festejava os bons números, quer tivessem sido verdadeiros, os que foram adquiridos no vácuo de um grande período de prosperidade mundial, ou os falsos, que o governo maquiava e distribuía sem contestação – este articulista já avisava que a coisa não era bem assim.
Com honestidade, jamais criei previsões com data marcada, porque os que assim agem não passam de prestidigitadores. Apenas alertei para o fato de que o governo tem gastado muito, e gastado mal, mesmo contando com uma carga tributária bastante alta; que o governo, apesar de contar com quase 40% do PIB em mãos na forma de tributos, tem entregado a infraestrutura às baratas; que tem feito uso desmedido da expansão monetária, do incentivo ao consumo e à distribuição do crédito farto; e que tem sufocado as micro, pequenas e médias empresas por meio de uma burocracia e um fiscalismo cada vez mais exigentes. Percebam que até o momento nem sequer cogito da brutal e institucionalizada corrupção com que o PT tem sangrado a nação.
Todos os que têm compreensão desses fatos à luz da Escola Austríaca de Economia, como eu, já previam um quadro futuro de crise que aconteceria justamente quando o ápice do atual ciclo econômico tivesse sido alcançado e a economia doravante passasse a sofrer a ressaca do sistema de papel-moeda de curso forçado e do sistema de reservas bancárias fracionárias. Ninguém tinha uma bola de cristal para dizer onde e quando, mas a fórmula era certa de que uma severa crise haveria de ocorrer.
No terceiro mandato do PT, “acho” que não dá mais para colar a tese da “herança maldita”. Como eu já me pronunciei em artigos anteriores, até achei oportuna a segunda vitória de Lula e posteriormente da Dilma, porque há um defeito crônico nas democracias que é a alternância entre os governantes populistas e os sucessores que se veem diante da necessidade de efetuar ajustes de austeridade.
O caso é que quase sempre os primeiros levam a melhor – gastam a rodo, ficam com a fama de papais e mamães da nação - e os que assumem o estado quebrado arcam com a pecha de malvados, neoliberais e o diabo, até que tendo razoavelmente arrumado a casa, sejam substituídos pelos novos populistas, renovando assim este ciclo nada virtuoso. Lula tem realmente uma estrela das grandes, porque a crise não o alcançou, mas o mesmo já não se pode garantir quanto ao mandato de sua gerentona Dilma Roussef.
Aqui estamos portanto, naquele tempo em que as promessas do “espetáculo do crescimento” já não passam de folhas secas mascadas pelo vento. E aqui estamos a contemplar a “presidenta” Dilma Roussef a reunir-se com os 27 maiores industriais do país para para lhes ordenar que invistam no país! Francamente, desconheço se o próprio Hitler chegou a tanto!
Sim, meus amigos, porque o Brasil vive sob uma estrutura nazista. Não estou fazendo metáforas nem usando de figuras de linguagem. A estrutura social nazista é aquela em que os meios de produção permanecem formalmente sob a propriedade dos seus donos, mas toda a produção, comercialização, propaganda, distribuição e o trabalho são regulados pelo estado nos mínimos detalhes. Ah, sem esquecer que lhe cabe a melhor fatia dos bolo também.
Vivêssemos em uma democracia onde prevalecesse o princípio de igualdade de todos perante a lei, uma tal reunião dos 27 maiores industriais, independentemente de qual fosse a pauta, já configuraria um escândalo nacional. Nos Estados Unidos, pelo menos nos seus primórdios, era assim mesmo que acontecia. O estado existia para o bem de todos, e portanto as leis eram dirigidas a todos.
Desde quando aqueles vinte e sete industriais representam o setor industrial brasileiro, ou quiçá, a economia nacional?
Entre os presentes, destacam-se as montadoras de veículos, estas que há muito se acham a razão de ser das economias; a Natura, patrocinadora de Marina Silva e mancomunada com movimentos sociais; os empresários do aço e do cimento, que não largam do osso do protecionismo para praticarem preços abusivos contra o povo; e por aí vai...
A verdade é que a reunião compôs justamente o retrato do nazismo tupiniquim: o governo conta somente com estes, seus intocáveis, que ou fazem parte da cesta básica da exportação ou compõem uma certa linha de fornecimentos no mercado interno dos quais os brasileiros não têm como buscar alternativas. Se o “Seu” João, fabricante de panelas, ou “Dona” Maria, dona de uma confecção, vão sobreviver, eles que se virem!
As medidas protecionistas baixadas em velocidade relâmpago provam a próspera simbiose governo-grandes empresas. Não há nada em seus dispositivos que favoreça indistintamente micros, pequenos e médios industriais, e muito menos há para os consumidores brasileiros, que pouco a pouco vão se vendo compelidos a pagar mais e mais caro por produtos industrializados.
A solução para o resgate da competitividade não só da industria brasileira, mas como também de todos os setores, está na desoneração fiscal ampla e não-seletiva, bem como na simplificação da burocracia – e aqui não falo somente da dificuldade de preencher papéis para o governo, mas também de cumprir com uma plêiade de exigências as mais absurdas, de todo tipo de órgãos que têm legislado sem freios por meio de atos administrativos.
Outros ajustes que necessitam ser feitos consistem na recuperação e ampliação da infraestrutura (que pode inclusive, ser levada adiante justamente por meio da propriedade privada), na segurança pública, e na contenção dos gastos estatais, da expensão da moeda e do crédito.
Vocês acham todavia, que o governo vai querer fazer isto só pelos seus lindos olhos?


Um comentário:

  1. Denúncias gravíssima levada ao ar no programa do Jornalista João Leite Neto contra a fabricante das urnas eletrônicas brasileiras e de equipamentos de automação bancária. A IMPRENSA TRADICIONAL IGNORA O FATO.
    http://www.youtube.com/watch?v=VSmuB_nkQ44

    A empresa é responsável pela fabricação e manutenção urnas eletrônicas ( que recebem os votos dos eleitores) através do Tribunal Regional Eleitoral.

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