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segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Em palestra na UFES, militante petista trata de exílio ou fuzilamento da classe média como opções

sammersiman
Na última sexta-feira, 28/8, mencionei que o esfaqueamento do boneco Pixuleco é apenas o que, na visão dessa gente, “dá para fazer” hoje em dia. Pois, se tivessem poder, os bolivarianos estariam esfaqueando oponentes. Ou fuzilando-os. Algumas pessoas podem achar esta constatação exagerada. Na verdade, podiam, pois as declarações do secretário do movimento popular socialista Brigadas Populares, Sammer Siman, em uma palestra na UFES, feita na última quarta feira, servem para enterrar esta objeção.
“Se a gente entende que o nosso inimigo principal é a classe média, nós vamos ter de decidir o que vamos fazer com ela: se vamos exportar para Miami ou se vamos fuzilar.”
A declaração, que chocou os participantes de uma palestra na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), na última quarta-feira (26), partiu do secretário do movimento popular socialista Brigadas Populares, Sammer Siman. A reportagem sobre essa declaração foi publicada na edição desta sexta-feira (28) no jornal A Tribuna, assinada pelo repórter Vitor Carletti, da editoria de Política.
O grupo a que Sammer pertence apoiou a Presidente contra Aécio Neves (PSDB), no segundo turno das eleições presidenciais do ano passado. No primeiro, apoiou Luciana Genro (Psol).
Um áudio da palestra de Sammer na Ufes, em que foi apresentado o perfil socioeconômico dos manifestantes que foram às ruas no último dia 16 pedir o impeachment da presidente   Dilma Rousseff,  confirma a declaração. Antes de sugerir o fuzilamento da classe média, Sammer disse o que País precisa de outro projeto. “Se a gente pensa que é necessário recompor um projeto de nação, isso passa por recompor um projeto geral de sociedade”, disse, na ocasião. Em entrevista a A Tribuna, Sammer afirmou ter sido mal interpretado: “A declaração foi em um contexto irônico porque há uma ausência de projeto de País.”
Apesar da declaração considerada radical pelos que foram à palestra, Sammer disse que o apoio ao governo Dilma não é incondicional. “Não sou contra a classe média e não estava defendendo o governo Dilma. O governo condena a classe média, enquanto deixa imunes os segmentos dominantes”, garantiu.
A sugestão de atacar de forma radical aqueles que querem a saída de Dilma da presidência não é novidade. Neste mês, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, e o presidente da Câmara de Porto Seguro (BA), Élio Brasil (PT), declararam disposição para “pegar em armas” para defender o mandato de Dilma, se a oposição insistir no discurso de impeachment.
A desculpa de Sammer, dizendo que foi “mal interpretado” não cola. Até porque se ele alega que a oposição não tem “um projeto de país”, considerar opções como exílio ou fuzilamento não é uma ironia relacionada a esta crítica. Tente de novo, pois esta desculpa não serve de jeito algum.
A matéria acima comete um equívoco ao dizer que a declaração de Sammer chocou a plateia. Na verdade, o vídeo abaixo mostra que eles acharam tudo normalíssimo:
Para os bolivarianos, é normal mesmo. Chegar ao poder e conseguir os meios para silenciar opositores é parte fulcral de seu projeto. Sem essas intenções, não há socialismo.
Violência escolar.

Por Ivan Lima

Para os da minha geração é chocante saber que é rotina aluno surrar professor. E aplicar toda espécie de humilhação como cuspir ou jogar fumaça de maconha no rosto ou prendê-lo na cadeira com super bonder, - o que ocorreu dia desses. Para os jovens desses dias espantosos e degradados, parece que acontecimentos como desrespeitar professor ou assaltar e mutilar propriedade e vida alheia na rua faz parte dos valores universais. É tão banal. E a consagração da irracionalidade que fortalece e perpetua essa banalidade bandida  está disseminada desde os tribunais, a estatutos de proteção a abusadores, mídia, intelectuais, políticos, e corpo docente. E não é fenômeno que exija estudos e tratados psicológicos e sociológicos inextrincáveis, somente para iniciados, que tem apenas por finalidade encobrir e confundir sobre o que realmente está por trás da chamada “violência escolar”. Na bem planejada guerra cultural, de inversão de valores, elaborada por Antonio Gramsci para colocar o mundo racional de ponta cabeça, eliminando a autoridade tradicional de pais e professores na educação familiar e ensino escolar, está a causa desse quadro horripilante aqui tratado.

