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quarta-feira, 11 de abril de 2012

Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – Regional – Fonte IBGE Base: Fevereiro de 2012


(Atenção: clique nos gráficos para ampliá-los)
Produção industrial avança em sete dos 14 locais pesquisados em fevereiro

Por Ricardo Bergamini


Na passagem de janeiro para fevereiro de 2012, os índices regionais da produção industrial mostraram taxas positivas em sete dos 14 locais pesquisados pelo IBGE, na série ajustada sazonalmente. O Pará, com crescimento de 6,2%, apontou o avanço mais acentuado, eliminando parte da queda de 13,3% verificada em janeiro. Os demais locais que registraram expansão na produção acima da média nacional (1,3%) foram: Rio de Janeiro (3,7%), Minas Gerais (3,0%), Ceará (2,5%) e São Paulo (1,5%). As demais taxas positivas foram observadas nos seguintes locais: Espírito Santo (1,3%) e região Nordeste (0,8%). Por outro lado, Paraná (-7,7%), Goiás (-3,9%) e Rio Grande do Sul (-3,5%) assinalaram as taxas negativas mais acentuadas, enquanto Bahia (-0,6%), Pernambuco (-0,5%), Amazonas (-0,4%) e Santa Catarina (-0,2%) apontaram perdas mais moderadas.


Na comparação fevereiro de 2012/fevereiro de 2011, oito dos 14 locais apresentaram recuo na produção. Vale destacar que fevereiro de 2012 teve um dia útil a menos do que fevereiro de 2011. Rio de Janeiro (-9,0%), Amazonas (-8,3%), São Paulo (-6,6%), Ceará (-6,0%) e Santa Catarina (-4,5%) registraram quedas superiores à média nacional (-3,9%). Os demais resultados negativos foram verificados no Rio Grande do Sul (-2,1%), Espírito Santo (-2,0%) e Minas Gerais (-1,1%). Por outro lado, Bahia (20,1%) assinalou a expansão mais acentuada, refletindo, em grande parte, a maior produção do setor de produtos químicos (91,4%). Também registraram resultados positivos: região Nordeste (10,6%), Goiás (7,0%), Pernambuco (6,5%), Paraná (0,5%) e Pará (0,1%).

No acumulado para os dois primeiros meses do ano, a redução na produção atingiu oito dos 14 locais pesquisados. Cinco locais recuaram acima da média nacional (-3,4%): Rio de Janeiro (-9,1%), Ceará (-6,9%), Santa Catarina (-6,3%), São Paulo (-6,0%) e Pará (-4,5%). Os demais locais que apresentaram taxas negativas no acumulado do bimestre foram: Amazonas (-3,3%), Espírito Santo (-2,4%) e Minas Gerais (-1,8%). Nesses locais, o menor dinamismo foi influenciado por fatores relacionados à redução na fabricação de bens de consumo duráveis (automóveis, motos, aparelhos de ar condicionado e telefones celulares) e de bens de capital (especialmente os caminhões), além da menor produção dos setores extrativos (minérios de ferro), têxtil, vestuário e metalurgia básica.

Por outro lado, Goiás (15,6%) e Bahia (12,7%) assinalaram os avanços mais acentuados, refletindo especialmente a maior produção do setor de produtos químicos, com destaque para medicamentos, no primeiro local, e de resinas termoplásticas no segundo. Também com resultados positivos figuraram: Pernambuco (8,7%), região Nordeste (6,9%), Rio Grande do Sul (2,6%) e Paraná (2,6%).

Os sinais de redução no ritmo produtivo também se evidenciaram no confronto do último trimestre de 2011com o resultado do acumulado nos dois primeiros meses de 2012, ambas as comparações contra igual período do ano anterior. Oito dos 14 locais pesquisados mostraram menor dinamismo, acompanhando o movimento observado no índice nacional, que passou de -2,1% no quarto trimestre do ano passado para -3,4% no primeiro bimestre de 2012. Nesse tipo de confronto, as maiores reduções ficaram com Paraná (de 15,0% para 2,6%), Amazonas (de 6,6% para -3,3%), Pará (de 2,9% para -4,5%), Rio de Janeiro (de -2,5% para -9,1%) e Espírito Santo (de 2,9% para -2,4%), enquanto Bahia (de -4,5% para 12,7%) e região Nordeste (de -3,0% para 6,9%) assinalaram os maiores ganhos de ritmo entre os dois períodos.


No índice acumulado nos últimos doze meses, o total nacional apontou queda de 1,0% em fevereiro de 2012, prosseguindo com a trajetória descendente iniciada em outubro de 2010 (11,8%) e registrando a taxa negativa mais intensa desde fevereiro de 2010 (-2,6%). Em termos regionais, sete dos 14 locais pesquisados também mostraram taxas negativas em fevereiro desse ano, com destaque para as perdas observadas no Ceará (-11,4%) e em Santa Catarina (-6,4%). As principais expansões foram assinaladas em Goiás (9,3%), Paraná (5,4%) e Espírito Santo (4,5%).

Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.

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