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quinta-feira, 29 de maio de 2014

Índice de Preços ao Produtor (IPP) – Fonte IBGE

Base: Abril de 2014

Em abril, Índice de Preços ao Produtor (IPP) varia -0,38%
ABRIL 2014
-0,38%
Março 2014
-0,21%
Abril 2013
0,40%
Acumulado em 2014
1,36%
Acumulado em 12 meses
7,14%

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) variou -0,38% em abril, em relação a março último, e ficou abaixo da taxa observada entre fevereiro e março (-0,21%). Com isso, o acumulado no ano chegou a 1,36%, contra 1,75% em março e o acumulado nos últimos 12 meses foi para 7,14%, contra 7,98% em março.

O IPP mede a evolução dos preços de produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e fretes, de 23 setores da indústria de transformação. Em abril, os preços das Indústrias de Transformação variaram, em média, -0,38% em relação a março, número inferior ao observado na comparação entre março/14 e fevereiro/14 (-0,21%). Em abril/14, pelo indicador M/M-1, 11 das 23 atividades apresentaram variações positivas de preços, contra 6 do mês anterior. As quatro maiores variações de abril foram: fumo (-2,83%), outros equipamentos de transporte (-2,73%), madeira (-2,33%) e farmacêutica (2,26%). Quanto à influência, sobressaíram outros produtos químicos (-0,19 p.p.), alimentos(-0,08 p.p.), papel e celulose (-0,07 p.p.) e outros equipamentos de transporte (-0,06 p.p.).

Já o indicador acumulado no ano atingiu 1,36%, contra 1,75% em março/14. Entre as atividades que, em abril/14, tiveram as maiores variações percentuais na perspectiva deste indicador sobressaíram: fumo (-1,85%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (6,14%), refino de petróleo e produtos de álcool (5,47%) e metalurgia (4,88%). Os setores de maior influência foram: refino de petróleo e produtos de álcool (0,61 p.p.), metalurgia (0,37 p.p.), alimentos (-0,29 p.p.) e veículos automotores (0,20 p.p.).

No acumulado em 12 meses M/M-12, a variação foi de 7,14%, contra 7,98% em março. As quatro maiores variações de preços ocorreram em calçados e artigos de couro (13,98%), fumo (11,51%), alimentos (10,90%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (10,25%). As principais influências vieram de refino de petróleo e produtos de álcool (1,10 p.p.), alimentos (2,09 p.p.), outros produtos químicos (0,65 p.p.) e metalurgia (0,63 p.p.).

A seguir são analisados detalhes de setores que, em abril, encontravam-se em destaque em pelo menos um dos seguintes critérios: maiores variações de preços, maiores influências, ambos nas três comparações: M/M-1, acumulado no ano e M/M-12, e as principais ponderações.

Alimentos: em 2014, o resultado de abril contra março, - 0,40%, foi o terceiro negativo do ano (a exceção foi fevereiro, 0,56%). Com isso, até abril o setor acumulou variação de - 1,42%. Em relação ao M/M-12, os preços de abril de 2014 estiveram 10,90% maiores do que os de abril de 2013. Em março, esta comparação havia sido de 11,55%. Ainda nesta perspectiva, as taxas de março e abril de 2014 só foram superadas pela de fevereiro de 2013, 11,88%.

Na comparação com março de 2014, apenas um produto é comum entre os destacados em termos de variação e os destacados em termos de influência, "óleo de soja refinado". A influência deste produto foi positiva, e foi a única positiva entre os destaques em termos de influência. De todo modo, somada às influências negativas das variações dos preços de "resíduos da extração de soja", "sucos concentrados de laranja" e "açúcar cristal", os quatro produtos destacados responderam por - 0,55 p.p., de - 0,40%.

Papel e celulose: a fabricação de Papel e Celulose apresentou variação negativa de 2,16% no mês de abril, invertendo o resultado do indicador acumulado no ano para 1,46% negativo. Com esse resultado, a atividade foi uma das que mais influenciaram o IPP do mês abril, com uma influência negativa de 0,07 p.p. sobre o resultado geral de 0,38% negativo.

Os produtos que tiveram maior representatividade no resultado de M/M-1 foram “celulose” e “cadernos”, com resultados negativos, e “caixas de papelão ondulado ou corrugado” e “fraldas descartáveis”, com resultados positivos. A desvalorização do dólar foi potencializada nessa atividade pela queda nos preços médios da celulose exportada. Esses produtos, em conjunto, representaram - 2,22 p.p. da variação total do mês de abril, de - 2,16%.