Desconstruindo os valores cristãos, a família, e subvertendo a noção de autoridade, o gramcismo tem já décadas de triunfo ideológico na vida da infância e juventude brasileira. E os professores, o que tem feito todo esse tempo em classe ante esse veneno e degradação? Tanto nas escolas quanto nas universidades (sobretudo as instituições públicas) eles têm dado combate a algo estranho ao ensino, procurando protestar junto ás autoridades superiores que apologia á pobreza pregada pelo marxismo contra a economia de mercado é irracional e causa caos e violência na sociedade? Que o planejado e criminoso abandono das noções de moral e cívica causa caos e violência na sociedade? Idem, para o abandono da reprovação como punição e racionalidade escolar? Qual a reação que os professores tiveram ou tem ante a doutrinação passada ao alunado quanto á apologia as sanguinárias ditaduras comunistas e a tentativa de cristianização de genocidas como Che Guevara, que tinha a "delicadeza" de vendar escolares "burgueses" antes de fuzilá-los? E o que dizer do comprometimento da racionalidade do professorado brasileiro ante o incensado "método" Paulo Freire, o embusteiro marxista que descaradamente plagiou a técnica criada por Frank Laubach e a desvivirtuou adaptando- á doutrina marxista com a tal "pedagogia do oprimido"? Todo esse veneno subversivo socialista degradou o espírito da juventude o inundando de caos e violência. Contra a propriedade privada, os valores cristãos, a vida e os bens alheios, e o professor. A cumplicidade com uma ideologia irracional e desumana, geradora de miséria e milhões de assassinatos, passadas como doutrinação em ambiente de degradação e obrigatoriedade em escolas públicas, só potencializa caos e violência nas suas primeiras e diretas vítimas: os alunos, que tem no professor as primeiras e diretas vítimas de todo o veneno inoculado por eles professores, diariamente, durante anos. Durante esse tempo e como retroalimentador de um processo monstruosamente mentiroso os professores também foram omissos com o estudo e aprimoramento de seus espíritos quanto á "justiça social", deixando de buscar as fontes reais que lhes mostrem com racionalidade e não com paixão revolucionária imbecil e destrutiva que é o estado que causa pobreza e desemprego crônico, marginalidade, subemprego e estímulo ao crime quando através das suas leis trabalhistas restringe e proíbe o trabalho com "direitos", lei do salário mínimo, décimo terceiro salário, - o ano só tem doze meses - carteira assinada, encargos e impostos sobre as empresas.   

De espíritos imbuídos de boa vontade, mas sem luz de discernimento maior ante a problemática em que está mergulhada toda a sociedade brasileira e não apenas os professores como “vítimas”, vejo sugestões como punir com o dobro de pena aluno que agride professor. Ora, o que tem de especial professor para lhe ser concedido status de deus e privilégio sobre médicos, operários, engenheiros, empresários, policiais, e todos os indivíduos da sociedade, ante a isonomia de todos perante a lei? A importância “transformadora” que a propaganda socialista diariamente lhe confere na mídia, inflando-lhe o ego para embarcar na irracionalidade e no sonho do paraíso na terra que o socialismo promete e nunca cumprirá porque é irrealizável? De que é o principal "agente transformador" da "educação", essa varinha mágica mentirosa enquanto ideologia estatista com que os engenheiros sociais hipnotizam os tolos para a transformação e escravização coletivista da humanidade?

