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terça-feira, 17 de março de 2015


Não vamos deixar os ateus vencerem.


Por Ivan Lima

A guerra cultural comunista empreendida contra as instituições ocidentais para destruí-las tem sido exitosa. Até aí, nada de novo. Embora sempre faça lembrar que ainda não se perdeu de todo a aludida guerra. E que a sobrevivência e vitória final da civilização depende da luta de cada um de nós, nosso denodado empenho para salvá-la, onde estivermos.

Como sabemos, foi Antônio Gramsci quem refinou com método e dando efetivo caráter cultural e filosófico a essa guerra, privilegiando-a sobre todas ás outras estratégias como por exemplo a luta armada, que de certa forma o projeto coletivista demoníaco de Marx e Lenin passou a se espalhar como um câncer na alma ocidental, envenenando-a, aos poucos.

Na sua guerra cultural contra a civilização, Gramsci elegeu a educação, a família, e a religião como alvos pilares que deveriam ser destruídos no seu pensamento e cultura ancestrais.

Com a degradação dessas e outras instituições e seus valores, e através das gerações, se chegaria, segundo Gramsci, a dominação completa dos indivíduos na sociedade, com a implantação de um pensamento único e uma nova ordem mundial.

Mas Gramsci fez questão de ressaltar que para o êxito desse projeto de destruição da civilização ocidental era preciso primeiro destruir a Igreja Católica e a família.

Sendo indissoluvelmente unidas pelo sentido da transcendência que ambas instituições possuem ainda que de fontes espirituais e culturais aparentemente distintas, uma com raízes históricas datadas ainda que com distinto caráter de revelação e outra substancialmente antropológica embora igualmente espiritual, no entanto, cabia, exatamente pela espiritualidade que une ambas, dar imensa importância nessa guerra à destruição da Igreja Católica.   


Nesse sentido, e após eleger as razões da forte fundamentação ao longo do tempo da Igreja Católica no seio social através da racionalidade e da ética, Gramsci passou a elencar as principais armas para destruí-la no empreendimento de sua diabólica guerra cultural:

Principalmente, recomendou, trabalhar para desprestigiar a igreja ao máximo possível com a desqualificação de sua doutrina conservadora de espiritualismo. Apresentá-la em sua ancestralidade racional e espiritual como algo que precisa ser fundamentalmente modificado, desde sua doutrina espiritual substituindo-a pela doutrina do materialismo socialista do igualitarismo, passando pela degradação de ritos, missa, e popularização, nivelamento por baixo, de seus membros hierárquicos.  

Sucintamente: aliada ao trabalho do câncer destruidor disseminado na destruição da família, 
mostrando-a à exaustão como uma instituição anacrônica, incapaz de educar, e elegendo o estado como substituto dos país, mediante a massificação do ensino na “nova cultura” e inserção de valores subversivos através da apologia à pobreza e coletivismo, essa é a essência da guerra cultural marxista/gramcista para destruir a Igreja Católica.  

O que fazer? O que todo combatente tem de fazer em toda guerra: lutar. E, numa batalha, se procura essencialmente ocupar território, espaço. Claro, como essa é uma guerra de ideias presente em todas as áreas de nossas vidas, temos que lhe dar combate onde as armas do inimigo se apresentar. E, lhes dar combate exatamente onde o mal está infiltrado nas instituições família, educação e Igreja. 

Primeiro, protegendo e alertando nossos filhos e netos, infundindo-lhes fortemente a cultura do conservadorismo de costumes da educação, família e igreja ancestrais. Passando ás novas gerações o ensino de que a maior arma do espirito humano é a razão. Que só o indivíduo pensa e constrói, e o coletivismo empobrece e escraviza. De que a família e seus valores tradicionais de moralidade e união na divisão de tarefas voluntárias fortalece a individualidade e faz rapidamente prosperar a sociedade de trocas. E de que a transcendência inspiradora da Igreja cristã juntamente com a ética nascida do trabalho, e a educação dos país é que verdadeiramente espiritualiza e faz o homem tomar o caminho da retidão moral. 


Segundo, e no que tange à nossa participação nos caminhos da Igreja: infundir em contraposição ás ideias “progressistas” de descaracterização nela presente, as ideias conservadoras e espirituais do ateísmo sem utopia igualitária e solidariedade obrigatória. Confrontar à doutrina esdrúxula da opção preferencial da igreja satânica pelos pobres ao argumento de que Jesus sempre ditou o sentido espiritual dos seus ensinamentos a ricos e pobres, doentes e sadios, brancos e negros, inteligentes e mongoloides. Nunca disse que pobres deveriam odiar, matar e expropriar ricos. 

Terceiro, contestar e dar combate sem tréguas as ideias anticristãs abomináveis de entidades diabólicas como a CNBB infiltrada na Igreja Católica, que vivem pregando a luta de classes, a destruição do bem estar e liberdade humana através da demonização do mercado, e sua substituição pela escravidão do assistencialismo estatal. Paralelamente, exigir padres com ideias conservadoras, práticas conservadoras, e fundar associações cristãs voltadas somente á espiritualidade do ser humano, deixando-o livre á sua consciência e sentido político inerente ao ser humano em suas relações sociais. 



Nessa consciência de luta, residirá a fundamentação para a retomada da espiritualidade pela Igreja Cristã de qualquer denominação. Porque o sentido da religião é a transcendência e não a destruição do bem estar e da liberdade humana. 

Não vamos deixar os ateus vencerem. 


Ivan Lima, 64, é publicitário.  

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