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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Sobre paixões, amores e sonhos.


João Bosco Leal

Centenas de artistas, escritores, poetas e diversos outros pensadores mundialmente reconhecidos como de elevado nível cultural, já disseram como, na maturidade, sentem ou sentiram um verdadeiro amor.

Pablo Neruda se expressou: "Te amo sem saber como, nem quando, nem onde, te amo diretamente sem problemas nem orgulho: assim te amo porque não sei amar de outra maneira".


Guimarães Rosa escreveu: "Vem de longe, vem no escuro, brota cresce com a mais remota chuva. Vem de dentro e fundo. Vem de mãos estendidas. Vem de coisa que arrebata. É delicadeza viva forte violenta. Que faz doer, partir, deixar caído. E dói bonito! Cheio de sabor".

Vinicius de Moraes recitou: "A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida".

Fernanda Mello contou: "Você chegou no meu mundo ao contrário. Me olhou bonito e entendeu o meu não-entender."

Mesmo assim poucos conseguiram, ou simplesmente aceitaram a dificuldade de explicar, objetivamente, o que é o amor.

Bob Marley declarou: "Explicar as coisas que eu sinto, é quase como explicar as cores para um cego".

A mesma Fernanda Mello escreveu: "Certas coisas não se explicam. Não existem palavras que as descrevam ou soluções que as resolva. Sentimentos, gestos, sonhos e sorrisos. A alma entende e a boca cala".

Assim, sem tentar entender, simplesmente observo o comportamento das pessoas em relação ao que entendo ser o maior e mais belo sentimento que o ser humano pode experimentar.

Entretanto, apesar de sua grandiosidade, noto que quando uma conduta errônea é cometida por um dos membros do casal, normalmente provoca, no outro, uma enorme dificuldade em perdoar e procurar solucionar as divergências que causaram chateação, incredulidade, ira, ou qualquer outro sentimento raivoso.

Entendo que, se realmente houvesse amor, elas poderiam e deveriam ser perdoadas. Creio que os erros e enganos, mesmo que enormes, devastadores, não podem acabar com o entusiasmo de novamente semear algo que já deu frutos.

Observo e comovo-me diariamente, com a tristeza, ausência de sonhos, aspereza e cegueira dos que vivem sem estar apaixonados.

Fico perplexo ao ouvir: "vamos deixar o tempo passar" quando, por qualquer motivo, um verdadeiro amor se desfaz, pois quem experimenta um sentimento tão nobre sequer sonha em permanecer distante de seu amor por um único dia.

Nada melhor que a companhia de quem faz seu coração vibrar e, portanto, quem ama deve continuar agindo, falando ou escrevendo, mesmo que contra a vontade daqueles que pelo egoísmo, atraso ou inveja tentam impedir o reatamento dos que se amam.

Escrevo sobre paixão, amor e felicidade, o que muitos nunca sentiram ou sequer sonharam.

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