Pelo que o professor tem que lutar para o agora e as novas gerações é a reação de uma engenharia social reversa. Isso significa racionalidade ante a vida que inclui lutar para tomar sua autoridade de volta na classe; e ensinar com eficiência somente as matérias ancestrais como aritmética e física; isso passará valores tradicionais de respeito á autoridade, paz, positividade e espírito de prosperidade e liberdade para os seus alunos. Ao contrário de hoje com as refutadas e mentirosas teorias da exploração e da luta de classes: sentimento de ódio e escravidão, espírito de vingança, caos, e violência.


Ivan Lima é publicitário. 

SOBRE O AUTOR

João Luiz Mauad

João Luiz Mauad

João Luiz Mauad é administrador de empresas formado pela FGV-RJ, profissional liberal (consultor de empresas) e diretor do Instituto Liberal. Escreve para vários periódicos como os jornais O Globo, Zero Hora e Gazeta do Povo.

Pag 95, do livro "Pare de Acreditar no Governo".
Porte de armas nos EUA cresce 178% em sete anos; criminalidade despenca
por , domingo, 30 de agosto de 2015



FLORIDA-GUNS.jpgDe 2007 até o presente momento, o número de americanos com licença para portar armas cresceu 178% (fonte, página 9).
Só no ano passado, foram emitidas mais de 1,7 milhão de novas licenças, um crescimento de 15,4% num único ano — o maior já registrado —, totalizando 12,8 milhões de autorizações de porte de armas (fonte, página 6).
Essa estatística despertou a preocupação de diversas organizações desarmamentistas, que temiam que as armas elevassem as taxas de homicídio no país.

Mas o que os dados recentes revelaram foi justamente o contrário: ao mesmo tempo em que o número de cidadãos armados cresceu, a taxa de crimes violentos despencou no país inteiro.
Segundo estatísticas oficiais do governo, citadas neste estudo do Centro de Pesquisa para a Prevenção de Crimes, a taxa de crimes violentos caiu 25% no período e a taxa de homicídios por 100 mil habitantes saiu dos 5,6 para os 4,2, apesar do crescimento massivo do porte de armas. Os números são os mais baixos desde 1957, quando a taxa de homicídios atingiu 4,0 por 100 mil habitantes.

Um dado interessante encontrado pelos pesquisadores foi o de que as mulheres estão se armando mais do que os homens: entre 2007 e 2014, o número de mulheres com porte de arma cresceu 270%, enquanto entre os homens o número foi elevado em 156% (fonte, página 10).
Além das mulheres, a população negra também está se armando mais. Uma análise, citada no estudo, revelou que entre 2012 e 2014, o grupo que mais mudou de opinião em relação aos benefícios do armamento foram os negros (fonte, página 14).

De acordo com a pesquisa, conduzida pelo Pew Research Center, a proporção de afro-americanos que responderam que armas contribuem mais para a autodefesa do que para crimes saltou dos 29% para 54% — um crescimento de 86% —, no sentido contrário do estereótipo de que armamentistas são, em geral, brancos. Além de terem se tornado mais favoráveis, a população negra também tirou mais licenças para porte de armas (fonte, página 10).

"Mais permissões [para porte de armas] significa que está ficando mais difícil para os criminosos atacarem as vítimas", afirma John Lott, autor do estudo. "A composição de pessoas que estão ganhando as novas permissões também está mudando. Estamos vendo um grande aumento entre minorias e mulheres tirando essa autorização. Ter esses grupos mais armados contribui muito para reduzir a criminalidade."

Para Lott, além da visão da população sobre o armamento ter mudado, outro fator que contribuiu para o crescimento do número de licenças para porte de armas foi a redução do custo dessas licenças, que varia de estado para estado.
Como destaca o economista, os estados que reduziram o custo dessa autorização — que varia de US$ 10 a US$ 450 (fonte, páginas 5 e 6) — ou ainda os que já praticavam preços mais baixos, tiveram maiores crescimentos no número de cidadãos negros registrando o porte.

