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domingo, 18 de março de 2012

Uma subserviência cavalar

Hoje, não se trata tão somente de denunciar, de bradar em defesa da honra militar, mas de alertar que muito pior do que desmoralizar e enfraquecer as Forças Armadas, de crucificar antigos agentes da repressão, está em andamento uma tirania programada, que submeterá a todos, e que se propõe a destruir esta terra como nação soberana e democrática. 

17 de março de 2012
Pelo Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira



Uma das extravagantes conseqüências do Manifesto Interclubes Militares, do “Alerta à Nação” e seus signatários tem sido a reação da caserna.


Na medida em que “ladraram os velhos cães de pijama” e não foram punidos, conforme a ordem dos ofendidos, os comandos militares não cumprindo a decisão da suprema governança, por impossibilidade legal, se empenham em demonstrar um servilismo, que soa como uma desculpa para os seus superiores por sua “falta de competência”.


É uma modesta compensação para remediar a falta de amparo para sancionar os infratores, pois se assim não fosse, teriam aplicado o Regulamento Disciplinar.


Por certo, prometeram acalmar os militares de pijama. Como sabemos um preso é um cidadão, um drogado é um cidadão, um corrupto é um cidadão, um patife é um cidadão, mas um militar de pijama (?) não é um cidadão.


Sua impotência diante dos fatos parece tê - los colocado em má situação perante as autoridades, e eles se empenham em minimizar a mossa, clamando por paciência e para a contemporização, para uma atitude passiva que deve ser banida do dicionário de qualquer individuo, que tenha um mínimo de vergonha na cara (artigo escasso no mercado).


Não sabemos que tipo de individuo pode apelar para o bom - senso, para a boa - vontade, ou para qualquer tipo de trégua, quando recentemente, haviam determinado a punição de cidadãos acima de qualquer suspeita por exercerem o seu direito de opinião.


Mesmo antes da Lei da Anistia, que permitiu o retorno de uma canalha (muitos conhecidos criminosos) para o País, corria à solta a avalanche de propaganda e ações psicológicas que objetivaram desmoralizar as Forças Armadas e denegrir e, se possível, condenar os que haviam lutado contra a subversão.


Bom, depois eles assumiram o poder, e a partir de então, com o aval, e até a mão do governo, a perseguição sem quartel adquiriu tal dimensão que ficou caracterizada como um ignóbil REVANCHISMO.


O REVANCHISMO tem sido implacável e uma serie sem conta de eventos e de maléficas e estudadas atitudes corroboram que ele foi, é, e prosseguirá.


É preciso sofrer de amnésia profunda para esquecer tantas repugnantes ações.  A Comissão da Verdade é um de seus últimos atos, mas, certamente, não será o último.


Portanto, é de estarrecer que entre pessoas esclarecidas, convivam ingênuos que possam vir a sussurrar em nossos ouvidos para que acalmemos os ânimos, para que nos calemos, e apenas por amor, a não sabemos bem “a que, ou a quem”, enfiemos a viola no saco.


Hoje, não se trata tão somente de denunciar, de bradar em defesa da honra militar, mas de alertar que muito pior do que desmoralizar e enfraquecer as Forças Armadas, de crucificar antigos agentes da repressão, está em andamento uma tirania programada, que submeterá a todos, e que se propõe a destruir esta terra como nação soberana e democrática.


E um dos passos é a subserviência militar, que vai bem obrigado, o que estraga é esta cachorrada de vira - latas de pijama.


Brasília, DF, 17 de março de 2012
Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira

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