Universidades ou campos de concentração?
por REGINALDO CABRAL*
O desenrolar da história nos mostra eventos de segregação e intolerância extremamente penosos e reprováveis. Sejam sob qualquer espectro político, os extremismos, radicalismos, devem ser criticados. Infanticidios, genocídios, apartheid, foram faces cruéis da história mundial. Um “mundo exclusivista”, sempre foi o anseio de mentalidades revolucionárias e extremistas. A construção do “paraíso terrestre” é uma “utopia adorável” aos que defendem essa linha de pensamento.
As universidades federais brasileiras, oásis de inutilidades onde se precipitam e se cristalizam os rumores e os gestos do útil, mesmo em período em que reina a liberdade de expressão, caracterizam-se, em sua grande maioria, em ambientes de segregação ideológica.
A fuga do quadro político caracterizado pela “esquerda”, após o revés de 1964, criou, embalados pelo gramscismo, uma hegemonia de pensamento, em sua maioria, esquerdopata, dominando as estruturas (diretórios Acadêmicos, sindicatos) das universidades, uniformizando os discursos e cristalizando verdades. Pensar fora da vulgata marxista é, antes de tudo, uma atitude de coragem, já que não é fácil sofrer uma pressão de “censura indireta” às suas convicções, além de ser rotulado como o “reaça”, ou conservador, como se ser conservador fosse algo de que se envergonhar. Aliás, o conservadorismo, em sua base teórica, é quase que totalmente desconhecido dos reprodutores ideológicos. Discordar das “verdades absolutas marxistas”, é um pecado mortal, pois os monopolistas da virtude (seguidores da esquerda), que na teoria exaltam todos os direitos de minorias e diferenças, na prática não toleram qualquer aspecto contraditório, pois isso seria admitir sua falência e fragilidade moral ou intelectual.
Emfim, calouros, bem vindos ao campo de concentração de ideias.
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