Atualmente, 5,2% da população adulta possui licença para portar armas nos Estados Unidos (fonte, página 4). Apesar disso, em 5 estados (Alabama, Dakota do Sul, Indiana, Pensilvânia e Tennessee), a taxa de porte de armas por adulto está acima dos 10% (fonte, página 5).

O gráfico abaixo (fonte, página 5) mostra a evolução do porte de armas nos EUA em porcentagem da população adulta (eixo Y, linha contínua) e a evolução da taxa de homicídios por 100 mil habitantes (também eixo Y, pontos azuis):
violencia.jpg
Em contraste, no Brasil, apenas 0,00185% da população possui autorização para portar armas, segundo o Instituto Defesa — aqui, a UF com a maior taxa de porte de armas é a do Distrito Federal, que tem 7,2 vezes mais autorizações para porte que a média nacional.

O estudo ainda destaca que o policiamento não pode ser tomado como responsável pela queda na criminalidade: mesmo após isolar dados de policiamento per capita e de prisões, o crescimento do número de licenças para porte de armas continuou associado com a redução no número de crimes violentos e homicídios. (fonte, páginas 4 e 19)

Apesar do alto crescimento nos últimos anos, o número de licenças para porte de armas emitidas nos Estados Unidos pode diminuir nas próximas décadas, mas por uma outra razão: atualmente, em 6 estados, o ato de portar armas visíveis em público não requer nenhuma autorização. Apesar do número ainda pequeno, a cada ano mais estados se juntam a esse grupo — em 2010, 3 estados permitiam o porte sem autorização.

Maine, que no início deste mês anunciou a nova lei, foi o último estado a entrar para a lista. Com a mudança na legislação, que entra em vigor em outubro, o estado se junta ao grupo de estados mais liberais em relação ao porte de armas, ao lado de Alasca, Arizona, Wyoming, Kansas e Vermont. Além destes, outros cinco estados também possuem uma legislação similar em relação ao porte sem necessidade de autorização, embora apenas para casos especiais.

O mapa abaixo mostra a distribuição de assassinatos em massa praticados com armas de fogo (mass shootings) em cada estado americano:
Captura-de-tela-de-2015-08-27-014006.png
Tiroteios em massa desde 2012. Fonte: Vox.com
Já este mapa mostra o número de armas de fogo por habitante.
gun-ownership-study-state-map.png
Uma imagem vale mais que mil palavras. Os estados costeiros, por exemplo, possuem uma taxa de armas de fogo bem baixa e leis bem restritas com o porte e a posse desses artefatos. Nada disso impediu que 486 inocentesperdessem a vida entre 2000 e 2013 em assassinatos em massa praticados com armas de fogo (mass shootings) exatamente nestes estados.

Por fim, e ironicamente, o controle de armas tem um histórico racista. Nos Estados Unidos, foi usada por diversos estados como forma de evitar que os escravos revidassem os abusos de seus senhores. O medo era tão grande que até cães chegaram a ser considerados uma "arma" e sua posse por negros, proibida.

Leônidas Villeneuve é colunista do site Spotniks.

Fonte: Instituto Ludwig von Mises Brasil

Chefe de Estado ou Chefe de Partido?




No atual sistema de governo vigente no Brasil, República Presidencialista, temos na pessoa do Presidente da República as funções de Chefe de Estado e Chefe de Governo. O que vem a ser isso? Chefe de Estado é quem deve incorporar o espírito de nação para seu povo e perante o mundo. É o mais importante representante do país, aquele que deve legitimar o Estado. Chefe de governo é o responsável pela administração do Estado, exercendo o poder executivo. Acumulando as duas funções, o Presidente da República interfere diretamente em tudo, inclusive nas questões de luta política entre os diferentes partidos. Será que esse sistema está funcionando bem no Brasil?

