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quarta-feira, 6 de junho de 2012

Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – Regional – Fonte IBGE Base: Abril de 2012


Produção industrial cai em 12 dos 14 locais pesquisados.
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 Por Ricardo Bergamini


Entre março e abril de 2012, os índices regionais da produção industrial mostraram taxas negativas em 12 dos 14 locais pesquisados pelo IBGE, na série ajustada sazonalmente. As perdas mais acentuadas foram registradas em Goiás (-7,6%) e no Paraná (-7,0%) que, praticamente, eliminaram os avanços assinalados no mês anterior (7,7% e 7,3%, respectivamente). Amazonas (-5,8%), Ceará (-4,7%), Rio de Janeiro (-2,9%) e Rio Grande do Sul (-2,4%) também apontaram recuos bem acima da média nacional (-0,2%). Os demais resultados negativos foram verificados na região Nordeste (-0,7%), Pernambuco (-0,6%), São Paulo (-0,4%), Bahia (-0,3%), Espírito Santo (-0,2%) e Minas Gerais (-0,1%). Por outro lado, Pará (4,3%) e Santa Catarina (0,3%) assinalaram os dois resultados positivos em abril.

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, dez dos 14 locais mostraram queda na produção em abril de 2012. As perdas mais intensas foram verificadas no Amazonas (-11,8%) e no Rio de Janeiro (-9,4%), provocadas, em grande parte, pelo comportamento negativo no segmento de bens de consumo duráveis, com destaque, no Amazonas, para a redução na produção de motos, aparelhos de ar condicionado, micro-ondas, celulares, televisores e relógios e, no Rio de Janeiro, em automóveis. Espírito Santo (-4,4%), São Paulo (-3,8%) e Ceará (-3,2%) também apontaram recuo acima da média nacional (-2,9%). Os demais resultados negativos foram observados em Santa Catarina (-2,3%), Rio Grande do Sul (-1,7%), Bahia (-1,4%), região Nordeste (-0,8%) e Minas Gerais (-0,7%). A expansão mais acentuada foi alcançada por Goiás (15,1%), o que reflete, não só a baixa base de comparação (em abril do ano passado, o recuo da produção industrial do estado foi de 9,8%), mas também o incremento na produção de medicamentos em abril de 2012. Pernambuco (3,9%), Pará (3,0%) e Paraná (2,4%) também registraram aumentos entre os meses comparados.

No acumulado para o primeiro quadrimestre de 2012, a redução da atividade industrial atingiu oito dos 14 locais pesquisados, com seis estados recuando acima da média nacional (-2,8%): Rio de Janeiro (-7,5%), São Paulo (-5,1%), Santa Catarina (-5,1%), Amazonas (-4,5%), Ceará (-3,7%) e Espírito Santo (-2,9%). Minas Gerais (-1,4%) e Pará (-0,1%) também tiveram taxas negativas no fechamento dos quatro primeiros meses do ano. Nesses locais, a queda na produção foi particularmente influenciada pela menor fabricação de bens de consumo duráveis (automóveis, motos, aparelhos de ar-condicionado, televisores, celulares e relógios) e de bens de capital (especialmente caminhões, caminhão-trator para reboques e semirreboques e veículos para transporte de mercadorias), além da menor produção nos setores extrativos (minérios de ferro), têxtil, vestuário, farmacêutica e metalurgia básica. Os avanços mais acentuados foram assinalados em Goiás (17,9%), Paraná (6,2%), Bahia (5,6%) e Pernambuco (5,2%), refletindo especialmente a maior produção de medicamentos, no primeiro local, de livros e impressos didáticos, no segundo, de resinas termoplásticas, no terceiro, e de produtos da metalurgia básica e de minerais não metálicos no último. A região Nordeste (3,2%) e o Rio Grande do Sul (1,1%) também apresentaram resultados positivos.


Registrou-se aumento no ritmo de queda do último quadrimestre de 2011 (-1,8%) para o primeiro de 2012 (-2,8%) em nível nacional, ambas as comparações contra igual período do ano anterior. Esse movimento foi observado em sete dos 14 locais pesquisados, com as maiores reduções de ritmo ficando com Amazonas (de 7,8% para -4,5%), Rio de Janeiro (de -1,8% para -7,5%), Paraná (de 11,6% para 6,2%), Espírito Santo (de 2,0% para -2,9%) e Pará (de 3,5% para -0,1%). Os maiores ganhos entre os dois períodos foram observados na Bahia (de -3,5% para 5,6%), Goiás (de 10,0% para 17,9%) e região Nordeste (de -2,4% para 3,2%).

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