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segunda-feira, 29 de abril de 2013

Segredos do Exército São Revelados por um Oficial


O texto abaixo é um depoimento histórico importante, escrito pelo general Durval Andrade Nery.


Aos poucos, os militares estão criando coragem e escrevendo suas memórias, desmistificando os terroristas de ontem que hoje se apresentam como cândidos anjinhos que queriam defender a democracia - vale dizer a "democracia" cubana.

Na verdade, esses facínoras que defendem a Peste Vermelha, não passam de autênticas vestais grávidas.

A verdade sobre o que os terroristas fizeram no passado e que hoje se vangloriam de terem sido perseguidos pela Revolução, recebendo populdas indenizações do Estado, que quem paga é você.

Analise e veja a diferença entre o que aconteceu e o que eles contam.

(Depoimento de quem viveu aqueles dias)

 "... Retornando da Amazônia, pretendia iniciar a minha preparação para realizar o concurso para a Escola de Estado-Maior. Tinha que estudar e a minha nomeação para instrutor da EsAO era um ótimo negócio.

Quando fui surpreendido com a retificação da minha nomeação, à revelia,

agora para ser ajudante-de-ordem, e responsável pela segurança do General Humberto de Souza Mello, novo Comandante do II Exército - São Paulo - na fase em que a guerrilha estava no auge. Foi um tempo difícil.

A guerrilha urbana organizada pelo baiano Carlos Marighella, mesmo depois da sua morte, executou 65 missões naquele período em que estive como responsável pela segurança do Comandante do II Exército.

Caímos em duas emboscadas e eu pude presenciar o que ocorria em São Paulo.
Era uma guerrilha bem organizada, que contava com pessoal preparado e farto material.

 Marighella editou o manual mais completo de guerrilha urbana que o mundo conhece, o Mini-manual do Guerrilheiro Urbano.

Quando fui para a Escola das Américas - onde funcionava e ainda funcionam todos os cursos que um exército precisa desde a formação de comandante, de liderança, de administração até o curso de formação de sargentos, comandos, guerra na selva etc. - em um dado momento, ao entrar na biblioteca para fazer pesquisas para as minhas aulas e encontro, como best-seller, o livro de guerrilha do Marighella.

Não existe, até hoje, um manual melhor de guerrilha urbana.

Outra ação violenta da guerrilha em São Paulo foi o assassinato do industrial dinamarquês naturalizado brasileiro, Henning Albert Boilesen, que era o presidente do Grupo Ultra, morto pelos terroristas no dia 15 de abril de 1971.
Considerado pelos extremistas da esquerda, como colaborador do Governo.

Acontecia que, nesta mesma ocasião, elementos que tinham ido para a Europa, alguns exilados, outros exilados voluntários.
Organizaram um grupo em Paris, com a missão de denegrir a imagem brasileira.
Não era só criticar o governo revolucionário. Era desacreditar a imagem brasileira.

O chefe desse grupo era Dom Helder Câmara, que se transferiu para Paris e chegou a se lançar candidato ao Prêmio Nobel da Paz por indicação de três governos do norte da Europa.

Diante desse fato o presidente Médici ligou-se com o Comandante do II Exército e deu a seguinte ordem: fale com o Boilesen, chame-o ao seu quartel-general e dê a missão de levar aos governos nórdicos, inclusive o dinamarquês, onde ele tinha as suas origens, o "dossiê" do Dom Helder Câmara.
Mostre quem é esse padre, o que ele está fazendo, o que já fez - ex-integralista, comunista - essa "figura impoluta" da Igreja.

Quem chamou o Boilesen fui eu. Levei-o para a reunião.
Ajudei-o a preparar o "dossiê" que era trabalho de ajudante-de-ordem.
Ele foi para a Europa, apresentou o documento para os três presidentes e os três países retiraram a proposta de Helder Câmara para o prêmio Nobel da paz.