O que temos hoje no Brasil, falando de governo, é uma situação lamentável, pois vivemos num dos países mais violentos, corruptos, tributados e injustos do mundo. Indicadores sociais, como educação e saúde, que deveriam ser de total responsabilidade do Estado, não funcionam. Nossa infraestrutura é péssima e o transporte público, caótico. Resumindo: os serviços públicos no Brasil são de péssima qualidade. Em termos de Estado, a situação é pior ainda, pois o que temos hoje no Brasil não é o que deveria ser um Chefe de Estado, mas apenas um Chefe de Partido. Os graves e importantes assuntos da nação (como as reformas política, tributária e judicial, entre outras) ficam para depois e o presidente da República está, única e exclusivamente, interessado em defender os interesses de seu partido, buscando se reeleger ou eleger um sucessor nos próximos quatro anos. Nosso Estado está completamente dominado pelos mesquinhos interesses partidários e não temos horizonte de mudanças, pois tanto o partido A quanto o partido B já foram testados e praticaram a mesma forma rasteira de política.

Existirá alguma alternativa para o nosso Brasil? Penso que sim. No meu ponto de vista, a alternativa vem de nossas origens: está na restauração da Monarquia Parlamentarista Constitucional. Alguns devem estar pensando que enlouqueci. Respondo que não e defendo meus argumentos. Em primeiro lugar, a Monarquia funcionou muito bem no Brasil. É só ler um pouco sobre nossa História. O Brasil imperial (1808 – 1889) era pacífico, progressista, estável e respeitado no mundo. Dom Pedro II foi um dos Chefes de Estado mais queridos e admirados de seu tempo. Antes de me criticarem, lembrem-se de que precisamos olhar para o Brasil do século XIX com os olhos naquele tempo e não com os olhos nos tempos de hoje. Ao contrário disso, nesses 125 anos de República, tivemos renúncias, impedimentos, suicídios, golpes de Estado e Ditadura Militar. Em segundo lugar, a Monarquia funciona muito bem nos tempos de hoje. Veja a lista dos países com melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Entre os dez primeiros, lá estão seis monarquias: Noruega, Austrália, Holanda, Nova Zelândia, Canadá e Dinamarca. Poderia falar também de Inglaterra (14º), Bélgica (21º), Suécia (12º) e Japão (17º). E o Brasil? Vergonhosamente em 79º. Em terceiro lugar, um dos maiores problemas do Brasil atual são as disputas partidárias. Na Monarquia, o rei não tem partido. Ele está acima das disputas partidárias e atua com um papel de moderador. Em quarto lugar, o monarca, em condições normais, permanece por longo tempo, o que permite pensar políticas de longo prazo, como a educação. No atual sistema, é impossível pensar em longo prazo, se nossos políticos estão interessados somente nos próximos quatro anos. Em quinto lugar, a Monarquia é mais estável, pois o rei representa um símbolo de estabilidade, união e continuidade da Nação, sendo preparado desde sua infância para ser Chefe de Estado. Dessa forma, reduz em muito os riscos de o Estado cair nas mãos de aventureiros, como tanto acontece nas Repúblicas. Vejam a nossa que sempre foi um caso de instabilidade total. Poderia falar de outras vantagens da Monarquia Constitucional, mas vou parar por aqui. Já é o bastante para refletirmos.

Muitos podem ver a causa da restauração como verdadeira utopia. Assunto para historiadores malucos. Penso, porém, que precisamos discutir política todos os dias, não só nas eleições. Discutir e pensar alternativas para tirar nosso Brasil da lama em que estamos. Acho que precisamos “sair do quadrado”, olhar o mundo a nossa volta e pensar diferente. Nenhuma realidade é definitiva. O Brasil colônia não foi. O Brasil império não foi. Por que a República que nunca funcionou e não funciona no Brasil seria? Se uma situação está insustentável, temos o direito de pensar e fazer a mudança. Eu acredito na mudança. Eu acredito na restauração.

Fonte: Gazeta Imperial

domingo, 30 de agosto de 2015

O Populismo na educação


Por V. Camorim

Li na revista Veja eletrônica do dia 15/03, no artigo “O populismo por trás dos programas federais para educação” escrita por Bianca Bibiano e Daniela Macedo que

“Uma das principais bandeiras petistas na campanha presidencial de 2014, os programas educacionais começam a revelar sua inviabilidade econômica”

Isto é verdade. Está na cara de todos e só não percebiam o seu fracasso anunciado quem não queria ou não dava a mínima para as razões da economia. A revista prossegue.

