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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Contas Nacionais Trimestrais - Indicadores de Volume e Valores Correntes – Fonte IBGE Base: Terceiro Trimestre de 2012


PIB cresce 0,6% em relação ao 2º tri de 2012 e chega a R$ 1,10 trilhão 
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 Por Ricardo Bergamini

Em relação ao segundo trimestre de 2012, o PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre cresceu 0,6% na série com ajuste sazonal. O maior destaque foi a agropecuária, que cresceu 2,5%, seguida da indústria (1,1%). Os serviços tiveram variação nula. Na comparação com o terceiro trimestre de 2011, o PIB cresceu 0,9% e, dentre as atividades econômicas, destacaram-se o aumento da agropecuária (3,6%) e o dos serviços (1,4%). A indústria caiu 0,9%. No acumulado nos quatro trimestres terminados em setembro de 2012, o crescimento foi de 0,9% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores, enquanto que no acumulado dos três primeiros trimestres de 2012, o PIB cresceu 0,7% em relação à igual período de 2011. O PIB em valores correntes alcançou R$ 1.098,3 bilhões.

Em razão do projeto de implantação da nova série do Sistema de Contas Nacionais - referência 2010 (SCN - Referência 2010), para este 3º trimestre de 2012 não foi realizada a revisão que incorporaria os novos pesos das Contas Nacionais Anuais de 2010 – já que estas não foram elaboradas. A divulgação dos primeiros resultados da série SCN – Referência 2010 está prevista para o final de 2014 / início de 2015.


Em relação ao 2º tri de 2012, indústria cresce 1,1%

O PIB teve crescimento de 0,6% na comparação com o segundo trimestre do ano. O maior crescimento foi da agropecuária (2,5%). Na indústria houve aumento de 1,1%, enquanto os serviços registraram taxa de variação nula.

O crescimento da indústria foi puxado pela indústria de transformação, que se expandiu em 1,5%, e pela construção civil (0,3%). As demais atividades caíram: extrativa mineral (-0,4%) e eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (-0,5%).

Dentre os serviços, registraram crescimento os serviços de informação (0,5%), comércio (0,4%), atividades imobiliárias e aluguel (0,4%) e outros serviços (0,3%). Administração, saúde e educação pública (0,1%) e transporte, armazenagem e correio (-0,1%) ficaram estáveis. Intermediação financeira e seguros apresentou recuo de 1,3%.

Sob a ótica do gasto, a despesa de consumo das famílias cresceu 0,9%, enquanto que a despesa de consumo da administração pública permaneceu estável (0,1%). Já a formação bruta de capital fixo apresentou sua quinta taxa de variação negativa consecutiva nesta base de comparação: queda de 2,0%. No que se refere ao setor externo, as exportações de bens e serviços variaram positivamente em 0,2%, enquanto que as importações caíram 6,5%.

Na comparação com o 3º tri de 2011, serviços crescem 1,4%

Quando comparado a igual período do ano anterior, o PIB apresentou crescimento de 0,9% no terceiro trimestre de 2012. Sob a ótica da produção, a agropecuária cresceu 3,6% neste trimestre em relação a igual período de 2011. Os destaques positivos foram o café e o milho com crescimento de produção (14,5% e 27,1%, respectivamente) e de produtividade.

A indústria, que já havia apresentado queda de 2,4% no trimestre anterior, recuou 0,9%. Isso se explica pelas quedas, em volume, do valor adicionado da extrativa mineral (-2,8%) e da indústria de transformação (-1,8%). No que se refere a esta última, o resultado foi influenciado, principalmente, pela redução da produção de máquinas e equipamentos; materiais eletrônicos e equipamentos de comunicações; veículos automotores; artigos do vestuário e calçados; metalurgia básica; e materiais elétricos. Nas demais atividades industriais houve crescimento: eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (2,1%) e construção civil (1,2%).

O setor de serviços cresceu 1,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Influenciada pela redução do spread bancário e da taxa de juros Selic, bem como o aumento da inadimplência, a intermediação financeira e seguros recuou 1,0%, seguida pelo transporte, armazenagem e correio (-0,7%). As demais atividades registraram crescimento: Administração, saúde e educação pública (2,7%), serviços de informação (2,3%), outros serviços (1,7%), serviços imobiliários e aluguel (1,5%) e comércio (1,2%).

Formação bruta de capital fixo cai 5,6% em relação ao 3º tri de 2011

Dentre os componentes da demanda interna, a despesa de consumo das cresceu 3,4%, 36ª variação positiva consecutiva nessa base de comparação. O comportamento da massa salarial real, além do aumento, em termos nominais, do saldo de operações de crédito do sistema financeiro com recursos livres para as pessoas físicas contribuíram para esse resultado.

A formação bruta de capital fixo teve redução de 5,6% em relação a igual período do ano anterior. Esse movimento foi puxado pela queda da importação e da produção interna de máquinas e equipamentos, além da desaceleração da taxa de crescimento da construção civil. A despesa de consumo da administração pública, por sua vez, cresceu 3,2% na comparação com o mesmo período de 2011.

Pelo lado da demanda externa, tanto as exportações (-3,2%) quanto as importações de bens e serviços (-6,4%) apresentaram quedas. O menor recuo relativo das exportações em relação às importações pode ser explicado pela desvalorização cambial.

PIB cresce 0,9% em 12 meses e 0,7% no acumulado do ano

O PIB acumulado em quatro trimestres seguiu a trajetória de desaceleração observada nos trimestres anteriores, atingindo elevação de 0,9%. O resultado do valor adicionado neste tipo de comparação decorreu dos seguintes desempenhos, por atividade: agropecuária (0,8%), indústria (-0,9%) e serviços (1,5%).

No acumulado de janeiro a setembro de 2012, o PIB teve crescimento de 0,7% em relação a igual período de 2011. Na mesma base de comparação, a Agropecuária e a Indústria tiveram quedas de 1,0% e 1,1%, respectivamente, enquanto que os Serviços cresceram 1,5%.

 

No terceiro trimestre de 2012, PIB chega a R$ 1.098,7 bilhões


O PIB no terceiro trimestre de 2012 alcançou R$ 1.098,3 bilhões. A taxa de investimento no terceiro trimestre de 2012 foi de 18,7% do PIB, inferior à taxa referente a igual período do ano anterior (20,0%). Essa redução foi influenciada, principalmente, pela queda, em volume, da formação bruta de capital fixo. A taxa de poupança ficou em 15,6% no terceiro trimestre de 2012 (ante 18,8% no mesmo trimestre de 2011).

Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.

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