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domingo, 3 de janeiro de 2016

O PT é favorito para as eleições de 2018. E o que fazer quanto a isso?

O Antagonista lembra duas previsões de Fernando Limongi, professor da USP, entrevistado pelo Estadão: “Para 2018, a chance de o PT ganhar a Presidência é zero. Na eleição de 2016, para prefeito, o PT não vai eleger nem síndico no prédio do Lula”.
O Antagonista concorda com Limongi. Eu discordo.
O PT é o favorito para as eleições de 2018, mas não para as de 2016 – o impacto agora é muito grande e neste ano eles estarão mais preocupados em se safar do impeachment. Isso não significa que eles vão ganhar, mas que são os favoritos, exatamente por isso teremos que nos preparar e aumentar a pressão.
O PT tem o controle bolivariano de campanhas, a BLOSTA, a mídia comprada, a Lei Rouanet e, mais do que tudo, é o único partido a jogar o jogo político. Se no fim das contas as coisas complicarem tanto que nem a conjunção de ditadura sutil e jogo político servirem, eles vão investir em linhas auxiliares, como Raiz, Rede, PSOL e PSB, transferindo para estas linhas seus arquitetos políticos, os únicos com agilidade mental para a guerra política no momento.
Ainda alguns podem dizer que “o PT está em baixa nas pesquisas”. Mas na hora do combate no primeiro e no segundo turno eles vão começar a a atacar o adversário, desconstruindo-o, aumentando a cada semana cerca de quatro percentuais o nível de rejeição do oponente enquanto este nem conseguirá perceber a chuva de rotulagens lançada sobre sua cabeça, talvez até acreditando no mito de que “na política, quem ataca se dá mal”. Foi assim com Marina, com Aécio e agora com Cunha, assim como será com Temer. No jogo político, só um lado joga neste momento: o da extrema-esquerda.
Se nós tomarmos a decisão de criarmos uma linha de frente de formadores de opinião que exijam de outros formadores de opinião e políticos a aplicação de técnicas do jogo político, do uso de desconstruções, de uma metodologia de pressão política, do aumento de tom, da rotulagem incessante, do apelo ao coração, da polarização e daí por diante, aí sim podemos tirar o favoritismo do PT.
Portanto, há muito trabalho pela frente.

2 comentários:

  1. O MESMO de SEMPREjaneiro 04, 2016 7:03 AM

    O jogo da política não é diferente de qq outro jogo.
    A grande lambança de quem tem os argumentos, SOBRETUDO MORAIS, é EXATAMENTE ter sido arruinado pelo PIEGUISMO MORALÓIDE concebido como política no OCASO do IMPÉRIO ROMANO:

    Sem povos a saquear o governo (Estado/Império) percebeu que sua sobrevivência dependeria de SAQUEAR a Própria população em NÍVEIS INACEITÁVEIS.
    Daí tiveram a idéia da IDEOLOGIA como INCENTIVO à SERVIDÃO.
    Assim, em nome de um FIM SUPREMO ou OBJETIVO REDENTOR foi proposta uma NOVA MORAL como o ASCETISMO e pieguismo comoVALORES MORAIS SUPERIORES para, desta forma, CORROMPER APELANDO PARA A ESTÚPIDA VAIDADE HUMANA (Schopenhauer foi genial ao comenta-la chamando-a de desejo de honrarias ou apreço pela OPINIÃO ALHEIA).

    A nova moral dita como a opinião de deus sobre o certo e errado e, portanto, inquestionável por ser divina e sobretudo por ser a RECEITA para se viver no PARAÍSO em uma vida eterna de facilidades, justificou-se como IDEOLOGIA (amontoado de alegações ditas a receita para tal Paraiso como FIM objetivado).

    Assim, apregoar a receita moral divina como o certo e o errado passou a volorizar o indivíduo no meio religioso. Um efetivo "ASINUM ASINUS FRICAT" tão conhecido pelos romanos. Afinal a moral valoriza o indivíduo no meio e OSTENTAR TAL VALORIZAÇÃO dentro da GANG ou comunidade moral qualquer ATRAI INSEGUROS e indivíduos vaidosos e de BAIXA AUTOESTIMA, bem como "pavões" que em sua VAIDADE almejam a OSTENTAÇÃO de seu pretenso valor. Ou seja, querem o "ASINUM ASINUS FRICAT" para sentirem-se orgulhosos através de ostensiva OPINIÃO ALHEIA, talvez para compensar a própria.