“O investimento do governo federal em programas educacionais voltados para o ensino superior, com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), e o ensino técnico, com o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), foi uma das principais bandeiras do PT na campanha presidencial, em 2014. Já no primeiro semestre da 'Pátria educadora', porém, eles revelam sua natureza populista: são programas criados sem critério ou planejamento orçamentários que logo se mostram economicamente inviáveis.”

Agora temos que esclarecer alguns pontos da afirmação acima. Começamos pelo termo investimento. Governo não investe. Governo é despesa. A partir daí, se atribuir a ele outra função além da produção da segurança ela passa a ser um dilapidador de recursos e nunca um investidor no sentido empregado na economia. Investimento é um termo ou conceito contábil aplicado à economia de mercado. O homem de negócio aplica certa importância de dinheiro ou capital com a esperança de recuperá-lo junto com um prêmio sobre esta aplicação. Este prêmio ele chama de lucro. Se ocorrer o contrário, ou seja, não tendo lucro, incorreu em prejuízo. Dizer que o governo investe na educação já começa com um erro ou uma atitude deseducadora que a revista teima em endossar. O segundo item de nossa observação é a afirmação que são” programas criados sem critério ou planejamento orçamentários que logo se mostram economicamente inviáveis”. Creio que esta afirmação não tem precisão. Tem critério sim e este é politico. Já o orçamento já nasce condenado, pois é baseado na mais pura emissão de dinheiro de papel fabricado nos porões do banco central sem qualquer lastro real. Quem faz isso acha que criando dinheiro de papel cria prosperidade. São as ditas letras do tesouro emitidas pelo governo na esperança de resgatá-lo depois sabe lá com que. Se tiver por base o imposto futuro, este, devemos considerar, não é e nunca foi fonte inesgotável de recurso embora não seja falso como falso é o dinheiro fabricado pelo governo, mas simples conta paga por outros. A consequência deste dinheiro é a inevitável inflação. A inflação é um recurso muito usado pelo governo que tem consequência drástica para a população de modo geral e logo mostra seu efeito perverso: o pobre a quem o governo tanto tem dó e pena.E é isso que dá vida curta a tais “empreendimentos” do governo. Aliás a todos os investimentos governamentais. Prossigamos o que diz a revista.

“A necessidade de implementação de políticas públicas para melhorar a qualidade da educação e combater as desigualdades educacionais no país é inquestionável. Mas programas que tornam alunos e instituições de ensino dependentes de recursos federais, como Fies e Pronatec, podem sofrer - e causar - sérios danos estruturais ao menor abalo no cenário econômico.”

Aqui a revista não difere da opinião de qualquer estatista. Acredita piamente que o governo pode solucionar este problema que eles chamam de educação com nebulosas politicas publicas. Também não passa pela cabeça de quem escreveu este texto que não é tarefa de governo algum eliminar a alegada desigualdade educacional e que muito menos é algo inquestionável. É nebulosa essa expressão “desigualdade educacional”. Como deveríamos entender tal coisa? Que aquele que recebeu mais “educação” surfou em uma injustiça cometida contra àquele que tem menos “educação” e, por conseguinte, o governo tem que implementar politicas publicas para repartir o que um tem demais ou devolver o que recebeu além da cota a seu alegado dono, o não educado, conforme classificação governamental? É claro que o conceito que diz ser a educação um direito e não um bem é completamente confuso e contraditório. A educação é e sempre foi um bem. Pelo fato de este bem ser subjetivo, imaterial, intangível, não quer dizer que não possa ser comparado com outro bem tangível, a outra qualquer mercadoria, como um par de sapatos, por exemplo. Dependendo do valor que atribui a este bem o individuo estará sempre disposto a pagar um preço por ele. Outra coisa é o governo oferece-lo à custa do próximo.

