Mentira,
insensatez, servidão e dominação
Por Armando Soares
“Todo o poder político vem do cano de uma arma. O
partido comunista precisa comandar todas as armas; desta maneira, nenhuma arma
jamais poderá ser usada para comandar o partido”.
(MAO TSÉ TUNG)
A
história das civilizações mostra cenários em que impera a mentira, a
insensatez, a servidão e a dominação. Por mais que tenha havido avanço
civilizatório, o ser humano ainda carrega em suas células a brutalidade, a
selvageria e a estupidez. As mensagens deixadas por Buda, Jesus e outros seres
iluminados não tiveram a mesma importância no processo civilizatório do que a
ciência, as artes. A alma dos seres humanos continua impregnada de falsidade,
ausência de razão e de senso. Permanece viva a vontade de dominação do homem sobre
o homem. O ser humano apesar de todo o avanço da ciência é uma besta
domesticada que mata secularmente o seu semelhante, hoje de maneira mais
sofisticada.
São exemplos
da ação do homem besta civilizada mais recente: as revoluções comunistas, a I e
II Guerra Mundial e o nazismo. Os brasileiros têm destaque como besta
civilizada resultado da passagem pelo poder de socialistas e comunistas. Os
brasileiros estão sempre em último lugar na saúde, na educação e em outros
serviços públicos, mas em compensação ocupam o primeiro lugar na matança
bestial, na corrupção, na mentira, no cinismo e na incompetência. Munido dessa
cesta pútrida, o PT estabeleceu sua estratégia para a implantação do comunismo.
Não seguiu a linha soviética de insucesso nas tentativas anteriores, optou pela
estratégia criada por Antonio Gramsci. Para quem ainda não conhece a mente
doentia do italiano, ativista político e filósofo Antonio Gramsci, ele preconizava
uma ação silenciosa por dentro da democracia e no estado de direito para em seguida
destruí-los. Segundo esse mefistofélico comunista, após passar anos na cadeia
elaborando sua estratégia, que recomendava a instauração de um regime comunista
em países com uma democracia e uma economia relativamente consolidadas e
estáveis, não podia se dar pela força, como aconteceu na Rússia, país que
sequer havia conhecido a revolução industrial quando foi aprisionada pelos
bolcheviques. Seria preciso, ao contrário, infiltrar lenta e gradualmente a
ideia revolucionária (sem jamais declarar, que isso estava sendo feito), sempre
pela via pacífica, legal, constitucional, entorpecendo consciências e
massificando a sociedade com uma propaganda subliminar, imperceptível aos mais
incautos que, por sinal, representam a grande maioria da população. O objetivo
somente seria atingido pela utilização de dois expedientes distintos: a
hegemonia e a ocupação de espaços.
Segundo Marcelo Dornelas a hegemonia
consiste na criação de uma mentalidade uniforme em torno de determinadas
questões, fazendo com que a população acredite ser correta esta ou aquela
medida, este ou aquele critério, esta ou aquela análise de situação, de modo
que quando o Comunismo tiver tomado o poder, já não haja qualquer resistência.
Isso deve ser feito, segundo ensina Gramsci, a partir de diretrizes indicadas
pelo intelectual coletivo (o partido), que as dissemina pelos intelectuais
orgânicos (ou, formadores de opinião), sendo estes constituídos de
intelectualóides de toda sorte, como professores principalmente universitários
(porque o jovem é um caldo de cultura excelente para isso), a mídia
(jornalistas também intelectualóides) e o mercado editorial (autores de igual
espécie), os quais, então, se encarregam de distribuí-las pela população. É
essa hegemonia, já adredemente fabricada, que faz com que todos os brasileiros,
independentemente da idade, da condição socioeconômica e do grau de instrução
que tenham atingido, pensem de maneira uniforme sobre todo e qualquer assunto,
nacional ou internacional. O poder de manipulação é tamanho que até mesmo o
senso crítico fica completamente imobilizado, incapaz de ajudar o indivíduo a
analisar as questões de maneira isenta.
