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quinta-feira, 27 de agosto de 2015


O verdadeiro objetivo

Por Armando Soares

“Não vejo razão alguma que possa induzir alguém a supor que, no futuro, os mesmos argumentos já escutados não venham a ressoar ainda... trazidos à luz por homens sensatos para fins sensatos, ou por criaturas ensandecidas visando ao absurdo e ao desastre.”
(Joseph Campebell)

                

          Achei por acaso no chão de sala de minha casa uma página da Constituição brasileira. Um achado muito significativo considerando o momento político crítico brasileiro em que nossas instituições e leis estão no limbo, um lugar para onde se atiram as coisas inúteis. E, vejam que ironia, a página que rolava no chão era a “Dos Direitos e Garantias Fundamentais”, a que garante o direito à vida, a liberdade e à propriedade, todas ignoradas por políticos e governantes. Precisaríamos ter em nosso meio um Shakespeare para, com fidelidade retratar a realidade política brasileira que se presta para a montagem de uma peça teatral que representasse a insensatez, o descalabro, o absurdo, a indignidade, a traição, o impatriotismo e a corrupção. Esse o cenário político ideológico imposto pelo PT e seus líderes, cenário e realidade que para ser combatido e transformado é preciso algo bem mais forte que milhões de brasileiros nas ruas gritando palavras de ordem e pedindo mudanças.

Na tentativa de por para correr os coveiros do Brasil esquecem os brasileiros de uma questão ameaçadora real que destrói a liberdade, a democracia, a república, o livre arbítrio, a iniciativa privada e a propriedade que é a infiltração do comunismo no tecido social, governamental, na igreja, nas escolas, nas universidades, em todos os lugares. Esta é  a principal ameaça e não o ajuste econômico, a reforma política e a limpeza ética e moral, todas possíveis de sucesso no médio prazo dependendo da escolha de bons governantes, entretanto, a ameaça comunista desde que sedimentada e implantada é difícil de destruição e mesmo destruída deixa sequelas econômicas e sociais por longo tempo. Portanto, a prioridade política é a dedetização de todos os focos e células comunistas implantadas no organismo do Estado para evitar que se feche o cerco comunista e o Brasil se torne sem dor, do dia para noite, uma república socialista comunista. A crise econômica, fiscal, social e política, nada mais são do que uma estratégia construída conscientemente para desviar a atenção do objetivo principal que é a implantação do regime comunista no Brasil. Há de se admitir que a estratégia de Gramsci para a implantação do comunismo, por absoluta ignorância da sociedade brasileira vem dando certo. Exemplo do sucesso da estratégia de Gramsci é visível na igreja católica um dos alvos preferidos diante de sua representatividade, suscetível a esse tipo de revolução rasteira, manhosa e silenciosa, como também as universidades católicas e outras onde a imaturidade dos jovens ajuda. Dilma como comunista de carteirinha, foi premiada para ser a grande realizadora da implantação comunista, apoiada pelo Foro de São Paulo, célula mater construída por Lula e Fidel Castro. Entre os objetivos comunistas do PT é fazer no Brasil o mesmo que foi feito pelos sovietes na Rússia, ou seja, ter a exclusividade da elaboração de leis. No meio dessa podridão covarde ideológica vem se destacando com coragem um jovem de 17 anos, Marcos Rossi, por ter enfrentado tal de Conferência comunista na PUC em Goiás, onde estavam presentes PT, PSOL, PCdoB, CUT, MST, UNE e entidades feministas. Não havia nenhum aluno da PUC, só professores que estavam alinhados com o movimento de ação comunista. Rossi chamou os presentes de “a bancada de excomungados”, baseado em decreto Papal, que diz que todo católico que se envolve ou que presta favores a uma entidade comunista está automaticamente excomungado. A CNBB para o jovem Rossi não passa de uma ONG criada para se sobrepor aos bispos individuais.