Qualquer pai de família procura logo desde a primeira idade de seu filho coloca-lo em uma escola para aprender as primeiras letras porque quer o bem estar dele. Embora não pareça, mas esta atitude é por excelência econômica, pertence ao reino da economia, antes de tudo, pois o pai que coloca cedo um filho na escola está especulando com seu futuro. Quer que o mesmo se torne alguém na vida, tenha uma profissão que lhe dê dinheiro e assim a família viver melhor no futuro, inclusive a futura família do filho. Não se trata de uma escolha do governo, mas de indivíduos, na qualidade de  pai ou mãe ou ambos. Eles são os únicos, em principio, e os melhores a escolher o que mais se ajusta às suas necessidades e não o estado e seus sacerdotes, os políticos e os burocratas. Muito pelo contrario, estes quando defendem a educação operada pelo governo não tem em vista o beneficio dos indivíduos, mas dos seus eleitores e por isso só atrapalham quando não são nocivos. O Fies, por exemplo, longe de ser uma ajuda aos alunos em sua formação educacional, são ajudas prestadas às instituições de ensino cartelizadas pelo governo a que chamam de educação de ensino privado. Antes do Fies, as instituições de ensino, que vinham se multiplicando, concorriam entre si pelo aluno em um mercado que tinha certa fluidez, embora obstruído pelo governo. Como consequência os preços das mensalidades caiam e eram comuns as promoções. Este movimento fazia com que muitos tivessem acesso a uma instituição de ensino superior de baixo custo que inclusive desafogava o ensino universitário operado pelo governo. Mas com a intromissão do governo a cata de voto, no mercado de ensino superior e técnico os preços das mensalidades não apenas aumentaram como foi se armando uma arapuca que nem alunos como os donos dos estabelecimentos de ensino privado poderiam perceber. Parece que agora a ficha esta caindo.  Mas era parte do jogo, pois o que o governo queria era ganhar as eleições e assim se perpetuar no poder e de quebra favorecer seguimento de grupos de pressão que lhe dá suporte e se formam em torno dele, como a mosca do entulho.

Pátria Educadora é só mais um slogan político sem sentido e consistência. É algo confuso e economicamente inviável. Na palavra tão em voga: sem sustentabilidade.Será que alguém aprendeu a lição?

V. Camorim


Camorim é articulista de LIBERTATUM

A matéria foi originalmente publicada em abril

Em vídeo, Paulo Roberto Costa dá declarações horripilantes. Cadê Janot?

Por um décimo disto que veremos no vídeo ao final deste post, Rodrigo Janot abriu inquérito contra Eduardo Cunha. Divulgado pela primeira vez ao público, o vídeo mostra o quão escabrosas foram as delações de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobrás.
Ele afirmou ter medo do PT, chegando a citar o caso de Celso Daniel. Aproveitou para lembrar que a atual presidente da Caixa Econômica, Miriam Belchior, é ex-esposa do falecido (eu havia até me esquecido disto). Como Costa afirma, ela não sabe bulhufas de sua pasta, e nem mesmo do que seu cargo exigia quando ela foi Ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão. Em tempo: Costa diz que nos bastidores todo mundo sabe que o mandante do assassinato é o PT.
Alias, o PT andou promovendo atos cínicos “em defesa da Petrobrás”. Como veremos nas palavras de Costa, o governo está deliberadamente “matando a Petrobrás”. Mas isto que trouxe aqui é só a ponta do iceberg do que está no vídeo.
Mas ao que parece o medo de morrer de Costa não importa a Janot, mesmo que nesta semana o procurador geral de Dilma tenha feito seu cirquinho apregoando “o medo de Julio Camargo” (quanto a Eduardo Cunha). Empregados de socialistas parecem não se preocupar com a vida dos que são ameaçados pelos seus chefes, mas ao mesmo tempo demonstram preocupação exacerbada quando alguém não demonstra motivos para ter medo de outro, mas está dizendo algo a favor de seus chefes. Que vergonha, Janot, que vergonha.
Enfim, veja o vídeo: