A
Democracia falhou?
Estou lendo um livro chamado
"Democracia, o Deus que falhou". É de 2001, escrito por um libertário
da escola austríaca, Hans-Hermann Hoppe. Tem em pdf gratuito em inglês,
ou então versão em português em livro impresso custando
meros 52 reais.
Hans-Herman Hoppe não é nenhum reacionário monarquista, mas um ultra-libertário, porém, pelo que parece, puxando mais para socialmente conservador. Nasceu na Alemanha, ensinou e morou por anos nos EUA como discípulo de Murray Rothbard (o maior nome da tal "escola austríaca") e hoje, curiosamente, mora em Istanbul. Por quê, não sei.
O argumento do livro é que as democracias modernas são um fracasso e que são a principal razão pela maioria dos problemas sociais de hoje em dia no mundo, incluindo a imigração.
Uma coisa que achei interessante é que Hoppe argumenta que a decadência ocidental começou após a guerra de 1914, e não por coincidência, sendo que esta significou na prática o fim do regime monarquista nos países europeus, e o triunfo da democracia globalizante americana sobre o mundo.
No livro, Hoppe compara monarquias com democracias e - embora discorde de ambas e prefira um tipo de anarco-capitalismo sem Estado - acredita que a monarquia seja menos nociva do que a democracia, e - ao contrário das aparências - menos tirânica para o cidadão comum.
Isso ocorreria porque o monarca é na prática o "proprietário" do país, e tem então interesse na sua melhora contínua: um estado mais rico e poderoso é mais riqueza e poder para ele também. Já o líder democrático não é dono de coisa alguma, e tem interesse apenas em duas coisas: maximizar o número de votantes (que lhe dão poder em curto prazo), e maximizar o seu lucro enquanto puder (curto prazo também).
Ainda não li tudo, mas concordo bastante com Hoppe por enquanto. A democracia moderna é um lixo. Políticos são basicamente prostitutas e só se interessam pelo cidadão enquanto eleitor, porém, uma vez que estão no poder, não tem por quê agradá-los, já que o que conta de verdade para o político é quem paga - os lobbys, os banqueiros, os grandes empresários, e todos aqueles que tem dinheiro para colocar os políticos no bolso. O cidadão só interessa ao político na hora das eleições, e, ainda assim, parcialmente.
Ocorre que um votante é igual a outro. O voto do analfabeto é igual ao do crânio super-inteligente com três PhDs (não que isso seja vantagem, o crânio com três Phds tem mais chance de ser um esquerdista louco do que o pobretão, que ainda poderá manter seu bom senso). Porém, o que é mais fácil, convencer as pessoas a votar em um certo tipo de governo de forma inteligente, ou dar sacos de farinha para pobres e aleijados?
A imigração de pessoas estúpidas de todas as espécies tem a vantagem para o político de que estes são mais facilmente transformados em eleitores facilmente manipuláveis.
Hoppe, no livro, discute ainda o uso do termo "livre imigração" e utiliza o termo "integração forçada", que é o que realmente está ocorrendo: a principal característica da imigração massiva atual não é de fato a liberdade de movimento (eu não posso mudar-me para a Suécia, por mais que queira), mas a proibição por parte de regiões, estados, cidades ou até mesmo pessoas em suas propriedades privadas de admitirem no seu entorno apenas quem quiserem, em vez de ser obrigados por lei a conviver com turcos, otomanos, negros, chineses, judeus, etc.
A democracia atual é ainda por cima extremamente fútil e está acabando com a maioria dos países ocidentais. Vejam por exemplo o recém-eleito primeiro ministro canadense: suas principais promessas de campanha eram "receber maior número de imigrantes sírios" e "legalizar a marihuana". Foi eleito por ampla maioria.
Hoppe não fala, ou acho que não fala, sobre o voto feminino, mas tenho para mim que foi também uma das causas da decadência das democracias modernas. O tal primeiro-ministro canadense foi eleito, entre outras razões, por ser "jovem e bonito", e por prometer mais bem-estar social, que ajuda principalmente mães solteiras.
(De qualquer forma, tenho nulo conhecimento sobre a política canadense e portanto pode ser que o suposto "conservador" fosse ainda pior - de certa forma é melhor ter esquerdistas radicais no poder do que falsos conservadores, pois ao menos mentem menos).
O fato principal é que o Ocidente começou a decair em 1914 com o surgimento das democracias liberais -- talvez o ressurgimento do Ocidente, se é que este um dia irá acontecer, ocorrerá com o fim da democracia.
Provavelmente é o que vai ocorrer de qualquer forma, pois é bem claro que grande parte dos atuais países ditos ocidentais se desintegrarão em linhas étnicas ou religiosas num futuro não muito distante, e que governos autoritários ressurgirão.
O problema é, como já falei em algum outro momento, que a democracia não é nem mesmo o fim da linha, e nem o pior de tudo (por exemplo, era pior viver na Cortina de Ferro do que nas atuais democracias ocidentais).
