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sábado, 23 de novembro de 2013

Não acredito...

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Ernesto Caruso
      
       Parece mentira. Os valores morais estão invertidos e pervertidos a tal pondo que não surpreendem; assustam. Tem que haver esperança, não é possível continuarmos no tobogã/esgoto cujo destino é por demais sabido. Vala comum, senso comum e cheiro de bode acostumam com o tempo.

       Pode ser que o governo e os próceres petistas estivessem certos acompanhando o processo no Supremo Tribunal Federal, a chamada Ação Penal 470, popular mensalão do PT, na esperança de que os seus líderes envolvidos fossem absolvidos. Não o foram.      A condenação já transitou em julgado. Ponto.
       São criminosos já recolhidos a estabelecimentos penais por corrupção e formação de quadrilha (esta em suspenso). Lembrar as palavras do Min. Celso de Melo, “Em mais de 44 anos de atuação na área jurídica... nunca presenciei caso em que o delito de quadrilha se apresentasse tão nitidamente caracterizado... Formou-se, na cúpula do poder... um estranho e pernicioso sodalício constituído de altos dirigentes governamentais e partidários, unidos por um perverso e comum desígnio... cometer crimes... como conspiradores à sombra do Estado... Este processo revela um dos episódios mais vergonhosos da história política de nosso País... um grupo de delinquentes que degradou a atividade política...”.
       Pois bem, a presidente Dilma, Lula e o PT, diferentemente de outros partidos que alijam os autores do malfeitos, estão solidários e aplaudindo os seus criminosos condenados. Postam nas redes sociais críticas ao STF, fazem discursos na Câmara dos Deputados sob a mesma ótica e, absurdo maior, os condenados se consideram presos políticos. Sob o jugo de que ditadura?
       Poderes constituídos funcionando normalmente, Congresso com maioria controlada pelo governo petista Lula/Dilma, que há onze anos dirigem este País e nomearam oito dos onze ministros do STF que condenou seus correligionários.
       O ex-senador Demóstenes Torres, para citar um exemplo, foi expulso do seu partido após as relações espúrias com um contraventor que chamava por telefone de “professor”. A que ponto pode chegar um senador e procurador? É de estarrecer. As aberrações não param.
       A jornalista da Globo News em entrevista com o condenado José Dirceu, o chama por duas vezes de “ministro”. Só se for ministro do malfeito que sintetiza os corruptos sendo enxotados do templo da democracia — o Congresso — pela bengalada de Yves Hublet, enojado com os “negócios” do toma/lá/dá/cá de milhões de reais. De onde estiver o falecido Yves Hublet deve estar recompensado e agradecido ao Judiciário, na pessoa do seu presidente, Min. Joaquim Barbosa, de colocar o contramestre do mensalão atrás das grades.
O presidente da Câmara dos Deputados se nega a cumprir a decisão do STM de cassação imediata do condenado Genoíno. Quer submeter o processo aos seus pares que por “elevado decoro” brindaram o Brasil de manter o mandato de Natan Donadon, condenado a 13 anos em regime fechado. Observe-se que 131 de 405 presentes votaram contra a cassação e ainda houve 41 abstenções. Pode? Atenção para a manobra de ganhar tempo, aposentar o corrupto e enxovalhar ainda mais a classe política.
Interessante observar que os políticos/corruptos foram condenados a penas bem menores (7, 10 anos) do que os empresários/banqueiros/corruptos (20, 40 anos). Devia ser o contrário; os políticos eram responsáveis por zelar pelos recursos públicos.
       Privilégios nas visitas aos presos “políticos”, cujos parentes dos “outros” enfrentam filas nas madrugadas foram mais um espetáculo chocante.
       Genoino e Dirceu de punho cerrado como se estivessem nas décadas de 60/70 empenhados na guerrilha urbana e rural em mais uma tentativa frustrada de instalar o comunismo cubano no Brasil foi teatral e ridículo.

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