Páginas

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

A América precisa se levantar.

 Por Ivan Lima

Ao se aproximar mais uma eleição presidencial americana, procuremos refletir um pouco sobre a que outrora foi a terra dos bravos e dos fortes. Nascida em liberdade, já imbuída do espírito liberal trazida por imigrantes ingleses, a América experimentou o mais extraordinário desenvolvimento que uma nação já vivenciou na história da humanidade. Naquele inicio não havia governo central para atrapalhar e sugar o fruto do trabalho dos cidadãos. Não havia regulação nos negócios, burocracia, fiscais, impostos. O individualismo metodológico e o capitalismo sem amarras fizeram a festa liberal. O resultado sempre causava espanto e funda admiração em personalidades em visita ao país. Foi o caso, por exemplo, do escritor e filosofo francês Alex de Tocqueville.

 No entanto, ao formar a federação por questões de segurança, os Pais Fundadores incluíram na constituição o direito do governo lançar e cobrar impostos, que era exatamente para custear a segurança dos cidadãos contra agressões de bandidos internos e ameaças externas. Ali, nascia de uma pequena distração, toda a tragédia que vem desfigurando a América e a afundando através do tempo no poço do estatismo e do socialismo. Os Pais Fundadores não fizeram observar na constituição nascente, de modo claro e incisivo, que a participação do estado na vida do cidadão só deveria ater-se única e exclusivamente á função de segurança. Que tudo que disso ultrapassasse, por mínimo que fosse, estaria violando a liberdade, e a prosperidade dos cidadãos. Por conseguinte, seus destinos, e de seus descentes, seria de servidão a governos. A partir daquela brecha na constituição, toda a liberdade lançada em solo fértil pelo liberalismo foi sendo lentamente minada e destruída pela mentalidade do Big State.

Praticamente já abandonada pela América a opção pela filosofia liberal no inicio do século vinte, podemos elencar, a titulo de ilustração, alguns pontos que foram conseqüência desse trágico abandono, mas, que por sua vez deram impulso enorme no estatismo e no socialismo nos Estados Unidos da América. A Alemanha de 1871, de Bismarck, com suas leis trabalhistas regulatórias que fundaram o moderno intervencionismo estatal e pavimentaram a trilha para o socialismo marxista foi um marco . A Alemanha de então, com a novidade de que fundaria, segundo a ótica intervencionista, um mundo de igualdade e justiça social no mundo, tornou-se a Meca de filósofos, intelectuais, professores, administradores, e, sobretudo dos políticos de toda parte, todos ávidos para beberem na fonte da maravilha e do paraíso nascente. Claro, muito da intelligentsia americana foi lá embebedar-se desse manancial divino para disseminá-lo na América com a fundação de uma nova mentalidade: estatista, anti-individualista, coletivista. Contra o mercado e os lucros. Contra o capital e a livre iniciativa.

Podemos ilustrar também nesse painel de marcha para o desastre, e como conseqüência da ação preferencial de elites pensantes americanas pelo coletivismo, a lenta, discretíssima, mas intermitente e segura colocação de tijolinho após tijolinho socialista através da legislação política de atuação do Partido Socialista Americano. Desde 1920! Sempre com argumento sobre o nada de “proteção ao trabalho”, “igualitarismo” e “justiça social”, foi-se amarrando lentamente o espírito americano com lixo e veneno coletivista.

E temos ainda, juntamente com o abandono da mentalidade liberal na América desfigurada de hoje, a participação histórica do New Deal de Franklin Delano Rooselvet. O New Deal foi a consolidação de todo um processo de mudança de mentalidade, do liberalismo para o estatismo e suas desastrosas “políticas públicas” na América. Com isso, e como conseqüência desse agigantamento do estado se tem inicio o fortalecimento da América imperialista já inaugurada com a primeira guerra mundial. A América, até então com inimigos internos lutando abertamente e na surdina para mudar o modo de vida americano de liberdade, prosperidade, e religiosidade, passa a ter inimigos por todo os cantos do mundo. Prontos a destruí-la, com alegado revide e indisfarçável inveja.
  
Hoje, a América está irreconhecível. E a cada eleição, assume um títere do Big State para enterrá-la mais um pouquinho na lama da servidão. A situação é de gradação. Um pouco pior, um pouco menos mal. Seja o presidente democrata ou republicano, as políticas são as de  administração desse terrível imbróglio em que a mentalidade estatista dos próprios americanos jogaram a América, independente da guerra cultural movida por seus inimigos externos. Por essa mentalidade não há saída para ela nem o mundo. Só guerra e ódio ao que ainda resta do antigo espírito liberal dos americanos. Espírito que é cooperação social pacífica na divisão internacional do trabalho e dos interesses harmônicos dos indivíduos por liberdade, decência e prosperidade. Ao contrário do socialismo que  prega divisão entre indivíduos, ódio de luta de classes, e apologia á pobreza. Que geram escassez, fome, revoluções, tiranias, e já causaram duas guerras mundiais.

Mas há uma saída para a América. E o mundo. Mudança de mentalidade pelo liberalismo. A América poder-se-ia afirmar, é a cabeça da cobra. Para onde ela se dirige o mundo também vai. Para o bem ou para o mal.

Dessa decisão, poderá resultar a garantia da civilização. A América precisa se levantar.

 Ivan Lima, 64, é publicitário.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá! Seja benvindo! Se você deseja comunicar-se, use o formulário de contato, no alto do blog. Não seja mal-educado.