Assim, não fica muito claro se os regimes que virão depois da queda da atual democracia não serão, de alguma forma, ainda piores.
Hans-Herman Hoppe não é nenhum reacionário monarquista, mas um ultra-libertário, porém, pelo que parece, puxando mais para socialmente conservador. Nasceu na Alemanha, ensinou e morou por anos nos EUA como discípulo de Murray Rothbard (o maior nome da tal "escola austríaca") e hoje, curiosamente, mora em Istanbul. Por quê, não sei.
O argumento do livro é que as democracias modernas são um fracasso e que são a principal razão pela maioria dos problemas sociais de hoje em dia no mundo, incluindo a imigração.
Uma coisa que achei interessante é que Hoppe argumenta que a decadência ocidental começou após a guerra de 1914, e não por coincidência, sendo que esta significou na prática o fim do regime monarquista nos países europeus, e o triunfo da democracia globalizante americana sobre o mundo.
No livro, Hoppe compara monarquias com democracias e - embora discorde de ambas e prefira um tipo de anarco-capitalismo sem Estado - acredita que a monarquia seja menos nociva do que a democracia, e - ao contrário das aparências - menos tirânica para o cidadão comum.
Isso ocorreria porque o monarca é na prática o "proprietário" do país, e tem então interesse na sua melhora contínua: um estado mais rico e poderoso é mais riqueza e poder para ele também. Já o líder democrático não é dono de coisa alguma, e tem interesse apenas em duas coisas: maximizar o número de votantes (que lhe dão poder em curto prazo), e maximizar o seu lucro enquanto puder (curto prazo também).
Ainda não li tudo, mas concordo bastante com Hoppe por enquanto. A democracia moderna é um lixo. Políticos são basicamente prostitutas e só se interessam pelo cidadão enquanto eleitor, porém, uma vez que estão no poder, não tem por quê agradá-los, já que o que conta de verdade para o político é quem paga - os lobbys, os banqueiros, os grandes empresários, e todos aqueles que tem dinheiro para colocar os políticos no bolso. O cidadão só interessa ao político na hora das eleições, e, ainda assim, parcialmente.
Ocorre que um votante é igual a outro. O voto do analfabeto é igual ao do crânio super-inteligente com três PhDs (não que isso seja vantagem, o crânio com três Phds tem mais chance de ser um esquerdista louco do que o pobretão, que ainda poderá manter seu bom senso). Porém, o que é mais fácil, convencer as pessoas a votar em um certo tipo de governo de forma inteligente, ou dar sacos de farinha para pobres e aleijados?
A imigração de pessoas estúpidas de todas as espécies tem a vantagem para o político de que estes são mais facilmente transformados em eleitores facilmente manipuláveis.
Hoppe, no livro, discute ainda o uso do termo "livre imigração" e utiliza o termo "integração forçada", que é o que realmente está ocorrendo: a principal característica da imigração massiva atual não é de fato a liberdade de movimento (eu não posso mudar-me para a Suécia, por mais que queira), mas a proibição por parte de regiões, estados, cidades ou até mesmo pessoas em suas propriedades privadas de admitirem no seu entorno apenas quem quiserem, em vez de ser obrigados por lei a conviver com turcos, otomanos, negros, chineses, judeus, etc.
A democracia atual é ainda por cima extremamente fútil e está acabando com a maioria dos países ocidentais. Vejam por exemplo o recém-eleito primeiro ministro canadense: suas principais promessas de campanha eram "receber maior número de imigrantes sírios" e "legalizar a marihuana". Foi eleito por ampla maioria.
Hoppe não fala, ou acho que não fala, sobre o voto feminino, mas tenho para mim que foi também uma das causas da decadência das democracias modernas. O tal primeiro-ministro canadense foi eleito, entre outras razões, por ser "jovem e bonito", e por prometer mais bem-estar social, que ajuda principalmente mães solteiras.
(De qualquer forma, tenho nulo conhecimento sobre a política canadense e portanto pode ser que o suposto "conservador" fosse ainda pior - de certa forma é melhor ter esquerdistas radicais no poder do que falsos conservadores, pois ao menos mentem menos).
O fato principal é que o Ocidente começou a decair em 1914 com o surgimento das democracias liberais -- talvez o ressurgimento do Ocidente, se é que este um dia irá acontecer, ocorrerá com o fim da democracia.
Provavelmente é o que vai ocorrer de qualquer forma, pois é bem claro que grande parte dos atuais países ditos ocidentais se desintegrarão em linhas étnicas ou religiosas num futuro não muito distante, e que governos autoritários ressurgirão.
O problema é, como já falei em algum outro momento, que a democracia não é nem mesmo o fim da linha, e nem o pior de tudo (por exemplo, era pior viver na Cortina de Ferro do que nas atuais democracias ocidentais).
Assim, não fica muito claro se os regimes que virão depois da queda da atual democracia não serão, de alguma forma, ainda piores.
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