De imediato, fomos informados no Brasil da ordem dada pelo grupo de Paris: "Matar o Boilesen".

Eles deram a ordem se não me engano para o Lamarca.
Recebi a missão de chamar o Boilessen, de novo. Nós o ensinamos a atirar, para a sua defesa pessoal.
Foi escalado um elemento da Polícia Civil para ser o seu segurança - motorista dele.
Ele treinava no estande de tiro da 2ª Divisão de Exército, no quartel do Ibirapuera.
Foi-lhe recomendado cuidado. Sabia-se que eles, os guerrilheiros, tinham ordem para matá-lo.

Um dia, esse homem vai à casa da filha, entra numa rua que era mão única, um quarteirão que, naquele dia, havia uma feira, só dava uma passagem e a emboscada - se não me engano foi à quinta tentativa dos guerrilheiros - foi semelhante àquelas que fizeram para o Comandante do II Exército, nas quais caímos por duas vezes, mas conseguimos sair.

O itinerário do Comandante do II Exército só era conhecido pelo motorista e na hora.
Eram sete, oito itinerários diferentes quando ele fazia o seu deslocamento da casa para o quartel e vice-versa.
O Boilesen, naquele dia, entra na rua da feira - só tinha uma passagem.
O motorista pediu uma dispensa e não sabemos por que foi dispensado. Ele foi dirigindo.
Entra na residência da filha, tira o paletó e deixa a arma em cima da mesa, fala com a filha veste o paletó e sai sem a arma.
Foi emboscado na esquina com a Alameda Casa Branca.
Levou dezenove tiros, quinze na cabeça.
Duas senhoras que estavam na feira também foram atingidas.

Assim, era São Paulo. A guerrilha urbana ali era perversa.

Este fato realmente repercutiu e, por isso, nós nos envolvemos bastante nessas operações.
Os assaltos a bancos se multiplicavam, o dinheiro roubado - desapropriado, como eles diziam - era depositado até em contas particulares como a que o Marighella mantinha no exterior.

Jovens sonhadores e ávidos por aventuras eram recrutados para ações noturnas de propaganda, pichando paredes.
Escalados para dirigir os carros nessas horas, muitas vezes eram surpreendidos quando percebiam que a missão daquela vez era um assalto a banco.

Propositadamente, o líder deixava cair no local do assalto a carteira de identidade do jovem estudante que estava no volante do carro da quadrilha e tinha sido convidado para pichar um muro e não para assaltar um banco.
A surpresa maior era na manhã seguinte.

Os jornais publicavam a foto do jovem agora assaltante de banco, identificado por ter "deixado" cair a sua identidade.
Percebendo a "armação" para envolvê-lo nas ações criminosas e sem saída, o jovem procurava a liderança que dizia: 
"sujou", você terá que "esfriar" por um tempo, "desaparecer", não se preocupe, vamos levar você para o interior.

E, assim, mais um estudante era levado para a guerrilha de Xambioá no sul do Pará.
Envolvidos de uma maneira desleal, ardilosamente planejada para ações criminosas contra seu país, por um grupo que pretendia derrubar o governo para implantar um regime totalitário comunista que foi repudiado pelo povo, até na própria União Soviética.

Esses jovens, agora com identidade falsa, desconhecida até por seus familiares, ao enfrentarem as forças da lei nos combates travados em São Paulo e Xambioá, alguns morreram e foram enterrados com a identidade que portavam.

É fácil concluir que apenas os chefes das guerrilhas, responsáveis pela troca das identidades dos jovens, hoje considerados desaparecidos, têm condições de informar o verdadeiro nome de cada um para ajudar na identificação do nome "usado na guerrilha", com o qual provavelmente foram enterrados.

 Na fase mais crucial da guerrilha de São Paulo, quando cresceram os assaltos a bancos, os seqüestros, os assassinatos de pessoas inocentes na rua como o da jovem que o Lamarca escolheu para provar sua condição de ótimo atirador -era instrutor de tiro - e numa atitude covarde matou-a com um tiro, logo após assaltar um banco.