Refino de petróleo e produtos de álcool: a atividade de “refino de petróleo e produtos do álcool” registrou variação de 0,02% em abril de 2014 com relação a março, seguindo trajetória positiva registrada desde dezembro de 2013. O resultado, porém, vem em patamares menos elevados depois da maior variação mensal do setor registrada em janeiro. No ano, o setor acumula 5,47%, muito por conta da variação de 4,51% no indicador do primeiro mês do ano.

Os quatro produtos nos três indicadores calculados (mês contra mês anterior, variação anual, mês contra mesmo mês do ano anterior) para abril foram os mesmos: “óleo diesel e outros óleos combustíveis”, “querosenes”, “álcool etílico (anidro ou hidratado)” e “naftas”. No entanto, na passagem de março para abril, ao contrário dos demais indicadores, houve queda no nível de preços do querosene e do álcool. Todas as influências restantes foram positivas.

Outros produtos químicos: a indústria química variou -1,67% em relação a março, segundo recuo consecutivo após trajetória positiva nos primeiros meses do ano. O indicador dos últimos doze meses, depois de aceleração no período de dezembro de 2013 a fevereiro, desacelera desde então, alcançando 5,82% em abril de 2014 frente a abril de 2013. No ano, o setor acumula 3,04%.

A análise de abril demonstra a evolução dos níveis de preços do setor. Enquanto os quatro produtos em destaque do indicador mensal registraram influência negativa, três dos quatro mais no ano também apresentaram patamares inferiores, ao passo que um deles, “adubos NPK”, persiste também com níveis menores no indicador de doze meses. A menor pressão da nafta nos mercados internacionais ocasionou movimentos descendentes de alguns produtos da sua cadeia no setor químico, tanto em abril, quanto no primeiro trimestre.

Metalurgia: com a taxa de 0,04% observada na passagem de março para abril, os preços do setor metalúrgico acumularam até abril de 2014 variação positiva de 4,88% e, com isso, na comparação com abril de 2013, estiveram 8,04% maiores do que os do mesmo mês do ano anterior. Na comparação M/M-12 é o menor resultado de 2014.

Dos quatro produtos destacados em termos de influência ("lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono", "chapas grossas de aços ao carbono, não revestidos", "barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre" e "alumínio não ligado em formas brutas"), "chapas grossas..." e "barras, perfis..." figuraram também entre os de maior variação, sendo que o primeiro com variação positiva e o segundo com negativa. A influência total devida aos quatro produtos foi de - 0,35 p.p. (em 0,04%).

Veículos automotores: a fabricação de Veículos Automotores apresentou variação de 0,24% em abril, levando o acumulado no ano de 2014 a 1,81%. Com relação aos últimos 12 meses (M/M-12), a variação ficou em 3,67%.

Os maiores impactos do mês foram “caminhão-trator para reboques e semi-reboques” e “motores diesel e semi-diesel para ônibus e caminhões”, com resultados positivos, e “peças para motor de veículos automotores” e “caminhão diesel com capacidade superior a 5t”, com resultados negativos. Juntos, esses produtos representaram 0,05 p.p. do resultado de abril.

No acumulado no ano, contribuíram para o seu aumento os produtos “automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência”, “caminhão-trator para reboques e semi-reboques”, e “caixas de marcha para veículos automotores”. O produto “peças para motor de veículos automotores” contribuiu em sentido inverso, com resultado negativo.

Com relação aos últimos 12 meses, os produtos “automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência” e “caminhão-trator para reboques e semi-reboques” se destacam com resultado positivo, e os produtos “peças para motor de veículos automotores” e “caminhão diesel com capacidade superior a 5t” com resultado negativo.

Outros equipamentos de transporte: a Fabricação de Outros Equipamentos de Transporte apresentou variação negativa de 2,73% no mês de abril, resultado que a colocou entre as quatro atividades que mais influenciaram o IPP desse mês. Esse é também o resultado mais baixo de toda a série M/M-1 da atividade, inferior ao resultado de outubro/2013 (-2,28%), que até então era o menor de toda a série.

Em abril a atividade foi fortemente influenciada pela queda do dólar, já que o peso representado pelas exportações nesse setor é grande. Com isso, o acumulado no ano de 2014 ficou em - 2,04% e o dos últimos 12 meses (M/M-12) em 7,85%. Os produtos “aviões” e “motocicletas com mais de 50cm3” tiveram impacto negativo no indicador M/M-1. Já a “Fabricação ou manutenção de embarcações” teve resultado positivo no índice de abril.

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