A participação do governo brasileiro nas ações de células comunistas se comprova através de recursos entregues ao MST desde FHC, assim como outras células comunistas apelidadas com outros nomes de fantasia. A CNBB segundo consta recebe vultosos recursos para apoiar a reforma agrária que se resume a tomar terras de inimigos do governo e dar aos seus amigos. A bagagem ideológica dos comunistas brasileiros é o genocídio que matou 100 milhões de pessoas. Para esses assassinos apenas o nazismo é condenável, comunismo, não. Qual a diferença entre esses assassinos? O método de assassinar?

Brasileiros, examinem bem o cenário político ideológico brasileiro, pois está em jogo a liberdade e o destino de todos. O que justifica o tremendo esforço e resistência de Dilma para não deixar o governo? Sustentar seus direitos e um ato heroico de salvadora da pátria, depois de afundá-la de maneira cruel e irresponsável. Sem o PT no poder o projeto comunista rasteiro estará sujeito a uma descontinuidade, o que pode justificar o apego da presidente ao cargo. O que se está mostrando neste artigo não é uma fantasia é uma realidade que exige uma reação imediata da sociedade brasileira para não acordar comunista. Em sã consciência ninguém resiste ao tamanho da pressão popular sem que algo mais significativo justifique essa resistência. Dilma está realizando o seu projeto de anos de luta em favor de transformar o Brasil comunista. Corrupção, reforma política e outras reformas, nada disso conta, o que conta é o manto vermelho que está encobrindo o Brasil.


Leiamos John Locke para purificar nossas ideias: “Ser livre é [...] ter liberdade para ordenar e controlar, conforme lhe convém, sua pessoa, suas ações, suas posses e todas as suas propriedades, dentro do permitido por lei; e nisto não estar sujeito à vontade arbitrária de outrem [...] O grande e principal propósito, portanto, de que os homens se unam em comunidades [...] é a preservação de sua propriedade.”

Algumas pessoas cometem o erro de chamar essa ideia de “democracia” e imaginar que todo país pode adotá-la simplesmente convocando eleições. Na realidade, a democracia foi o cimo de um edifício cuja base era o Estado de direito – para ser preciso, a santidade da liberdade individual e a segurança dos direitos de propriedade privada, garantidos por um governo constitucional e representativo.

“Há poucas palavras usadas de maneira tão vaga quanto à palavra ‘Civilização’”, declarou o maior de todos os anglo-americanos, em uma época em que a civilização, tal como ele a entendia, corria um sério perigo. “O que significa?” Sua resposta é a definição mais perfeita já formulada da diferença política entre o Ocidente e o Oriente: Significa uma sociedade baseada na opinião dos civis. Significa que a violência, o governo de guerreiros e líderes despóticos, as situações de campos de concentração e guerra, de baderna e tirania, dão lugar a parlamentos, onde são criadas as leis, e a cortes de justiça independentes, onde essas leis são mantidas durante longos períodos. Isso é Civilização – e em seu solo crescem continuamente a liberdade, o conforto e a cultura. Quando a Civilização reina em um país, uma vida mais ampla e menos penosa é concedida às massas. As tradições do passado são valorizadas e a herança deixada a nós por homens sábios ou valentes se torna um estado rico a ser desfrutado e usado por todos. O princípio central de Civilização é a subordinação da classe dominante aos costumes do povo e à sua vontade, tal como expressos na Constituição [...].

Assim declarou, em 1938, Winston Churchill, filho de um aristocrata inglês e de uma herdeira americana. Mas de onde veio essa definição peculiarmente anglo-americana de civilização – de liberdade e paz baseadas no Estado de direito e no governo constitucional? E por que ela não conseguiu criar raízes na América ao sul do Rio Grande? Será que o Brasil foi condenado a conviver com ideais podres e homens iníquos?

Armando Soares – economista



Soares é articulista de LIBERTATUM

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