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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

UFSC, processe-me! Como estou sendo perseguido por ser conservador



Antonio Pinho*
Editor do blog UFSC Conservadora, e mestre em Letras pela UFSC.

Dia 26 de novembro de 2013. Esta é a data em que me senti metamorfoseado em K., o conhecido personagem de “O Processo”, de Kafka.

Eu estava em minha escrivaninha, no computador, olhando mensagens pouco antes de sair a um compromisso, quando chega, em minhas mãos, uma carta em envelope oficial da UFSC. Na hora até brinquei: “A UFSC deve estar me processando hehehehe”. Pensei que era uma notificação qualquer, algo da burocracia normal da universidade, por eu ter sido aluno da UFSC. Mas, ao abrir o envelope e sacar o documento, vejo que aquilo que falei em tom jocoso era a pura verdade: eu estou de fato sendo acionado judicialmente pela UFSC. Na hora me veio à mente a imagem de Kafka: os oficiais entrando, logo de manhã, no quarto de K. para detê-lo. Minha vida transformada num roteiro surreal kafkiano. Processado? Por que motivo?


O motivo é obvio, apesar disso não ser dito na carta. É a velha perseguição ideológica pura e simples, que sempre é promovida pela esquerda contra aqueles que ousam defender valores contrários ao politicamente correto, que não vivem pautando sua existência na luta pela revolução. Muito menos tranquila é a vida de sujeitos como eu que gastam o tempo e o dinheiro que não têm, que procuram estudar e defender os valores que a Civilização Ocidental nos legou. Um dos principais desses valores é a liberdade de expressão, que é assegurada na Constituição do Brasil: “é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença” (Artigo 5, IX). No exercício da liberdade de expressão a Constituição proíbe apenas o anonimato, o que é completamente justo. Quem quer falar o que quer, tem que assumir as consequências públicas pelo que diz. Por isso anonimato é proibido, pois é um ato de covardia. Eu nunca publiquei algo anônimo. Todos meus escritos podem ser lidos em meu blog pessoal www.cibercronicas.blogspot.com , ou no blog da “UFSC Conservadora” (www.ufscon.wordpress.com), do qual sou editor e criador. Nada do que fiz foi escondido.

Vivemos teoricamente numa democracia, na qual há, teoricamente, a possibilidade do pleno exercício da liberdade de expressão. As leis da nação em que nasci garantem isso, também em teoria. A Constituição é teoria, e não a realidade dos fatos. O fato é que ousei ir contra a maré da cubanização do Brasil, comecei a escrever e divulgar meus textos em blogs e no Facebook. Também acabei formando um grupo de estudantes denominado “UFSC Conservadora”.  A repercussão foi muito além da esperada. Meus textos começaram a ter milhares de acessos, bem como o blog UFSC Conservadora. Comecei a incomodar, e logo vieram as perseguições. Posicionei-me publicamente contra a greve das universidades federais de meados de 2012, num texto chamado “UFSC em greve”. Logo em seguida o blog UFSC Conservadora foi atacado e saiu do ar. Isso se deu na mesma época em que outros sites de perfil conservador também foram atacados, como o Mídia Sem Máscara. Mas a UFSC Conservadora continuou existindo, no início deste ano criamos outro blog, o UFSCon.

Continuamos incomodando a esquerda, alcançando literalmente milhares de leitores. O auge foi a carta-manifesto de João Victor Gasparino, que divulgamos no novo blog da UFSC Conservadora. Esta carta acabou gerando um debate a nível nacional sobre a doutrinação marxista na educação, principalmente dentro das universidades. Devido à carta de João Victor, em 3 dias tivemos mais de 40 mil acessos, por causa da divulgação que Rodrigo Constantino fez em seu blog na Veja. Outro texto meu, na mesma temática, “Carta aberta contra o socialismo na UFSC” teve também milhares de acessos, foi publicada em outros sites e comentada pelo jornalista Aloísio Amorim.

No dia 6/11 ajudei a organizar, juntamente com outros amigos da UFSC Conservadora, uma manifestação contra a vinda do terrorista Cesare Battisti. No fim o terrorista não veio. Ele cancelou na véspera, mas mesmo assim nos manifestamos. Será que foi por medo de reações contrárias? Nossa manifestação influenciou nessa desistência? Não sei, mas eu não poderia me calar diante do uso da universidade para a exibição pública de um criminoso internacional, já julgado e condenado a prisão perpétua. O nome do evento no qual Battisti daria palestra se chamava “quem tem o direito ao dizer”. Pelo que sei, o direito de bandido é estar na cadeia, e não dando palestra em universidade. Pelo visto, na democracia brasileira, o terrorista Cesare Battisti tem o direito ao dizer, eu não. Para a esquerda devo ficar caladinho, no meu canto.
Para mim está bem claro que a UFSC está me perseguindo ideologicamente, por eu ser conservador, e ter formado um grupo de pessoas que se denomina “UFSC Conservadora”. Não usamos o logotipo da universidade, nem no Facebook, muito menos no blog. Em ambos fica claro que somos um grupo independente de pessoas – principalmente de estudantes ou ex-estudantes –, ligadas de algum modo a UFSC. Não usamos um único centavo de dinheiro público. Não usamos o espaço físico da UFSC. Não usamos a marca/logotipo da UFSC. Apenas somos conservadores, e divulgamos nossas ideias. Isso “denigre” a imagem da instituição?

Na mente perturbada de muitas pessoas, conservador e fascista são sinônimos. Quem assim pensa não tem a mínima ideia do que seja conservadorismo e fascismo. Igualar os dois pensamentos políticos é o mesmo que igualar Margaret Thatcher ao Tiririca, que é um humorista muito engraçado, e deveria ter ficado só no humor. Procurem e vejam se humilhamos ou insultamos alguma pessoa em nossa página. Não encontrarão nada. Quem denegriu a imagem da UFSC foi o gênio que teve a ideia de convidar Cesare Battisti para dar uma palestra. Este sim manchou nacionalmente o nome da instituição, e deveria ser processado por isso.

Aos esquerdistas da UFSC aqui fica o recado: querem me processar, fiquem à vontade. Processem-me. Não tenho medo de vocês. Temo apenas a Deus, e ao julgamento d'Ele. Não temo o julgamento dos homens. Não me calarei. 

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