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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Dilma, a PF e as Forças Armadas: a hora "H" é a de decidir em quem confiar...

Na hora que o que realmente precisa, os militares serão os que vão assumir, com toda presteza, lealdade e eficiência, o trabalho dos companheiros "de chapa", porque Dona Dilma, sabedora de quem são os que a elegeram, não confia neles. O que devemos aprender com isto?

Por Klauber Cristofen Pires


Se há algo já muito bem conhecido em relação aos petistas, são seus modos toscos. Nem o mais fino algodão egípcio, nem o mais requintado vinho Romanée-Conti ou a miliardária bolsa kelly da grife Hérmes são capazes de transformar trogloditas em seres humanos. 

Pelo contrário, somente de pensar isto minha memória quase que automaticamente puxa da gaveta quantas pessoas humildes tenho conhecido na vida que se fazem naturalmente nobilíssimas por suas atitudes moderadas, pelos gestos suaves, pela voz serena e pelos pensamentos mais enlevados. Recordo dos meus pais, bem como de  professores, mestres e mesmo chefes que, usando da atitude mansa, mas firme, corrigiram-me os desvios. 

Ainda me recordo de um dia, quando garoto, em que assistia ao meu pai no quartel falando a um cabo para que não batesse nas mãos dos soldados que não estavam corretamente espalmadas na posição de "sentido", mas que a ele as ajustasse no modo correto, de modo que o soldado, ao invés de intimidar-se, tornar-se-ia confiante. Aquilo para mim foi uma lição para toda a vida. 

No ambiente militar, especialmente no estudantil, os novatos são chamados de "bichos" ou "feras". Claro, trata-se de um trote, que apesar de não ser bem visto por alguns civis, ou mesmo por causa de eventuais excessos, possui um significado essencial, que é o de evidenciar a falta de disciplina nos que estão chegando: senso de higiene, de paciência, de autoridade, de horário,  e de honra, lealdade e responsabilidade, por exemplo. 

Não há muito tempo atrás, uma coluna do jornalista Cláudio Humberto noticiou que um dos postos mais vistosos da nação, a ajudância-de-ordens da República, tem sido evitada pelos jovens oficiais das três armas, fartos que estão das humilhações a eles impostas. Cá eu digo que um militar, disciplinado o suficiente para engolir sapo-boi, para tomar tal atitude,  é porque já estava engolindo boi-sapo. 

Além deste fato, que por si só já revela um vexame, mesmo porque o cargo de Presidente da República não é propriedade particular da atual mandatária, pois que também é sujeita a comportar-se conforme o protocolo, tem rolado na internet outra infâmia, que infelizmente, não consegui confirmar, mas que a tenho como plenamente plausível: Consta que o chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general-de-exército José Elito Carvalho Siqueira, tentou seguir no mesmo elevador com a presidente, ao que recebeu da própria a seguinte ordem: “- Saia do elevador. Aqui não cabe a presença de um milico de merda junto com a presidente da república."

Tudo o que vai acima, prezado leitor, fiz questão de trazer à baila por um motivo bastante peculiar: Não bastasse o revanchismo da gestão lulo-dilmista de perseguir os militares, de instaurar uma orwelliana "Comissão da Verdade", e de conseguir a patética condenação civil do Sr Cel Ustra, vem a neologística "presidenta" a convocar as Forças Armadas para assumirem o papel de provimento da segurança por ocasião da Copa das Confederações, da Copa do Mundo de Futebol e Olimpíadas, até então institucionalmente atribuído à Polícia Federal, por conta do movimento paredista desta. 

Em outras palavras: na hora que o que realmente precisa, os militares, os eternos inimigos, os protagonistas da ditadura entoada mais do que os cânticos corânicos nas madrassais, serão os que vão assumir, com toda presteza, lealdade e eficiência, o trabalho dos companheiros "de chapa", porque Dona Dilma, sabedora de quem são os militantes utilitaristas que a elegeram, não confia neles. 

Como tenho dito, os servidores públicos andam completamente perdidos: por anos a fio, desenvolveram a mais veemente campanha difamatória contra o governo de Fernando Henrique Cardoso, acusando-o de toda sorte de epítetos, especialmente os de "neoliberal", "ditador",  e "entreguista"; aliás, não só fizeram isto como também muitos participaram ativamente da máquina de espionagem e ativismo administrativo e judicial contra quem quer que fosse que o PT apontasse o dedo, e votaram alegres, confiantes, e esperançosos, não poucos com lágrimas nos olhos, crentes que a administração da estrela vermelha fosse conduzi-los ao Parnasso. 

A realidade, como se tem visto, mostrou-se bem diferente: Nas duas gestões lulistas, houve tão somente um aumento para o funcionalismo público civil, e vejam, ora só: o mesmo que fez FHC! E aqui estamos, perante uma crise mundial, com os cofres públicos já arrombados pelas farras do seu padrinho político (ninguém mais fala de herança maldita, né...?), com todo o funcionalismo sentindo-se ludibriado e a exigir aumentos exatamente pelos mesmos meios com que foi ensinado e por décadas instigado...hã...deixe-me ver...ah, sim...pelo PT!

Assim tem agido o PT: apesar de todo o discurso estatista, igualitarista e populista, recorre à iniciativa privada para construir e gerir estádios, aeroportos e estradas, como fez com as obras da Copa e agora, com o bisonho plano batizado de PNLI  -Plano Nacional de Logística Integrada; estabelece cotas para universidades, mas mantém à distância o IME e o ITA, centros de excelência acadêmica mantidos pelo Exercito e pela Aeronáutica, respectivamente; e agora, confia às três forças o papel de agir como agentes de imigração e segurança pública para os perdulários eventos que contraiu para o país. 

O que mais é preciso para denunciar como falso, hipócrita e fracassado o ideário petista? Está na hora de os brasileiros perceberem que o PT fora do poder não fará nenhuma falta!

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