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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Estadão mostra como fazer uma notícia enviesada!

Olhem só para o título desta notícia, veiculada pelo Estadão: 

"Estoquista baleado durante protesto em São Paulo tem alta, diz Santa Casa"

A pergunta é: o incidente envolvendo Fabrício Chaves e a PM ocorreu em razão de sua função como estoquista, ou de sua participação na rede de vândalos e terroristas no dia 25 de janeiro?

Por Klauber Cristofen Pires

Só para lembrar: Fabrício portava na sua mochila um estilete, e este foi o mote para que a família e comparsas argumentassem que o fato de possuir aquele instrumento (super) cortante era porque o pobre manifestante trabalhava como "estoquista", desculpa esfarrapada que, como se pode ver, tem sido amplamente comprada pela mídia mais sem-vergonha da história deste país.

Presumo, seguindo a mesma linha de raciocínio, que ele deveria também encanador e cozinheiro, eis que carregava na mesma mochila uma pesada chave de grifo e uma garrafa de vinagre, além, claro de bolinhas de gude (que servem para derrubar cavalos da PM) e dois dispositivos presumivelmente incendiários ou explosivos (Vide foto abaixo)

Na coluna do Reinaldo Azevedo, aparece um filme que afasta de vez a hipótese de reação do bandidinho por ter sido primeiro baleado pela polícia. 

A esta altura, qualquer jornalista que se preze, mesmo aqueles tão zelosos pelo princípio do "in dubio pro reo", mesmo aqueles que se engajam no enviesamento político-ideológico mas que cuidam da qualidade do trabalho jornalístico, já teriam pulado desta barca furada. A teimosia do Estadão em manter tal dúvida em suspenso evidencia um militantismo que já não pode ser chamado de jornalismo de jeito nenhum, mas de ação agit-prop. 

Não é por outra razão que a cada dia mais pessoas têm visitado este blog: Aqui eu não chamo o crime de "violência"; terroristas aqui não são "ativistas" e vândalos não são "manifestantes". Aqui eu não chamo ditadores de "presidentes", nem faço uso de impostores apontados como "especialistas" para justificar reportagens tendenciosas com o argumento de autoridade. Quem quer que tenha verdadeira autoridade, no sentido de conhecimento, tem aqui suas credenciais apresentadas, mas é pelo teor de verdade com que se expressa ali mesmo, na hora, que esta pessoa se faz respeitar.

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