Empreendedorismo muda mais vidas do que a educação
Uma importantíssima reportagem do Jornal O Globo passou despercebida, ou não teve a ênfase que merecia, muito porque de certa forma desconstrói um dogma muito arraigado no Brasil.
De acordo com pesquisa realizada pelo IPEA, ter talento, empreender, achar um nicho de mercado ou inventar um novo produto são qualidades mais importantes que a educação formal propriamente dita. E o estudo aprofunda essa questão, ao afirmar que educação voltada para si própria, como mestrados e doutorados focados em área acadêmica, são tão importantes no enriquecimento quanto terminar o ensino médio.
Se formos analisar criticamente o debate político nacional, podemos afirmar sem medo de errar que os professores ganharam o debate político sobre a educação como meio de ascensão social. Não há voz, seja na direita ou na esquerda, que discorde desse posicionamento ou apresente alguma outra luz sobre o tema.
E o que é pior: a educação no Brasil se tornou um paradigma sobre como essa atividade pode ser apenas um fim em si mesmo, e não um meio para se qualificar para o mercado e para maximizar os dons do educado para empreender junto à sociedade.
O que mais se vê é a compra do discurso de que “educação não é mercadoria”, ou “educação deve ter pensamento crítico”, e o pior de todos, “educação não é pra treinar mão-de-obra para o capital”. Na verdade, educação é o contrário do que esse discurso tosco de esquerda tenta impor sem contraponto.
Educação é mercadoria sim, que deve ser comprada e vendida na maior quantidade possível pelo maior número de ofertantes, para que esse educação seja de qualidade e acessível a todos, ainda que subsidiada pelo Governo através de vales-educação.
Educação não deve ter conteúdo ideológico, devendo ser transmitido ao aluno o conhecimento com a maior depuração possível e apresentando-se todas as teorias acerca de determinado fato histórico, filosófico ou científico.
Educação é pra treinar mão-de-obra sim, seja como empregado, seja como empregador, especialmente educação básica, pois educação foi feita para garantir ao educado um meio de sobrevivência e autossubsistência.
Está na hora de empreendedorismo e educação se reencontrarem, com o currículo educacional se preocupando primariamente com a independência do educado, e garantindo a ele a expertise para se adequar ao mercado de trabalho, seja como empreendedor, gerando empregos, tributos e lucros, seja como empregado, provendo na ponta da atividades os bens e serviços necessários para toda a população crescer economicamente e ser mais feliz. E que haja ainda a liberdade educacional para, caso assim a pessoa deseje e possa bancar, focar na educação como um fim em si mesmo, mas sem dinheiro público envolvido em lavagem cerebral política de larga escala, como ocorre hoje nos colégios e universidades do Brasil.
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