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terça-feira, 9 de abril de 2013

Propaganda do PT na frente sempre



Ernesto Caruso
         Deu certo com a eleição da atual presidente da República. O padrinho Lula, não só impôs o nome ao PT, como o divulgou muito antes do calendário oficial. Os brasileiros já sabiam quem era a preferida do então presidente, enquanto os demais partidos estudavam os possíveis nomes da legenda em condições de participarem das prévias eleitorais como rege a maioria dos estatutos partidários.

         Repetiu a mesma atitude na eleição para a Prefeitura de São Paulo, emplacando Fernando Haddad que era ministro da Educação, a despeito dos deslizes nas provas do ENEM, das discutíveis cartilhas versando sobre homossexualismo, orientações sobre o emprego da língua popular, aproveitando para fustigar: “A classe dominante utiliza a norma culta principalmente por ter maior acesso à escolaridade e por seu uso ser um sinal de prestígio. Nesse sentido, é comum que se atribua um preconceito social em relação à variante popular, usada pela maioria dos brasileiros”. Exemplo: Posso falar ‘os livro’? O resultado se viu nas correções (!?) no último ENEM.

         A condução do PT por Lula se assemelha ao praticado nos estados totalitários, como na sucessão de Fidel Castro pelo irmão Raul em Cuba, na Coreia do Norte, para o filho Kim Jong Un, na “democracia” da Venezuela, com a misteriosa morte de Chávez e tudo feito para permitir e valorizar a candidatura de Maduro, também reforçada pela participação do próprio Lula na propaganda eleitoral, como diz “sem querer interferir em um assunto interno da Venezuela”, a concluir que Maduro é o sonho de Chávez. Pode tamanha dissimulação?

         Aqui, após a decisão do Lula e imposição do nome de Dilma Roussef à reeleição, como marco inicial da campanha antes do calendário, em evento comemorativo dos dez anos do PT no governo em fevereiro deste ano — claro, com esse propósito —, a candidata apoiada pela máquina administrativa e marqueteiros conta com a mídia até em quermesse se lá comparecer.

         Como anunciado na época, operação abafa, petistas de alto quilate buscaram os holofotes que focavam a tragédia de Santa Maria/RS, Estado governado pelo petista Tarso Genro, com a presença da presidente e ministros.

         A propaganda de candidatos à reeleição com propostas não se coaduna com as ações e obras concluídas a demonstrar eficiência de um governo que cumpriu os programas apresentados à sociedade. Ou seja, diante das tragédias aparece a “presidenta” a oferecer programas de bilhões de reais para a obra da contenção de barreiras de Teresópolis/Petrópolis, construção de casas para os desabrigados, combater a seca do nordeste pelos canais da transposição do Rio S. Francisco cujas placas de concreto estão quebradas e rachadas — realidade fotografada — artérias que um dia, se espera, contenham água a fluir e servir ao povo tão sofrido do sertão nordestino. Obra prevista para ser inaugurada em 2010, depois 2012 e agora 2015. De um custo de R$ 4,8 bilhões para R$ 8,4 bilhões. Nova reunião festiva em 02/03/13 na SUDENE e a “presidenta” prometeu R$ 9 bilhões para combater os efeitos da seca.

         Na entrevista após a visita ao Papa Francisco, Dilma enalteceu a preocupação petista com os pobres brasileiros, como a dizer estamos na frente do novo Papa; já fazemos o que prega. Não é tanto assim. Enquanto Francisco pediu aos argentinos que usassem os recursos da viagem em favor dos pobres, a comitiva da Dilma ocupou 52 suítes e alugou 17 automóveis, a um custo de R$324 mil, que não é muito se comparado com ida a Paris em 2011, por três dias, R$ 1,23 milhão, a Londres nas Olimpíadas, em 2012, R$ 1,08 milhão e que segundo o Itamaraty, as 35 viagens de Dilma em 2011/12 custaram R$ 11,6 milhões. (BBC)

         Na trilha da marquetagem, Dilma compareceu no mesmo dia em evento de entrega de máquinas em Serra Talhada (PE) e na missa em memória às vítimas da tragédia Petrópolis (RJ), com protestos na frente da igreja: NÃO QUEREMOS SUA ORAÇÃO! QUEREMOS SUA AÇÃO! NÃO À OMISSÃO! QUEREMOS ATITUDE! CHEGA DE MORTES!

         Propaganda de governo devia ser obra feita, mas, nesses dias duas distribuidoras de panfletos em camiseta azul, deixavam nas casas um prospecto com 12 páginas sob o título PAC 2, a tratar do saneamento, benefícios futuros, ciclo hidrológico. Futuro da esperança, busca de voto no presente, “O Brasil vai continuar crescendo”, com os carimbos da CAIXA e do Governo Federal. Dois adesivos encobrem os dados da administração anterior de Campo Grande, MS.       

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