Os exemplos dessa manipulação são
numerosos: desarmamento, políticas sociais, racismo ao trabalho escravo,
inculpação social pelos crimes individuais à aceitação do caráter social de
movimentos comprovadamente guerrilheiros (FARC, MST, MLST, MIR, ETA, etc.),
todos eles visando destruir, por completo, valores que a sociedade tinha
entranhados em sua alma, mas que, justamente por isso, não servem aos
interesses do partido.
O Estado brasileiro nesses últimos
vinte anos já está todo aparelhado para a implantação do comunismo. Assim
acreditam Dilma e PT para poder suportar a pressão política atual relativa aos
desmandos administrativos, à corrupção, o desastre econômico e o caos social. Para
eles nada vai modificar o aparelhamento já feito nos setores mais importantes
do Estado. O desarmamento da sociedade brasileira é um desses aparelhamentos que
assegura que não haverá levantes e nem insurreições da população. Sem as armas
a população não tem poder bélico, fica impotente sem chances de se defender. O
povo desarmado fica refém do governo, que poderá fazer qualquer coisa sem
nenhum risco de ser deposto ou combatido. Portanto, o desarmamento da população
teve um único objetivo: controle social. O brasileiro caiu na cilada e os
políticos se calaram. O desarmamentismo sustenta-se na mentira, cresce nas
meias verdades, floresce no simplismo e alimenta-se dos incautos. A prova maior
de que o desarmamento é um engodo é o armamento constante da bandidagem que vem
matando os brasileiros.
Segundo o CEL. Jairo Paes de Lira, não
é eticamente aceitável, ademais, deixar de levantar a questão mais crucial: o
Estado não tem direito de tutelar a disposição humana para o enfrentamento do
perigo; não pode arrogar-se o monopólio da coragem. ... A violência, em todas
as suas facetas, é um mal social. Também nós, que defendemos o direito à
legítima defesa, compartilhamos do sonho de extirpá-lo totalmente. A diferença entre
nós e os autoproclamados pacifistas é que sabemos que a cultura da paz está
muito distante no tempo: é coisa para daqui a alguns séculos. No momento, e nas
décadas em que viverão nossos filhos e netos, a paz e a liberdade só poderão
ser asseguradas por gente de bem, armada até os dentes.
Marcelo Dornelas adverte que a cada
dia são criadas mais delegacias especializadas, mais conselhos, mais isso e
mais aquilo para controlar e fiscalizar as ações de cidadãos, antes livres. É
exatamente ela, a hegemonia gramsciana, utilizada pelo PT que inculcou em todos
os cidadãos a crença de que os sem-terra foram massacrados pela Polícia Militar
em Eldorado do Carajás, no Sul do Pará, quando na verdade a fita de vídeo
original, contendo a gravação do episódio, mostrava claramente que eles agiram
em legítima defesa diante de um número muito maior de sem-terra que, armados
com foices, enxadas e até mesmo revólveres (como aparece naquela fita), avançou
para cima dos policiais. É exatamente isso que fez espalhar a crença de que os
fazendeiros são todos uns malvados e escravizadores de pobres trabalhadores
indefesos, servindo, assim, de embasamento para que, em breve, o direito à
propriedade seja eliminado da Constituição, se nela for encontrado algum tipo
de trabalho escravo, cuja definição legal nem mesmo existe.
Infelizmente, a mentira, a insensatez,
a servidão e a dominação fazem parte do cenário brasileiro. Condenam policiais
que estavam defendendo suas vidas com o beneplácito de uma justiça caricata e
de um governo corresponsável. No Brasil de Gramsci, se defende os bandidos e
invasores de propriedades e condena-se a polícia. Tudo isso está sendo possível
pela covardia da sociedade brasileira. Chorar pela morte de inocentes, sim, mas
com atitude para combater o assassino na mesma intensidade, assim como o
governo que tudo assiste e nada faz.
Armando Soares – economista
e-mail: teixeira.soares@uol.com.br
Soares é articulista de LIBERTATUM
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