Com a intensificação das ações de guerrilha em todo o País, principalmente no Rio e São Paulo, as Forças Armadas ficaram em desvantagem, alguns homens foram abatidos, era preciso uma ação mais enérgica nos combates.

 Isso aconteceu no mesmo dia da morte do Cabo de uma das equipes que, em perseguição ao "Japonês", companheiro de Lamarca no roubo das armas do Hospital Militar de São Paulo e da guerrilha em Registro.

O Cabo morreu porque se aproximou para prender o Japonês com a arma abaixada. Foi morto por uma rajada de metralhadora desferida pelo Japonês através da porta do carro.

Ato contínuo o comandante do II Exército, General Humberto de Sousa Mello, determinou que eu transmitisse uma ordem ao comandante da Operação Bandeirante (Maj Ustra), para reunir a tropa e, na presença de todos, exigiu mais treinamento, mais atenção nas ações.

Disse ainda, "Já estou cansado de enterrar homens sob meu comando.
Exijo mais energia na execução das ações. É preciso agir de acordo com as técnicas antiguerrilhas aprendidas.

Quando sob a mira das armas dos guerrilheiros, tinham que ser mais rápidos e atirar para matar".

Eu ouvi, estava presente. O General Humberto estava angustiado com a morte dos seus subordinados.
Era um veterano de 1930. Tinha sido Secretário de Segurança de Pernambuco.
Conhecia as técnicas dos comunistas para a tomada do Poder.

Desta maneira e neste contexto, a guerrilha começou a perder terreno até ser totalmente eliminada em São Paulo.

É preciso lembrar que nesta fase, ninguém, nenhuma pessoa inocente, morreu de bala perdida nas ruas de São Paulo.

A Revolução de 1964 foi vitoriosa, derrotados foram aqueles que pretendiam subjugar o povo brasileiro impondo um regime odioso marxista-leninista.

Vale lembrar que o General Humberto, cumprida a missão em São Paulo e após uma breve passagem por Brasília, como Ministro Chefe do Estado Maior das Forças Armadas, passou para a reserva aos 66 anos, retirando-se para sua residência, no Rio.

Já na primeira semana, começou a receber ligações ameaçadoras com o seguinte teor:
"Já sabemos onde você mora, aproveite que esse é o seu último fim de semana.
Cumprimentos da guerrilha".

Foram duas semanas de ameaças diárias, para o casal. Tomou uma decisão. Iria se mudar.
Seria preciso um empréstimo bancário para a entrada num apartamento.
Procurou um banco. Resposta do gerente:
"O senhor não tem renda familiar para um empréstimo".

Nesta hora, ele se deu conta da situação financeira dos militares, afinal tinha atingido o último posto da carreira.
Não desistiu, ao sair em busca de outra solução, teve seu carro, que era dirigido pelo seu motorista, violentamente fechado por outro, próximo ao Canecão, na saída do Túnel Novo, Zona Sul do Rio de Janeiro.

A ação foi visivelmente intencional, pretendiam fazer parar o carro do General Humberto.
Seria uma ação terrorista? Um seqüestro?

Com a freada brusca, o general foi violentamente projetado sobre o painel do carro, batendo com a cabeça.
Em ação rápida, o motorista subiu na calçada, tomando a direção contrária, conseguindo assim, fugir do local e retornando à residência.

Horas depois, o General Humberto entrava em coma com derrame cerebral vindo a falecer no Hospital Miguel Couto onde fora internado.

"Era realmente o seu último fim de semana..."

Obs.: Texto recebido de meu amigo Zeca Neves (F. Maier).

"Com a internet, não existe mais segredo se duas pessoas conhecem um mesmo assunto"

(Luiz Jardim, oficial-superior e cientista político, atualmente cursando a ESG, a qual, segundo ele, hoje se transformou em um antro de esquerdistas).

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