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segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Novo ministro da justiça já entra sob muita suspeita. Que isso aumente.

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José Eduardo Cardozo deixa de ser ministro da justiça para virar chefe da AGU (Advocacia Geral da União). Enfim, vai fazer oficialmente o que já vinha fazendo: ser advogado de Dilma e do PT. Enquanto isso, a Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federaldivulgou uma nota sobre a saída de Cardozão:
“Os Delegados da Polícia Federal receberam com extrema preocupação a notícia da iminente saída do Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em razões de pressões políticas para que controle os trabalhos da Polícia Federal.
Os Delegados Federais reiteram que defenderão a independência funcional para a livre condução da investigação criminal e adotarão todas as medidas para preservar a pouca, mas importante, autonomia que a instituição Polícia Federal conquistou.
Nesse cenário de grandes incertezas, se torna urgente a inserção da autonomia funcional e financeira da PF no texto constitucional.
A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal permanece compromissada em fortalecer a Polícia Federal como uma polícia de Estado, técnica e autônoma, livre de pressões externas ou de orientações político-partidárias.
Contamos com o apoio do povo brasileiro para defender a Polícia Federal.”
Dilma escolheu para o cargo deixado vago o procurador baiano Wellington Cesar, ligado a Jacques Wagner. Ou seja, gente a ser vista com desconfiança.
Joice Hasselman, por outro lado, quer lhe dar um voto de confiança:
Eu sugiro outra coisa: dar um voto de pressão ao novo ministro. A competência dele é irrelevante neste caso: a questão é a agenda. Se Wellington Cesar estiver entrando para brecar a Lava Jato deve sofrer pressão de todos os lados. Inclusive da PF. Fiquemos de olho.

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