    Assim, os APELOS SENTIMENTALÓIDES superaram toda e qualquer racionalidade no jogo político. O jogo se sustenta na esperança do jogador que sonha e deseja emocuionadamente ganhar e por tal aceita as perdas resignado ansiando a vitória/ganho NO FUTURO INCERTO.

    Ou seja, nova política inventada na decadência do Império Romano concebeu a IDEOLOGIA (meios justificados em fantasiosos FINS para dada incerta) como união da ESPERANÇA e da VALORIZAÇÂO MORAL ARBITRÁRIA. O)u seja, a ambição e a vaidade (sonho material com sonho psicológico) unidas para SUBVERTER A RAZÃO.
    ...CLARO QUE FOI UM SUCESSO que até hoje ainda é utilizado na política.

    A FRAQUEZA MORAL dos adversários das IDEOLOGIAS FARISAICAS esta exatamente no fato de se deixarem submeter ao arbitrario moralismo divino que superou toda a idéia de RACIONALIDADE da ÉTICA ESTÓICA com seu ASCETISMO EMOCIONANTE.

    Enquanto essa pútrida moral piegas que dirige-se à emoção e não à razão prevalecer, o POPULISMO se repetirá e vencerá SEMPRE, MESMO que num INDO e VINDO INFINITO. A desgraça material tão logo superada faz voltar o acasalamento com a desgraça moral que direcionará uma reedição do pieguismo material como moral divina.
    Aí esta a dialética:
    a moral divina que se faz espiritual baseia-se em apelo material!!!

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  2. O MESMO de SEMPREjaneiro 04, 2016 7:26 AM

    A conclusão é:

    O Estado Romano precisava tornar a população anuente com a própria servidão, para que esta aceitasse resignada o SAQUE que o governo lançaria sobre ela em nome dela!!!

    Assim inventaram uma ideologia divina não mais para insuflar orgulho no povo pelas conquistas, mas para insuflar-lhe ORGULHO PELA SERVIDÃO.

    Uma manipulação moral inteligentíssima.
    Portanto, a nova moral deveria induzir o povo a ser SUBMISSO, COVARDE, SENSIVELZINHO (sentimental) e RESIGNADO ante as injustiças e achaque perpetradops pelo governo romano.
    Logo a NOVA MORAL SENTIMENTALÓIDE (O POLITICAMENTE CORRETO da época) estabeleceu a APATIA, a SUBMISSÃO, a COVARDIA, o CULTO à INFERIORIDADE e PIEGUISMO, o DESPREZO à INDIVIDUALIDADE, a SERVIDÃO e a RESIGNAÇÃO como VALORES MORAIS SUPERIORES na forma de BONDADE. Esta não mais como um vigor ético e piedade, mas exatamente o seu contrário: a fraqueza ética através da bondade em oposição à honestidade (a justiSSa social opondo-se à justiça).
    Assim o RIGOR ESTÓICO foi depreciado em nome do PIEGUISMO ASCÉTICO!!!

    Enquanto não se retomar a RACIONALIDADE ESTÓICA na moral, submetendo-se ao SENTIMENTALISMO ASCÈTICO (manipulação do certo e errado através das emoções, entre elas a vaidade e esperaça) e sua moral titubeante, ARBITRÁRIA e CORRUPTORA, cedendo ao ANTIGO ou NOVO "POLITICAMENTE CORRETO" nenhuma vitória será alcançada por parte dos que possuem argumentos RACIONAIS tanto na economia quanto na moral.

    Desprezar a força da moral deixando-a ao sabor de ARBÍTRIOS sentimentais, divinos ou não, será sempre a fórmula da derrota na guerra política ou na politica de guerra.

    A política é a continuação da guerra por outros meios.

    Ao contrario do que disse Clausewitz, que acertou quando disse que a guerra é o meio de se induzir o outro a fazer o que queremos.
    Inicialmente era a guerra a melhor forma de faze-lo, mas a percepção dos ARDIS como arma mais eficiente e sobretudo capaz de impedir qualquer baixa na tropa de ataque (como bem recomendou SUN TZU) fez da POLÍTICA a CONTINUAÇÃO da GUERRA por OUTROS MEIOS ...mais eficientes como escaramuça!!!

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