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quinta-feira, 18 de junho de 2015


Óbvio repetitivo


Por Armando Soares


                 A verdade está diante dos olhos, mas poucos querem ver. O Estado brasileiro comprovadamente é o maior obstáculo ao desenvolvimento brasileiro. Quem controla o Estado brasileiro faz dele um negócio que se opõe aos indivíduos, a iniciativa privada que é considerada concorrente. Se quem controla politicamente o Estado estiver comprometida com o socialismo e o comunismo maior a reação contra o individualismo, a iniciativa privada. O objetivo é usar o Estado para controlar a economia, o uso da terra, a liberdade. Apesar de toda a resistência contra a iniciativa privada, é a iniciativa privada brasileira que atualmente sustenta o Estado; é o setor agropecuário combatido abertamente pelos agentes estatais, pelo partido do governo e pelos invasores de propriedades, que tem evitado o colapso da economia e do Estado socializado, graças ao aumento da produtividade que permite ao setor cobrir o custo Brasil socializado imposto ao setor, e ainda operar com margem para realizar investimentos, garantir emprego e fertilizar centenas de municípios, diferentemente do acontece na Amazônia onde o custo Brasil mais o custo ambiental não permite margem para novos investimentos resultando na mendicância dos municípios e no aumento da pobreza.

                
            Quando se fala em liberdade no Brasil, a maior prova do cerceamento da liberdade imposta pelo Estado socialista brasileiro se encontra na política ambiental. A questão ambiental é dominada no mundo por uma espécie de clube, onde os sócios detentores são os países ricos industrializados que também dominam a tecnologia, apoiados por sócios cooperadores dóceis e manipulados como o Brasil e os Estados amazônicos. Meio ambiente, está provado é um negócio como outro qualquer onde rolam bilhões de dólares. Foi o meio ambiente o melhor caminho encontrado pelos poderosos para substituir com vantagem o colonialismo, pois não se precisam deslocar exércitos; o domínio territorial e econômico é realizado passando por cima da soberania dos Estados. A política ambiental brasileira penetra nos estados amazônicos sem qualquer reação da entidade federada, que ao invés de reagir aos ditames dos interesses internacionais, se comportou como parceiro e colaborou para socializar a propriedade privada de maneira sutil impositiva através da reserva legal e entornos, das reservas indígenas (legítimas reservas de riquezas minerais, florestais, etc.), através da manipulação do crédito bancário e de um certificado ambiental, o que delimita mercados. Todo esse cenário mostra um total domínio do Estado sobre as atividades produtivas exercidas pela iniciativa privada. Deixamos, portanto, de ser uma sociedade livre e democrática, transferindo o comando do desenvolvimento econômico para o Estado, função que deveria caber a iniciativa privada, pois como sabido e comprovado, nenhum Estado socialista ou comunista, teve sucesso na tentativa de conduzir o desenvolvimento. Se considerarmos a estúpida carga tributária, encargos trabalhistas, previdenciários e de outras naturezas, chega-se a conclusão que o Estado controla a vida dos brasileiros, das empresas sejam elas de que tamanho forem, dos serviços sejam eles de qualquer natureza, dos serviços profissionais, enfim de toda a sociedade. Mesmo o recebedor do menor salário de fome brasileiro precisa de pelo menos 4 a 5 meses para pagar os impostos que incidem sobre o salário, portanto, o assalariado brasileiro nada mais é do que um escravo a serviço do Estado socialista brasileiro. Ademais o pessoal de baixa renda e salário de fome tem o seu ganho substancialmente deteriorado se levarmos em consideração que quando o assalariado compra qualquer coisa, roupa, alimentos, etc., está pagando os impostos embutidos nos preços dos produtos. Portanto, é balela afirmar que os impostos não são cobrados dos pobres e menos favorecidos. Os impostos são cobrados também dos que recebem bolsa família e outras bolsas benemerentes; todos pagam indiretamente os impostos quando saem para comprar com o dinheiro dado pelo Estado roupas, alimentos. O Estado, na sua política eleitoreira desonesta, retira dinheiro de quem trabalha e produz através de impostos, via bolsa pega esse dinheiro e recebe mais dinheiro de quem recebe a bolsa através dos impostos embutidos nos produtos comprados pelos bolsistas. Uma enganação que o brasileiro engole pela sua ignorância achando que está tirando dinheiro para sua sobrevivência dos mais ricos, quando na realidade está recebendo bolsa do imposto que paga através dos produtos e alimentos que compra. A reação que devia existir era contra o governo e não contra quem trabalha, gera renda e trabalhos. Mas, os socialistas e comunistas tem o dom de inverter a coisa mentindo, o que os ignorantes não percebem passando a ser utilizados como gado marcado. O governo via Estado, com a cobrança de impostos deveria utilizá-los para educar o povo, cuidar da segurança e outros serviços, prefere, entretanto, usar o que arrecada para manter um exército de desocupados ignorantes e comprar a consciência de políticos que passam a apoiar esse esquema sujo e vil. Tudo isso acontece porque o brasileiro ama o Estado e acha que é a sua mãe. Uma demonstração secular de como pensa o brasileiro e a prova de que não tem interesse de construir uma nação próspera, preferindo entregar essa tarefa a um bando de políticos desajustados que de geração a geração tem boa vida a custa da ignorância. Nem mesmo o sofrimento impingido por essas forças políticas diabólicas e vampíricas tem servido para mostrar ao brasileiro que não é o Estado, não é o governo, não é o político, não o milagre que constrói uma nação rica e próspera, é o trabalho de cada brasileiro, é a iniciativa privada a quem cabe essa tarefa. No dia em que o brasileiro pensar e agir corretamente todos as sua maiores aflições desaparecerão, assim como a inveja, e outros defeitos de comportamento resultante da incapacidade de reconhecer a verdade e o óbvio.



                O mundo mudou a partir da Revolução Industrial e a Amazônia parou no tempo. Enquanto em outras partes do mundo houve progresso e melhoria da qualidade de vida, ao amazônidas ficaram catando sementes na floresta. Não se conhece na história das civilizações desenvolvimento realizado através de políticas ambientais tipo a que o Brasil adotou para tirar a Amazônia da letargia, do sono secular. Esse é o caminho de um povo desprovido de ideias, de vontade de progredir, mediocre, de um povo sem criatividade, sem energia e submetido a governantes e políticos medíocres. Substituir um modelo de desenvolvimento sustentado pela industrialização e no domínio de novas tecnologias por projetos estatais de preservação ambiental numa floresta amazônica quase intocável é pura demência ou muita esperteza quando se assiste interesses descomunais de ONGs estrangeiras atuando na região e substituindo o Estado. Gostaríamos de saber, até para podermos compreender a presença estrangeira na Amazônia, qual a contribuição real para o desenvolvimento da região medida através do PIB paraense ou de qualquer PIB de estados amazônicos nesses últimos vinte anos? Desafio qualquer governo amazônico a provar que a blindagem ambiental imposta à Amazônia nesses últimos vinte anos trouxe algum benefício na economia, na saúde, ao setor de transportes, à educação, à qualidade de vida? O que se assiste na região é um quadro deprimente. Estados amazônicos cercados de favelas, de palafitas, com péssima qualidade de vida, vivendo da coleta e da pesca artesanal, entregues a própria sorte. Belém é um exemplo maior da inercia e dos efeitos de uma política ambiental venenosa que substituiu a incompetência.   

Armando Soares – economista


Soares é articulista de LIBERTATUM

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