Papa Francisco e a visão medieval do capitalismo
O papa Francisco é comunista?
Lamentavelmente, parece que sim. Nesta quinta-feira, dia 9 de julho, o papa esteve na Bolívia e recebeu de Evo Morales um crucifixo na forma de foice e martelo.
Misturar símbolos de duas idéias tão díspares – cristianismo e comunismo – em um mesmo artefato é de um mau gosto atroz, para dizer o mínimo. O papa aparentemente não gostou do presente. Poderia ter recusado, mas não o fez. Acho que aceitar o presente não é tão grave. O pior foi sua fala, em que disse, entre outras coisas, que o capitalismo é uma “ditadura sutil” e defendeu uma “mudança de estruturas”.
Compreendo perfeitamente que o papa esteja descontente com a pobreza que assola boa parte da humanidade e com a devastação do meio ambiente. Na verdade, quem está contente com isso? Acho que qualquer pessoa sensata gostaria que o mundo fosse melhor, que não houvesse tanta miséria e tanta agressão à natureza. Mas qual o melhor caminho para chegar a essa sociedade mais próspera e consciente? Com certeza, não será através do socialismo. Tanto João Paulo II como Bento XVI estavam bem cientes disso, mas, infelizmente, não é o caso de Francisco.
O papa padece de uma enfermidade que assola o mundo inteiro, mas especialmente a América Latina, um misto de incompreensão com fantasia. Incompreensão de como funciona uma economia de mercado. E fantasia de que o socialismo possa solucionar problemas econômicos ou ambientais.
Já comentei mais de uma vez nesse espaço por que uma economia socialista, centralmente planejada, não pode ser eficiente. E, se não pode ser eficiente, não pode gerar prosperidade. Pode, no máximo, repartir pobreza.
Do ponto de vista ambiental, os comunistas também não têm muito do que se orgulhar. Nos idos dos anos 1970 ou 1980, eu me lembro de uma reportagem de TV sobre a cidade mais poluída do mundo, que, por acaso, ficava na Romênia. A União Soviética também nunca foi um exemplo de preservação ambiental. Há um vídeo bem interessante no YouTube, chamado “Let’s do it Estônia”, que mostra bem como os soviéticos tratavam o meio-ambiente.
O papa Francisco é comunista?
Lamentavelmente, parece que sim. Nesta quinta-feira, dia 9 de julho, o papa esteve na Bolívia e recebeu de Evo Morales um crucifixo na forma de foice e martelo.
Misturar símbolos de duas idéias tão díspares – cristianismo e comunismo – em um mesmo artefato é de um mau gosto atroz, para dizer o mínimo. O papa aparentemente não gostou do presente. Poderia ter recusado, mas não o fez. Acho que aceitar o presente não é tão grave. O pior foi sua fala, em que disse, entre outras coisas, que o capitalismo é uma “ditadura sutil” e defendeu uma “mudança de estruturas”.
Compreendo perfeitamente que o papa esteja descontente com a pobreza que assola boa parte da humanidade e com a devastação do meio ambiente. Na verdade, quem está contente com isso? Acho que qualquer pessoa sensata gostaria que o mundo fosse melhor, que não houvesse tanta miséria e tanta agressão à natureza. Mas qual o melhor caminho para chegar a essa sociedade mais próspera e consciente? Com certeza, não será através do socialismo. Tanto João Paulo II como Bento XVI estavam bem cientes disso, mas, infelizmente, não é o caso de Francisco.
O papa padece de uma enfermidade que assola o mundo inteiro, mas especialmente a América Latina, um misto de incompreensão com fantasia. Incompreensão de como funciona uma economia de mercado. E fantasia de que o socialismo possa solucionar problemas econômicos ou ambientais.
Já comentei mais de uma vez nesse espaço por que uma economia socialista, centralmente planejada, não pode ser eficiente. E, se não pode ser eficiente, não pode gerar prosperidade. Pode, no máximo, repartir pobreza.
Do ponto de vista ambiental, os comunistas também não têm muito do que se orgulhar. Nos idos dos anos 1970 ou 1980, eu me lembro de uma reportagem de TV sobre a cidade mais poluída do mundo, que, por acaso, ficava na Romênia. A União Soviética também nunca foi um exemplo de preservação ambiental. Há um vídeo bem interessante no YouTube, chamado “Let’s do it Estônia”, que mostra bem como os soviéticos tratavam o meio-ambiente.
Historicamente, a Igreja católica sempre foi resistente ao capitalismo. Clérigos católicos, desde o final da Idade Média, tinham uma postura claramente anticapitalista; criticavam a busca pelo lucro, a ambição e o desejo de acumular riqueza – ou seja, todos os motivos interesseiros que azeitam a máquina capitalista de produção. Coube aos protestantes libertar a classe capitalista do opróbrio moral imposto pelos católicos. A ética protestante foi peça fundamental na expansão capitalista.
Mas tudo isso é passado. Católicos e protestantes compartilham, no mundo de hoje, uma visão de mundo muito parecida. Ou, pelo menos compartilhavam, até agora. Não menosprezem a fala do papa e sua capacidade de influenciar pessoas. Com certeza, muita gente vai pensar: até o papa é contra o capitalismo, então esse sistema é realmente ruim. Muitos também vão se esquecer de que o marxismo é uma ideologia fundamentada no ateísmo e numa visão materialista do mundo. Se até o papa defende o socialismo, então o caminho é mesmo por aí. Infelizmente, o papa pode estar muito bem intencionado, mas está retroagindo à Idade Média com seu discurso e prestando um grande desserviço à humanidade.
Mas tudo isso é passado. Católicos e protestantes compartilham, no mundo de hoje, uma visão de mundo muito parecida. Ou, pelo menos compartilhavam, até agora. Não menosprezem a fala do papa e sua capacidade de influenciar pessoas. Com certeza, muita gente vai pensar: até o papa é contra o capitalismo, então esse sistema é realmente ruim. Muitos também vão se esquecer de que o marxismo é uma ideologia fundamentada no ateísmo e numa visão materialista do mundo. Se até o papa defende o socialismo, então o caminho é mesmo por aí. Infelizmente, o papa pode estar muito bem intencionado, mas está retroagindo à Idade Média com seu discurso e prestando um grande desserviço à humanidade.
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