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sexta-feira, 15 de março de 2013

Marina Silva e seus valores de conveniência

No dia 15/03/2013, a Folha de São Paulo publicou mais um daqueles artigos da petista* Marina Silva carregados da lógica do Santo Daime:  Valores da Mudança.  

Decerto, não há como acompanhar a "Ca-bo-cla" em toda a extensão de suas psicodélicas digressões, mas  fotografar um de seus momentos de transe pode ser útil, ainda mais para aqueles evangélicos que ainda imaginam ver nela uma serva de Deus. 

Seu texto começa assim:

Comentando um artigo que denunciava um desses golpes na internet para tirar dinheiro dos incautos, um cidadão declarou seu receio em investir agora, preferia esperar mais um pouco. Impressionou-me que ele não questionasse a legitimidade, mas apenas a oportunidade do negócio. Eis, a meu ver, o centro da crise civilizatória: o ganho material e imediato, como medida dos valores, e a indução a fazer qualquer coisa para consegui-lo.




Eu ainda não consegui estabelecer o sugerido paralelo entre os finórios que praticam golpes na internet e outra pessoa que declara estar esperando um momento adequado para investir, e ainda menos como isto pode afetá-la negativamente sob o ponto de vista moral ou espiritual.  

Qualquer decisão comercial depende de uma decisão de oportunidade e isto é tão legitimamente normal quanto até mesmo profícuo para toda a sociedade. Se eu não planto por conta de preços baixos, é porque o mercado está me informando que já está suficientemente abastecido; assim eu economizo recursos, o que se traduz, inclusive, em uma decisão em prol do meio ambiente.

Agora, perguntem a qualquer esquerdista o que ele pensa dos sequestros, assaltos, assassinatos e atos terroristas praticados pela esquerda, ou dos genocídios praticados nos regimes socialistas mundo afora, e  ele certamente responderá, na mesma linha de outros que lhes antecederam: que hoje em dia aquelas ações não seriam possíveis, adequadas ou convenientes, mas jamais arguirá quanto à "legitimidade" ou "moralidade" delas. Pergunte, você, caro leitor, diretamente à Sra. Marina Silva e observe!

Em 11 de agosto de 2010, escrevi o artigo "Marina é a oposição-espelho", uma alusão à privatização tucana no setor de telefonia que nem por isso deixou seu intervencionismo estatal de lado, que se faz oportuno recordar: 

Dona Marina não consegue dar uma palavra firme sobre o aborto, sobre o casamento gay, sobre a relação do PT com as FARC, sobre a carga tributária, sobre o MST, sobre o controle da imprensa e da liberdade de expressão, e até onde saiu de cima do muro, veio tão somente para defender a permanência do terrorista Battisti em solo tupiniquim. 

Da última que se sabe dela, quando indagada pelos apresentadores do Jornal Nacional por que teria permanecido no PT mesmo sabendo do mensalão, respondeu que assim o fez para combatê-lo! Aff, como sou mal-informado! Pois juro pra você, prezado leitor, que não me recordo de absolutamente nada à época dos fatos que tenha sido revelado em público quanto ao protagonismo moralizador da Sra Marina Silva em relação a este que se tornou o maior esquema de pagamento de propinas da história. 


Agora, cheirem esta maconha:

Para os cidadãos que não aderem ao vale-tudo e ainda sonham com uma sociedade eticamente sustentável, o esforço de "estar no mundo sem ser do mundo" leva à busca esperançosa de contribuir para as necessárias mudanças. Mais uma vez, a sabedoria popular recomenda que se comece em casa.

"Estar no mundo sem ser do mundo?" Será que ela está se referindo aos marcianos? Ah, os petistas* e suas pretensões liristas...

Adiante, com sua clareza habitual:

No debate público recente sobre comissões na Câmara e no Senado, palavras ponderadas vieram de pessoas que não se envolvem no bate-boca em que se responde um preconceito com outro, mas mostram a responsabilidade dos escalões mais altos, em que se dá a negociação dos cargos. Prejuízos sociais e ambientais são inevitáveis ao se trocar a primogenitura do bem comum pelas lentilhas do vale-tudo na política.

Vou arriscar-me a tentar entender: as pessoas ponderadas, isto é, aquelas que não se envolvem no bate-boca em que se responde um preconceito com outro, mostram a responsabilidade daqueles que ocupam os escalões mais altos, onde se dá a negociação dos cargos que por sua vez causam prejuízos sociais e inevitáveis. Moral da história: ninguém sabe quem é o pior!

Ainda: Será que ela quis dizer "primazia", quando escreveu "primogenitura"? 

E enfim: 

Milhões de pessoas, em todo o mundo, são agora alcançados por um novo nome, Francisco, carregado de significados históricos que induzem a considerar a simplicidade e o convívio harmonioso com a natureza como valores necessários à superação da crise civilizatória.

Olha aí a musa dos povos da floresta puxando a sardinha pro seu onguismo ecofascista. E olha que nem católica é!

*Ops...sei, sei, agora ela não está mais no PT, e sim numa tal "Rede Sustentabilidade"...pois é...continua petista...

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